Tendências na segurança do trabalho: os pontos para se analisar em 2025

Com as constantes transformações no ambiente de trabalho, acompanhar as tendências na segurança do trabalho para 2025 é muito importante para gestores e técnicos da área já estipularem as próximas movimentações do setor em sua empresa.

Para melhor noção, segundo o relatório “Global Workplace Safety Market” o tamanho do mercado global de segurança no local de trabalho 
foi estimado em US$ 18,79 bilhões em 2024 e deve crescer a um CAGR de 16,9% de 2025 a 2030. Além disso, com a implementação de tecnologias, como ferramentas de I.A. na área, os números podem sofrer um aumento ainda mais progressivo, já que não é possível mensurar novas descobertas e o avanço da produtividade com essas soluções.

Dessa forma, vamos explorar nesse artigo a importância de estar atento ao cenário de segurança e as principais tendências na segurança do trabalho que moldarão o setor até 2025, garantindo uma preparação adequada para novos desafios. Boa leitura!

A importância de estar atento às tendências de segurança no trabalho

Seguir as tendências em segurança no trabalho vai além de uma questão de conformidade legal; trata-se de um diferencial competitivo. Segundo um estudo da National Safety Council, empresas que investem consistentemente em práticas de segurança têm uma taxa de retenção de talentos 20% maior. Além disso, essas práticas melhoram a imagem da marca, gerando mais confiança tanto entre os colaboradores quanto entre os clientes.

Além disso, ignorar as tendências pode resultar em uma série de problemas, como aumento de acidentes, perda de competitividade e possíveis penalidades legais. Empresas que não se adaptam ao novo cenário enfrentam maiores desafios financeiros: estudos mostram que os custos relacionados a acidentes de trabalho podem ser 2 a 3 vezes maiores para empresas sem políticas de prevenção adequadas.

5 tendências de segurança no trabalho para 2025

Baseando-se em estudos e análises do setor, destacamos cinco tendências que devem transformar a segurança do trabalho nos próximos anos.

1. Maior utilização de ferramentas tecnológicas auxiliares

Para o ano atual, a tecnologia vai continuar a desempenhar um papel de protagonista na segurança do trabalho. Ferramentas como dispositivos vestíveis e drones vem ganhado aderência no canteiro de obras para monitoramento e análise dos processos. Um exemplo são relógios inteligentes que monitoram batimentos cardíacos e exposição a substâncias nocivas.

Além disso, estima-se que até o final de 2025, o uso de drones em obras crescerá exponencialmente, com mais de 60% das construtoras adotando essa tecnologia para reduzir custos e aumentar a eficiência., de acordo com pesquisas especializadas na área. Vale destacar que seu uso é focado principalmente para inspecionar áreas de risco sem colocar trabalhadores em perigo.

2. Uso de plataformas de IA

A IA está revolucionando a segurança e saúde ocupacional das organizações. Ferramentas de análise preditiva ajudam a identificar padrões de risco, prevenindo acidentes antes que ocorram. Em 2022, um estudo da Accenture (2024) aponta que organizações que adotam a solução em suas estratégias de segurança reduzem em até 60% o número de incidentes críticos, em comparação com métodos tradicionais.

Além disso, a IA permite criar treinamentos personalizados para cada colaborador, melhorando a eficácia e otimizando o tempo. Sistemas automatizados para tarefas repetitivas também diminuem a exposição a riscos, permitindo que os trabalhadores se concentrem em funções mais estratégicas.

3. Autonomia dos colaboradores

Empoderar os trabalhadores para que assumam um papel ativo na segurança é outra tendência em ascensão. Isso inclui educação continuada e feedback ativo, onde funcionários podem reportar riscos diretamente. Segundo dados da Pesquisa do Empreendedor 2024, 61% das pessoas que estão entrando no mercado de trabalho, ou em processo de mudança de carreira, têm essa motivação como a principal em sua empreitada empreendedora, à frente de razões como flexibilidade de horário e falta de oportunidades no mercado formal.

