Ato inseguro e Condição Insegura: saiba como diferenciar

trabalhador carregando uma estrutura para representar o tema sobre ato inseguro e condição insegura

É essencial conhecer todos os aspectos que influenciam a segurança dos colaboradores no ambiente de trabalho. Pensando nisso, você já ouviu falar em ato inseguro e condição insegura? 

Neste artigo, vamos explicar cada um deles, aprofundar nas suas causas e consequências, e fornecer dicas avançadas para promover uma cultura de segurança robusta na sua empresa. Continue a leitura!

O que é um ato inseguro

Ato inseguro é quando o trabalhador se expõe, seja de forma consciente ou não, a situações de riscos de acidente no trabalho.  

Isso pode ter consequências graves para o colaborador, como lesões, doenças, incapacidade ou morte. Além disso, esses atos podem afetar a produtividade, a qualidade e a reputação da empresa.  

Exemplos de atos inseguros

Os atos inseguros podem ser causados por diversos fatores, como desobediência às normas de segurança, falta de conhecimento ou treinamento e até desatenção por parte do trabalhador.  

Alguns exemplos comuns de ato inseguro são:

  • não usar os equipamentos de proteção individual (EPIs) ou usá-los de forma inadequada;
  • utilizar ferramentas sem o devido treinamento;
  • desviar a atenção durante a realização de alguma atividade;
  • transportar cargas acima do limite permitido;
  • limpar, lubrificar e ajustar máquinas em movimento;
  • negligenciar as orientações de segurança;
  • utilizar entorpecentes durante o exercício do trabalho;
  • improvisar ou usar ferramentas inadequadas para uma determinada tarefa;
  • desempenhar funções em ritmos intensos.

O que é uma condição insegura?

A condição insegura, por sua vez, não diz respeito a falhas cometidas pelos trabalhadores, mas sim ao ambiente de trabalho.  

Por isso, ela está relacionada a falhas, irregularidades e falta de dispositivos de segurança que comprometam a integridade física e/ou a saúde dos colaboradores, assim como a própria segurança das instalações e equipamentos.  

Basicamente, então, é quando o local de trabalho propicia um ambiente inseguro, favorecendo a possibilidade de acidentes, lesões ou doenças ocupacionais. Isso significa que essas condições estão atreladas a falta de cuidado ou de manutenção por parte da empresa.  

Exemplos de condições inseguras

De maneira geral, as condições inseguras estão relacionadas a inadequação do ambiente de trabalho em relação às normas de SST.  

Podemos citar como exemplos de condição insegura:

  • problemas de estrutura física, de iluminação ou de temperatura;
  • ausência de normas de segurança;
  • falhas na manutenção e na limpeza de máquinas e equipamentos;
  • máquinas e equipamentos defeituosos e sem proteção;
  • produtos químicos armazenados de forma inadequada;
  • piso danificado;
  • falta de EPIs;
  • exposição ao excesso de ruídos, poeiras ou outros poluentes;
  • risco de fogo ou explosão.

Tabela comparativa: ato vs. condição: análise completa

Para uma visualização clara, a tabela a seguir resume as principais diferenças entre os dois conceitos:

CaracterísticaAto InseguroCondição Insegura
DefiniçãoAção ou omissão do trabalhador que o expõe a riscos.  Falha no ambiente, processo ou equipamento que gera risco.  
OrigemComportamento humano (consciente ou não).  Falha sistêmica ou estrutural da empresa.  
Responsabilidade PrimáriaTrabalhador (com ressalvas sobre o dever de cuidado do empregador).  Empregador.  
Exemplos PráticosNão usar EPI, improvisar ferramentas, operar máquina sem autorização.  Piso escorregadio, máquina sem proteção, iluminação inadequada.  
Base NormativaNR 1 (dever do empregado de cumprir normas).  NR 1 (dever do empregador de garantir ambiente seguro), NR 5, etc.  
Foco da PrevençãoTreinamento, conscientização, DDS, cultura de segurança.  Inspeções, manutenção, PGR, engenharia de segurança.  