Além disso, dar aos colaboradores a liberdade de interromper atividades inseguras melhora o engajamento e cria um ambiente mais seguro. Esse tipo de abordagem também reduz os custos com afastamentos e indenizações.

4. Segurança cibernética integrada

Com a digitalização crescente, a segurança cibernética tornou-se uma parte vital da segurança no trabalho. Para melhor noção, de acordo com a USP, o Brasil sofreu 103 bilhões de tentativas e ameaças de ataques cibernéticos em 2022, segundo levantamento da empresa de segurança cibernética Fortinet. Esse número representa cerca de 30% dos casos registrados em toda a América Latina e Caribe, que somaram 360 bilhões. Profissionais ainda apontam um leve aumento nas estatísticas entre 2023 e 2024.

Dessa forma, empresas precisam proteger suas operações contra ataques cibernéticos que comprometam dados sensíveis ou sistemas de controle de segurança. O treinamento de colaboradores em práticas de cibersegurança, como evitar phishing e malwares, também é essencial para garantir uma operação segura.

5. Predição de riscos

O uso de big data e tecnologias avançadas de análise de dados para a predição de riscos está crescendo rapidamente. Segundo um estudo da McKinsey, empresas que utilizam a ferramenta integrada para a realização de análises preditivas aumentam sua produtividade em até 20%. Esse tipo de predição permite: identificar pontos críticos de risco, antecipar soluções e implementar medidas preventivas e aumentar a eficiência, reduzindo custos relacionados a acidentes e paralisações.

Sendo assim, organizações que investem nessa tecnologia conseguem uma economia significativa em custos de compensação e seguro, além de melhorar a reputação corporativa no mercado.

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As tendências na segurança do trabalho para 2025 estão diretamente ligadas à inovação tecnológica e à valorização dos trabalhadores. Incorporar ferramentas modernas, investir em educação continuada e adotar uma postura preventiva são passos fundamentais para garantir ambientes mais seguros e produtivos, além de consolidar sua marca para clientes e stakeholders.

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Como implementar práticas ESG e fortalecer a cultura organizacional da sua empresa

A busca por um futuro mais sustentável e responsável tem acelerado a adoção das práticas ESG (Environmental, Social, and Governance) em empresas ao redor do mundo. Essas medidas vão além um diferencial competitivo para atração de novas gerações, representando um compromisso essencial com o meio ambiente, a sociedade e a governança corporativa.

De acordo com uma pesquisa da Deloitte em 2022, 90% dos líderes empresariais afirmaram que as práticas ESG são essenciais para a sustentabilidade a longo prazo. Ainda assim, muitas pequenas e médias empresas ainda desconhecem ou subestimam o impacto dessas estratégias em seus negócios.

Sendo assim, o interesse na adoção do processo está em constante crescimento, com investidores, consumidores e parceiros de negócios priorizando empresas que adotam essas diretrizes. Em 2024, o mercado global de investimentos sustentáveis alcançou a marca de US$ 35,3 trilhões, segundo dados da Global Sustainable Investment Alliance (GSIA), um aumento de 15% em relação aos anos anteriores. Isso mostra que as práticas ESG estão cada vez mais integradas às expectativas do mercado.

Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que são as práticas ESG, como elas impactam o desempenho empresarial e fornecer orientações práticas para aplicá-las no meio empresarial da sua organização. Dessa forma, você garantirá que seu negócio esteja alinhado com as exigências de sustentabilidade, responsabilidade social e governança ética, preparando-se para os desafios futuros. Acompanhe abaixo.

O que são as práticas ESG?

Para compreender melhor o conceito, é importante desmembrar seus pilares fundamentais. ESG é a sigla em inglês para Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança), e esses três elementos formam a base para avaliar a sustentabilidade e o impacto ético de uma organização em suas operações diárias. De acordo com uma pesquisa da Harvard Business Review, empresas que adotam as medidas e a apresentam de forma transparente ao público tendem a ter um retorno financeiro até 6% maior do que aquelas que não as adotam, destacando a importância de sua implementação.

Vamos explorar cada um desses pilares abaixo:

Environmental

Este pilar abrange as ações da empresa voltadas para a preservação do meio ambiente. As práticas ambientais incluem a gestão de recursos naturais, a redução das emissões de gases de efeito estufa, a adoção de fontes de energia renováveis e a implementação de políticas de gestão de resíduos. Por exemplo, uma empresa pode reduzir sua pegada de carbono ao investir em tecnologias limpas ou reciclagem de materiais.

Segundo a Carbon Disclosure Project (CDP), organizações que focam em iniciativas de sustentabilidade ambiental tendem a aumentar a eficiência e reduzir custos a longo prazo.

Social

O componente social trata da responsabilidade corporativa em relação às pessoas. Isso inclui desde a promoção de condições de trabalho dignas e seguras, políticas de diversidade e inclusão, até o bem-estar dos funcionários e o impacto nas comunidades locais.

Empresas que investem em políticas inclusivas e em benefícios para os colaboradores observam um aumento de 20% na retenção de talentos (dados da McKinsey), evidenciando o impacto positivo dessa prática.

Governance

Governança refere-se à estrutura administrativa da empresa, abordando questões como transparência nas operações, ética nos negócios, a composição e o funcionamento do conselho de administração e o relacionamento com investidores.

A OECD relata que boas práticas de governança corporativa podem aumentar a confiança dos investidores em até 30%, fortalecendo o valor da marca no mercado.

Esses três pilares são interdependentes e, quando integrados de forma estratégica, permitem que as empresas não apenas gerem lucro, mas também impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente.

Vale destacar que esses pontos não são apenas uma tendência, mas uma necessidade em um mundo cada vez mais consciente sobre o bem-estar do trabalho em si para o Homem e seu encaixe com a comunidade global e local.

Benefícios de sua utilização na rotina da empresa

A incorporação das práticas ESG traz vários benefícios às organizações, desde vantagens competitivas até a construção de uma reputação mais sólida no mercado. Abaixo, destacamos os principais:

Redução de riscos

Empresas que adotam práticas ESG conseguem identificar e mitigar riscos relacionados ao impacto ambiental e social, como multas ambientais, conflitos trabalhistas e crises de reputação, que já tem se tornado uma preocupação dos setores legislativos, judiciais e executivos. 

Dessa forma, ao investir em uma gestão proativa dos riscos, você recebe uma maior estabilidade para o negócio, sem a surpresa de multas ou o pagamento de indenizações.

Atração de investidores

Investidores estão cada vez mais interessados em empresas sustentáveis. De acordo com um estudo da Morningstar, em 2022, organizações preocupadas com o meio-ambiente receberam investimentos que superaram US$ 2,5 trilhões em um ano. 

Melhora na reputação

Negócios que se preocupam e promovem a sustentabilidade, a responsabilidade social, além de boas práticas de governança, conquistam uma imagem positiva junto ao público e a seus stakeholders. Isso pode resultar em maior fidelização dos clientes.

Engajamento dos colaboradores

Funcionários, principalmente da geração atual e da próxima que está vindo para o mercado de trabalho, tendem a valorizar empresas que demonstram compromisso com a sociedade e o meio ambiente. Isso melhora o clima organizacional, aumenta a produtividade e reduz a rotatividade de talentos.

Aplicando a tendência das práticas ESG no seu negócio

Implementar práticas ESG requer planejamento e compromisso. Entre as principais dicas para a implementação no seu negócio, a primeira delas é avaliar a situação atual da sua empresa. Portanto, identifique os principais impactos ambientais, sociais e de governança de suas operações. Caso necessário, consulte um órgão ou agência terceirizada para um relatório mais completo.