A psicologia por trás do risco: por que atos inseguros acontecem?

Para ir além da simples definição, é crucial entender os fatores humanos que levam a comportamentos de risco. Muitas vezes, um ato inseguro não nasce da negligência, mas de processos psicológicos complexos.

Fator pessoal de insegurança

O “fator pessoal de insegurança” refere-se a desajustes físicos, emocionais ou mentais que levam um indivíduo a praticar um ato inseguro, independentemente de sua vontade. Fatores como estresse, fadiga, problemas pessoais e condições de saúde podem comprometer a capacidade de um trabalhador de seguir procedimentos seguros.  

Percepção de risco e vieses cognitivos

A percepção de risco é a capacidade de identificar perigos e agir para evitar acidentes. No entanto, essa percepção pode ser distorcida por vieses cognitivos:  

  • Viés de otimismo: A crença de que “isso não vai acontecer comigo”, que leva à subestimação de riscos conhecidos;  
  • Viés retrospectivo: A tendência de julgar uma ação como obviamente errada apenas depois que um acidente ocorre, dificultando a análise justa das causas;  
  • Racionalidade local: As pessoas agem de forma que faz sentido para elas no momento, buscando uma recompensa imediata (como ganhar tempo ou reduzir esforço), mesmo que isso envolva um risco. Entender isso é fundamental para não culpar o trabalhador, mas sim analisar o sistema que incentiva ou permite tais decisões.  

Qual a NR que fala de atos e condições inseguras?

A Norma Regulamentadora N°1 (NR 1), denominada Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, fala sobre os atos e condições inseguras.  

Essa norma é responsável por estabelecer as diretrizes comuns a todas as NRs, assim como as orientações e os critérios para o controle de riscos ocupacionais e as ações preventivas em Segurança e Saúde no Trabalho (SST).  

Dentre suas diretrizes, estão a obrigação do empregador de cumprir as regulamentações de SST, informar aos colaboradores sobre os riscos ocupacionais presentes nos locais de trabalho e as medidas de prevenção adotadas pela empresa, implementar medidas para eliminar ou minimizar os fatores de risco e medidas de proteção individual, por exemplo.  

Todas elas são definidas com o objetivo de garantir condições seguras para os trabalhadores. E em relação aos colaboradores, também existem instruções para evitar a exposição ao risco, como ajudar na aplicação das NRs, cumprir as regulamentações de SST e as ordens fornecidas pelo empregador, utilizar os EPIs fornecidos e realizar os exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras.  

O papel da CIPA e a NR 5

Além da NR 1, a NR 5, que regulamenta a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA), é fundamental. A CIPA tem como atribuições identificar os riscos do processo de trabalho, elaborar o mapa de riscos, discutir os acidentes ocorridos e promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT). Ela é um instrumento vital para envolver os colaboradores na identificação e mitigação de atos e condições inseguras.  

Responsabilidade civil e criminal: as consequências reais dos acidentes

Quando um acidente ocorre, a discussão transcende a prevenção e entra na esfera legal. A responsabilidade do empregador pode ser analisada em duas frentes principais.

Diferença entre responsabilidade subjetiva e objetiva

  • Responsabilidade subjetiva: É a regra geral. Para que o empregador seja responsabilizado, é preciso comprovar sua culpa ou dolo (intenção), ou seja, que agiu com negligência, imprudência ou imperícia.  
  • Responsabilidade objetiva: Aplica-se a atividades que, por sua natureza, já implicam um risco elevado. Nesses casos, não é necessário provar a culpa do empregador; basta a existência do dano e do nexo causal (a ligação entre a atividade e o acidente) para gerar o dever de indenizar.  