Fora isso, estabeleça objetivos específicos e mensuráveis para as três dimensões das práticas. Por exemplo, reduzir em 30% as emissões de carbono em cinco anos ou aumentar a diversidade no quadro de funcionários em 20%.

Lembre-se de incluir seus colaboradores, fornecedores, clientes e comunidades no processo de transição para práticas ESG. Um engajamento amplo garante maior adesão e apoio.

Nessa linha, treine sua equipe para compreender a importância do processo em si. A educação corporativa é um pilar essencial para o sucesso das iniciativas.

Caso necessário, utilize ferramentas e sistemas que ajudem no monitoramento de indicadores de sustentabilidade, como emissões de carbono e consumo de energia.

Com isso, é possível criar indicadores-chave de desempenho (KPIs) para acompanhar os avanços e publique relatórios de sustentabilidade. Vale destacar que a transparência com a equipe e stakeholders é crucial aqui.

Por último, estude empresas que já se destacam em ESG no seu ramo para aprender com suas estratégias e adaptar soluções ao seu contexto.

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As práticas ESG representam mais do que uma tendência: elas são uma necessidade para as empresas que desejam prosperar em um mundo cada vez mais consciente e exigente. Ao integrar os pilares de sustentabilidade, responsabilidade social e governança à estratégia empresarial, as organizações não apenas contribuem para um futuro mais sustentável, mas também fortalecem sua posição no mercado.

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NRs e segurança no trabalho: como aplicar as principais normas regulamentadoras

A segurança no trabalho não é apenas uma responsabilidade legal das empresas, mas também um fator crítico para a saúde dos funcionários. Para melhor contextualização, no Brasil, o cenário é preocupante: segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o país ocupa a quarta posição mundial em número de acidentes de trabalho, com aproximadamente 700 mil casos anuais. Para mitigar esse risco e promover um ambiente laboral seguro, as Normas Regulamentadoras (NRs) auxiliam na criação de diretrizes específicas para proteção do trabalhador.

Essas normas, criadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência, são aplicáveis a todas as organizações que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e têm o objetivo de preservar a integridade física e mental dos trabalhadores. Um exemplo claro é a NR-6, que trata sobre Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que, quando devidamente aplicados, podem reduzir em até 90% os acidentes em atividades de risco elevado.

Mas como as empresas podem garantir o cumprimento dessas normas e aplicá-las efetivamente no seu dia a dia?

Neste artigo, vamos detalhar o conceito das NRs, destacar as principais normas aplicáveis a serviços assistenciais e ocupacionais, e apresentar as atualizações mais recentes que afetam o setor para que sua organização comece 2025 em plena conformidade com a legislação vigente.

O que são as NRs e qual sua importância em uma empresa?

As Normas Regulamentadoras (NRs) são um conjunto de diretrizes elaboradas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) visando assegurar condições seguras e saudáveis para os trabalhadores em atividades de diferentes setores. Atualmente, existem 37 diretrizes vigentes, abrangendo áreas distintas e aspectos relacionados a proteção da sua equipe no campo do bem-estar físico e emocional.

Essas normas são obrigatórias para todas as organizações que possuam empregados registrados, ou seja, até mesmo companhias que trabalham em ramos cujo há uma segurança maior (Como Marketing Digital, Eedação e etc) deve ter seu cumprimento fiscalizado pelos órgãos competentes. 

Vale destacar que a não adesão pode acarretar multas, interdição de atividades e consequências legais graves. Entre a importância das NRs, destacam-se:

  1. Redução de riscos: ajudam a prevenir acidentes e doenças ocupacionais, promovendo um ambiente mais seguro.
  2. Aumento da produtividade: com um local que visa e incentive o bem-estar, é comprovado que sua equipe tem uma maior motivação em participar do projeto, resultando em maior eficiência.
  3. Cumprimento legal: evita penalizações legislativas, judiciais e trabalhistas, fora que conserva a imagem da empresa como um local seguro. Pense no exemplo a seguir: você compraria passagens de avião com uma companhia que tem registros de acidentes recentes?

Principais NRs para serviços assistenciais e ocupacionais

Embora todas as normas precisem ser seguidas corretamente, certas NRs têm uma relevância especial para atividades assistenciais, ocupacionais e administrativas. Veja as mais aplicadas nesse contexto:

NR-4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)

Essa norma exige que as empresas mantenham um SESMT conforme o número de empregados e o grau de risco da atividade. 

Para melhor noção, essa é uma companhia formada por profissionais como técnicos e engenheiros de segurança, médicos e enfermeiros do trabalho, e tem o papel de prevenir acidentes e promover a saúde ocupacional.

NR-5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

A CIPA é obrigatória para diversas organizações e visa identificar e propor soluções para os riscos no espaço laboral. Composta por representantes do empregador e dos empregados, a comissão é uma ferramenta eficaz para a promoção de um ambiente mais seguro.

NR-6: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Essa norma define as obrigações das empresas quanto ao fornecimento e fiscalização do uso de EPIs. Ela também especifica que os equipamentos devem possuir Certificado de Aprovação (CA), garantindo sua eficácia.

NR-7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

Voltada para a prevenção de riscos à saúde, a NR-7 exige exames periódicos para os trabalhadores, além da elaboração de um plano que contemple os riscos identificados no ambiente laboral.

NR-9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

Essa norma estabelece a necessidade de identificar, avaliar e controlar os riscos ambientais que possam comprometer a segurança e a saúde da sua equipe. O PPRA trabalha em conjunto com o PCMSO, formando uma base sólida para a gestão de riscos.

NR-17: Ergonomia

Por último, a NR-17 tem como foco a adaptação das condições de trabalho às características dos colaboradores, prevenindo doenças relacionadas à postura e à repetição de movimentos. Ela é especialmente relevante para atividades administrativas e assistenciais.

As últimas atualizações das normas regulamentadoras

As Normas Regulamentadoras (NRs) são revisadas para acompanhar as mudanças no mercado de trabalho, os avanços tecnológicos e as novas descobertas sobre saúde e segurança ocupacional. De acordo com o Ministério do Trabalho, entre 2020 e 2023, foram realizadas mais de 35 revisões nas NRs, destacando a urgência de adaptação das organizações aos novos padrões. Esse número elevado decorre principalmente por conta da pandemia e o surgimento de novos modelos de empregabilidade. Confira abaixo algumas das principais mudanças:

NR-1 (2021): gerenciamento de riscos ocupacionais (PGR)

A introdução do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) trouxe uma abordagem mais abrangente e estratégica à gestão de riscos. Essa atualização substituiu o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) em algumas áreas, proporcionando um método integrado de identificação, avaliação e controle de riscos ocupacionais. A nova avaliação ajuda as empresas a manter um espaço laboral protegido alinhado às melhores práticas internacionais.

NR-7 (2021): novos exames obrigatórios

Além dos exames médicos ocupacionais tradicionais, a atualização incluiu orientações para o rastreio e monitoramento de doenças ocupacionais específicas. Isso reflete a crescente preocupação com doenças silenciosas, como asma ocupacional e distúrbios psicossociais.

NR-18 (2020): condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção

Reconhecendo que a construção civil é um dos setores com maior índice de acidentes (responsável por cerca de 20% dos acidentes fatais no trabalho), a norma foi simplificada e ajustada para facilitar sua aplicação. As mudanças buscam melhorar a proteção nos canteiros de obra e introduzir práticas de gerenciamento mais modernas e acessíveis.

NR-22 (2022): mineração

A mineração, sendo uma atividade de risco elevado, agora conta com regras mais rigorosas para o uso de novas tecnologias, como drones e sensores, e treinamentos específicos para trabalhadores em áreas de risco. A meta é reduzir os acidentes em um setor que, historicamente, tem índices elevados de fatalidade. O Brasil é um dos maiores produtores de minérios do mundo, e essas mudanças são essenciais para reduzir a taxa de acidentes, que atualmente é de aproximadamente 3,5 acidentes por 100 trabalhadores.