Além da esfera cível, a responsabilidade pode ser criminal quando a conduta do empregador expõe a vida ou a saúde dos trabalhadores a perigo direto e iminente, podendo configurar crimes como lesão corporal culposa ou até homicídio culposo.  

Análise da jurisprudência: a culpa do empregado isenta a empresa?

É um erro comum acreditar que a comprovação de um “ato inseguro” do empregado isenta automaticamente a empresa de qualquer responsabilidade. A jurisprudência dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) é consolidada no sentido de que o dever de fiscalizar, treinar e fornecer um ambiente seguro é do empregador. 

Se a empresa falha nesses deveres, ela pode ser responsabilizada mesmo que o trabalhador tenha cometido um ato inseguro, configurando-se a culpa concorrente ou até mesmo a culpa exclusiva do empregador.  

Da prevenção à promoção: construindo uma cultura de segurança positiva

Se você chegou até aqui, entendeu que existem uma série de fatores que contribuem para aumentar a exposição de colaboradores a riscos dentro do ambiente de trabalho. A melhor forma de gerenciar essa complexidade é construir uma cultura de segurança, que é o conjunto de valores, crenças e comportamentos compartilhados que determinam o compromisso da organização com a segurança.  

Para isso, reunimos algumas dicas para aumentar a segurança dentro da sua empresa. Confira!

  • Elaborar e implementar o PGR e o PCMSO: 

Em primeiro lugar, é muito importante elaborar e implementar o PGR e o PCMSO, programas que cumprem um papel fundamental na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Por meio do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), é possível identificar e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho. Já o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional atua para monitorar e preservar a saúde dos colaboradores em relação a esses riscos. 

De forma integrada, eles auxiliam na classificação dos riscos aos quais os trabalhadores estão expostos e na aplicação das medidas de prevenção para miná-los, assim como a avaliação periódica do desempenho de cada programa para realizar as mudanças necessárias e manter um ambiente que proteja a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

  • Promover o uso de EPIs:

O uso dos EPIs é fundamental para proteger os trabalhadores dos riscos existentes no ambiente e nas atividades do trabalho. É muito importante que a empresa defina os equipamentos necessários para cada atividade em específico, capacite os colaboradores para usá-los de forma correta e garanta que todos os equipamentos estejam em condições adequadas de uso. Assim, é possível garantir que eles atinjam os resultados esperados.

  • CIPA (seja comissão ou um representante):

A CIPA é uma instituição da empresa formada pelos próprios funcionários, seja através de uma comissão ou um representante, (de acordo com o grau de risco e porte da empresa). Tem como objetivo desenvolver compatibilidade entre o trabalho e a preservação da vida e a promoção da saúde dos trabalhadores. 

Colocá-la em prática é muito importante para envolver os colaboradores na gestão da saúde e da segurança no trabalho, de forma a criar uma cultura de prevenção dentro da empresa e contribuir para melhores condições de trabalho.

  • Investir em treinamentos de saúde e segurança do trabalho:

A capacitação dos trabalhadores é crucial para conscientizá-los sobre os riscos presentes no ambiente de trabalho e orientá-los sobre as medidas preventivas necessárias para controlá-los. 

Dessa forma, é possível reduzir ou eliminar a exposição a riscos ocupacionais, proteger os trabalhadores de forma mais assertiva, melhorando o bem-estar e a motivação dentro da empresa, envolver todas as equipes em uma cultura preventiva e cumprir as normas legais de SST.

  • Promover o DDS:

O DDS é uma das principais ferramentas para conscientizar e educar os trabalhadores, de forma a promover a segurança e a saúde ocupacional. Trata-se de uma conversa curta e diária com os funcionários, para alertá-los e orientá-los sobre ações que permitam desempenhar suas funções de maneira segura. 

Por meio desse diálogo, os trabalhadores ainda podem informar sobre qualquer reclamação em relação às condições do ambiente de trabalho e tirar dúvidas relacionadas à sua segurança.