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As NRs são ferramentas obrigatórias para promover a segurança no trabalho e garantir o cumprimento das legislações brasileiras. Conhecer e aplicar as normas de forma eficaz é um dever de todas as empresas comprometidas com a saúde e o bem-estar de seus trabalhadores. Com as recentes atualizações, torna-se ainda mais crucial investir em capacitação, gestão de riscos e adequação às normas. 

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A relevância do uso dos EPIs para a saúde e segurança no trabalho

O ambiente laboral representa diversos riscos à integridade física e à saúde dos trabalhadores quando não bem fiscalizado pelas suas lideranças. Por isso, o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é essencial para prevenir acidentes e doenças ocupacionais, promovendo um local de trabalho que seus funcionários possam exercer a função solicitada sem dores de cabeça. 

Vale destacar que além de proteger sua equipe, estar em conformidade com os materiais de segurança também ajudam as empresas a estarem conforme a legislação vigente, popularmente conhecidas como NRs, garantindo a produtividade e evitando passivos legais. 

Dessa forma, acompanhe a leitura do artigo e explore a importância dos EPIs, seus impactos no dia a dia de trabalho para os funcionários e boas práticas para a gestão para não ter problemas com os itens de segurança.

O que são os EPIs?

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são dispositivos ou produtos utilizados pelos trabalhadores para reduzir os riscos à sua segurança e saúde no ambiente de trabalho. 

De acordo com a Norma Regulamentadora 6 (NR-6), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), esses equipamentos são indispensáveis quando não é possível eliminar os perigos por meio de outras medidas de controle. Em ambientes de construção civil, ou com a condução de produtos perigosos, é essencial ter uma fiscalização mais rígida nesses itens.

Fora isso, conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 2,3 milhões de pessoas morrem anualmente devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho. Esse dado ressalta a urgência de investir em prevenção, com a capacitação dos funcionários e investimento em equipamentos de segurança.

Alguns exemplos comuns de EPIs incluem:

  • Capacetes: protegem contra impactos na cabeça;
  • Luvas: previnem queimaduras, cortes ou contato com substâncias químicas;
  • Protetores auriculares: reduzem a exposição a ruídos excessivos;
  • Óculos de segurança: protegem os olhos contra partículas ou substâncias perigosas;
  • Calçados de segurança: evitam perfurações e lesões nos pés.

Vale destacar que cada material deve ser adequado aos riscos presentes na atividade desempenhada, garantindo conforto e eficiência para o trabalhador. Portanto, sempre converse com os próprios funcionários a respeito do tema para melhor aprofundamento do que é necessário para dar o bem-estar necessário.

A importância de estar em conformidade com as normas regulamentadoras (NRs)

O Brasil possui uma legislação robusta em relação à segurança do trabalho. As Normas Regulamentadoras (NRs) definem diretrizes para garantir condições seguras no ambiente ocupacional. Como dito acima, a NR-6 é a de maior destaque para esses itens em si, já que elas que regulamentam o seu uso, fornecimento e manutenção contínua.

De acordo com ela, é obrigatório que as empresas:

  1. Forneça gratuitamente os itens adequados aos riscos identificados por um órgão terceirizado ou próprios agentes públicos.
  2. Garanta que os equipamentos possuam Certificado de Aprovação (CA) do MTE.
  3. Capacite os colaboradores sobre o uso correto e manutenção dos EPIs.
  4. Fiscalize e exija o uso adequado dos equipamentos.

Estar consoante, não somente as NR-6, mas para todas as normas vigentes, é essencial não apenas para evitar multas e processos, mas também para preservar a vida e a saúde da sua equipe. 

Para melhor noção, as empresas que ignoram essas obrigações podem enfrentar sérias consequências legais e danos à sua reputação que nem com um bom preparo de gestão de crises é reversível.

Impactos da falta de EPIs

Como dito brevemente acima, a ausência ou o uso inadequado de EPIs pode trazer consequências graves. O importante é entender que os gargalos afetam tanto para os trabalhadores quanto para as organizações.

Para sua equipe, por exemplo, quedas, cortes, queimaduras e fraturas são exemplos comuns de lesões que poderiam ser evitadas com o uso correto de EPIs. Além disso, a exposição prolongada a agentes químicos, ruídos ou radiações causam doenças ocupacionais, como surdez ocupacional, dermatites ou problemas respiratórios.

Já para empresas, indenizações, multas podem impactar o orçamento final dos projetos construídos. Fora isso, vale salientar que afastamentos de trabalhadores e interrupção de atividades comprometem o desempenho da equipe, causando problemas de produtividades e em atrasos do calendário. Por último, os danos à reputação também devem ser considerados e avaliados.

Boas práticas na gestão dos equipamentos de segurança

A gestão eficaz dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é um dos pilares que qualquer gestor deve estar atento para garantir a segurança dos colaboradores, independente do espaço laboral no qual sua equipe atue. Ainda assim, é válido destacar que setores que apresentam riscos elevados, como a construção civil, indústrias químicas e atividades de manutenção, o monitoramento é com um cuidado ainda maior.

Sendo assim, ao adotar boas práticas na gestão desses equipamentos não só aumenta a proteção dos trabalhadores, mas também contribui para a redução de acidentes, cumprimento das normas regulatórias e melhoria da produtividade. Veja abaixo alguns dos principais pontos que você deve estar de olho para otimização do processo.

Análise de riscos

Antes de adquirir qualquer EPI, é indispensável realizar uma análise detalhada dos riscos específicos do ambiente de trabalho. Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Higiene Ocupacional (ABHO) aponta que a correta identificação de riscos pode reduzir em até 30% a incidência de acidentes de trabalho. Para analisar corretamente, leve em consideração fatores como exposição a agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos.

Além disso, contar com uma consultoria especializada pode ser um diferencial para obter uma visão imparcial e técnica sobre os riscos presentes no local. Dessa forma, considere investir uma avaliação externa complementa o levantamento interno organizacional garantindo que nenhum risco seja negligenciado.

Manutenção e substituição

Outro aspecto da gestão dos EPIs é o controle sobre sua distribuição e uso. Um sistema de registro eficiente, seja manual ou informatizado, permite acompanhar quais equipamentos foram entregues a cada membro da equipe, a data de distribuição, o estado dos objetos e a previsão de substituição. Isso não apenas garante que todos os funcionários estejam adequadamente equipados, mas também contribui para o controle de custos e evita desperdícios.

Empresas que utilizam softwares de gestão de EPIs, por exemplo, conseguem reduzir o consumo desnecessário de equipamentos em até 20%, além de garantir maior eficiência no monitoramento do ciclo de vida de cada item.

Registro e controle de uso

A gestão adequada dos EPIs vai muito além da simples aquisição e entrega dos equipamentos aos colaboradores. Envolve um processo contínuo de análise de riscos, treinamentos, manutenção e controle rigoroso do uso. Com essas boas práticas, as empresas podem garantir a segurança dos trabalhadores, reduzir acidentes e cumprir rigorosamente as exigências das Normas Regulamentadoras (NRs), especialmente a NR-6.

Conheça a Premier Ocupacional

O uso de EPIs é um pilar essencial na promoção da saúde e segurança no trabalho. Além de proteger a integridade física dos trabalhadores, eles são instrumentos indispensáveis para o cumprimento das normas regulamentadoras e a prevenção de passivos legais. 

Entendeu mais sobre a importância do uso desses equipamentos? Caso tenha dúvidas ou precise de ajuda no quesito, lembre-se que a PREMIER é uma empresa especializada em saúde ocupacional, com mais de 24 anos de experiência. 

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