Perguntas Frequentes

  1. Um ato inseguro comprovado sempre isenta a empresa da responsabilidade? 

Não. Conforme a jurisprudência consolidada, a falha do empregador no dever de treinar, fiscalizar e prover um ambiente seguro pode configurar culpa concorrente ou até mesmo a sua culpa exclusiva, mesmo diante de um ato inseguro do empregado.  

  1. A estatística de que 80% dos acidentes são por atos inseguros ainda é válida? 

Embora clássica, essa estatística é vista como simplista pela SST moderna. Muitos atos inseguros são, na verdade, uma consequência de condições inseguras subjacentes, como pressão por produtividade, metas irrealistas ou falhas de projeto no ambiente de trabalho.  

  1. Qual a diferença prática entre uma “condição insegura” e um “risco inerente” da atividade? 

O risco inerente é uma característica da função que não pode ser eliminada, mas deve ser gerenciada (ex: trabalho em altura). A condição insegura é uma falha que poderia e deveria ser corrigida nesse mesmo cenário (ex: um andaime com peças defeituosas ou a falta de um cinto de segurança).  

A segurança como responsabilidade compartilhada e estratégica

Como vimos, diferenciar ato e condição insegura é apenas o primeiro passo. A verdadeira gestão de SST reside em compreender a complexa interação entre ambiente, comportamento humano, legislação e cultura organizacional. Manter um ambiente de trabalho saudável e seguro não é uma tarefa fácil e exige um conhecimento profundo e multidisciplinar.

Uma organização especializada em saúde ocupacional pode ajudar sua empresa a navegar por todos esses desafios, desde a implementação de programas como PGR e PCMSO, passando pela capacitação que aborda os fatores psicológicos do risco, até a adequação às complexidades da legislação trabalhista.

A PREMIER é uma empresa com 26 anos de especialização em saúde ocupacional, oferecendo soluções completas de segurança e medicina do trabalho. Seja qual for o desafio da sua empresa, podemos ajudar a implementar políticas de segurança eficazes que protejam seus colaboradores e fortaleçam sua organização. Converse conosco e confie na nossa competência para promover a saúde e a segurança da melhor forma para os seus colaboradores.

Você sabe o que são os “quase acidente” no trabalho? Descubra como realizar medidas preventivas para o problema

Quase Acidente

Você já ouviu falar em “quase acidente” no trabalho? Apesar de muitas vezes passar despercebido, esse tipo de ocorrência pode ser o prenúncio de um problema organizacional grave — e ignorá-lo pode custar caro para qualquer gestor ou empreendedor que está começando na formação de sua equipe.

Para melhor contexto, segundo estudos recentes, para cada gargalo de trabalho com afastamento, ocorrem aproximadamente 300 quase acidentes, ou seja, situações em que por pouco não houve um dano real, mas que expõem fragilidades sérias na segurança do ambiente laboral.

Além disso, o cenário nacional se mostra ainda mais alarmante. Isso porque, o país figura entre os quatro com maior número de acidentes de trabalho no mundo. O total de acidentes com CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) apresentou elevação de 13,2%, saltando de 504.814 para 571.848. Já as ocorrências sem CAT tiveram leve incremento de 0,6%, de 76.019 para 76.518. Em 2023, o Brasil registrou 2.888 acidentes de trabalho fatais, de acordo com dados do eSocial.

Dessa forma, compreender o que caracteriza e circula um quase acidente é muito importante para começar a planejar medidas preventivas eficazes, reduzir os riscos e proteger a saúde e a vida dos colaboradores.

Neste artigo, vamos explorar mais sobre o conceito de quase acidente, apresentar exemplos práticos e discutir estratégias eficientes para identificar essas ocorrências e transformar a cultura da empresa em prol da prevenção, da responsabilidade coletiva e da produtividade sustentável. Afinal, cada incidente evitado é uma vida preservada e um passo a mais para um ambiente de trabalho verdadeiramente seguro.

O que é um quase acidente?

Um “quase acidente” é um incidente que quase resulta em dano, lesão ou perda, mas, felizmente, é evitado no último momento.

Desse modo, eventos assim oferecem valiosas oportunidades para a análise e implementação de medidas preventivas, contribuindo para a melhoria contínua da segurança no local de trabalho. São considerados “sinais de alerta” que indicam a probabilidade de um acidente futuro se as condições de risco não forem corrigidas.

O que é considerado quase acidente?

Para entender completamente o conceito de quase acidente, é importante reconhecer situações que se enquadram nessa categoria.

Isso pode incluir momentos em que um colaborador evita uma queda por pouco, como tropeçar em um cabo ou escorregar em um piso molhado sem chegar a cair, interrompe uma situação perigosa ou impede a ocorrência de qualquer incidente prejudicial. A identificação precisa desses eventos é a base para uma cultura de segurança robusta.

Qual a diferença entre um acidente, um incidente e um quase acidente?

A distinção entre um acidente e um quase acidente muitas vezes reside na ocorrência de danos reais. Enquanto um acidente resulta em lesões, perdas ou danos tangíveis, um quase acidente é um aviso, uma oportunidade de aprendizado sem as consequências adversas.

Para eliminar qualquer dúvida, é útil diferenciar também o termo “incidente”. Um incidente é uma ocorrência inesperada com potencial para causar um acidente, mas que não o faz, muitas vezes por não haver ninguém presente no local.

A tabela abaixo esclarece as diferenças:

TermoDefiniçãoExemplo PráticoConsequência
IncidenteEvento inesperado com potencial de dano, mas que não afeta pessoas.Uma pilha de caixas cai em um corredor vazio durante a noite.Nenhuma lesão ou dano a pessoas. Potencial de dano material.
Quase AcidenteEvento inesperado que não resulta em lesão ou dano, mas que tinha o potencial claro para tal.Uma pilha de caixas cai, e um trabalhador que passava no local consegue desviar por um triz.Nenhuma lesão ou dano. É um alerta crítico.
AcidenteEvento inesperado que resulta em lesão corporal, perturbação funcional ou morte.Uma pilha de caixas cai e atinge um trabalhador, causando uma fratura.Lesão, afastamento, necessidade de CAT e, em casos graves, fatalidade.

Reconhecer e entender essa diferença é crucial para desenvolver estratégias proativas de prevenção.

A matemática da prevenção: a Pirâmide de Bird

Para entender a real importância de registrar cada quase acidente, é fundamental conhecer a Pirâmide de Bird. Desenvolvida por Frank Bird Jr. após analisar mais de 1,7 milhão de acidentes em quase 300 empresas, essa teoria é um pilar da segurança do trabalho moderna.

A pirâmide demonstra uma proporção estatística clara entre eventos de diferentes gravidades. A versão mais conhecida estabelece a proporção 1-10-30-600:

  • 1 Lesão Grave ou Fatal: No topo da pirâmide, o evento mais trágico;
  • 10 Lesões Leves: Acidentes que causam ferimentos menores;
  • 30 Acidentes com Danos à Propriedade: Eventos que causam prejuízos materiais, mas sem lesões;
  • 600 Quase Acidentes (ou Incidentes): A base da pirâmide, composta por todos os eventos que não resultaram em dano, mas que poderiam ter resultado.

O que a Pirâmide de Bird nos ensina é que os acidentes graves são apenas a ponta do iceberg. Eles são o resultado de centenas de pequenos desvios, falhas e riscos não gerenciados na base. 

Portanto, a estratégia mais eficaz e inteligente para eliminar o topo da pirâmide é gerenciar ativamente a sua base. Cada quase acidente notificado e investigado é uma oportunidade de ouro para corrigir uma falha antes que ela leve a uma consequência grave.

Qual a importância de notificar e analisar quase acidentes?

A notificação e análise de quase acidentes desempenham um papel vital na construção de um ambiente de trabalho seguro. Ao relatar esses eventos, a equipe promove a transparência e cria uma cultura que valoriza a segurança.

Assim, a análise aprofundada de quase acidentes permite a identificação de padrões, possibilitando a implementação de medidas preventivas eficazes. As causas de um quase acidente são as mesmas de um acidente real; a única diferença é o resultado. Investigá-las permite agir na causa raiz do problema.

Ao compreender a importância desses eventos quase imperceptíveis, as empresas podem criar estratégias proativas, mitigando riscos e promovendo um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos os colaboradores. Podemos dizer então que a prevenção começa com a conscientização, e os quase acidentes oferecem uma oportunidade valiosa para fortalecer essa conscientização em prol de um futuro mais seguro.

Como registrar e evitar o quase acidente?

Evitar quase acidentes é essencial para garantir a segurança no local de trabalho. Isso envolve um processo que vai desde o registro correto até a implementação de medidas práticas.

Passo a passo: o que incluir no relatório de quase acidente

Um relatório eficaz não é burocracia, é coleta de dados. Para que a análise seja produtiva, o registro deve ser detalhado. Recomenda-se que o formulário contenha os seguintes campos:

  • Informações gerais: Data, hora, local exato do evento e setor envolvido;
  • Descrição do evento: Um relato detalhado e objetivo do que aconteceu, sem buscar culpados;
  • Pessoas envolvidas e testemunhas: Nomes e contatos de quem presenciou ou quase se acidentou;
  • Causas imediatas e potenciais: Descrição das condições (piso escorregadio, falta de iluminação) e atos (improviso, pressa) que contribuíram para o evento;
  • Danos potenciais: O que poderia ter acontecido? (Ex: “poderia ter resultado em queda de altura”, “poderia ter causado esmagamento”);
  • Sugestões de melhoria: Um espaço para que o relator ou a equipe sugiram ações corretivas.

Para facilitar, muitas empresas utilizam formulários padronizados, checklists ou até softwares de gestão de segurança.

Estratégias práticas de prevenção

Com base nos dados coletados, a empresa pode adotar medidas preventivas eficazes:

  1. Promova o uso de EPIs: O uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é fundamental para reduzir os riscos de quase acidentes. Garanta que todos os trabalhadores tenham acesso e usem os EPIs adequados para suas tarefas específicas. Incentive uma cultura onde a proteção individual seja priorizada;
  2. Treine os trabalhadores: O treinamento contínuo dos colaboradores é uma peça-chave na prevenção de quase acidentes. Ou seja, certifique-se de que todos os membros da equipe estejam bem informados sobre práticas seguras, procedimentos operacionais e reconhecimento de situações de risco. A capacitação constante cria uma equipe mais consciente e preparada;
  3. Adote medidas de prevenção: Identifique e implemente medidas preventivas específicas para o seu ambiente de trabalho. Isso pode incluir melhorias na ergonomia, sinalização adequada, manutenção regular de equipamentos e a criação de zonas seguras. A prevenção ativa é a chave para evitar incidentes antes que ocorram;
  4. Realize o DDS: O Diálogo Diário de Segurança não é apenas uma ferramenta para notificar quase acidentes; é uma oportunidade valiosa para informar e envolver os trabalhadores na promoção da segurança. Por isso, utilize o DDS para discutir casos recentes, compartilhar aprendizados e reforçar práticas seguras. Transforme-o em um momento colaborativo de construção de uma cultura de segurança sólida.

O pilar invisível: construindo uma cultura de segurança proativa

Nenhuma das estratégias acima funcionará sem o alicerce correto: uma cultura de segurança positiva. Este é o fator mais crítico para o sucesso de um programa de relatos de quase acidentes.

Superando o medo de relatar

O maior obstáculo é a cultura punitiva. Se os colaboradores acreditam que relatar um erro ou um quase acidente resultará em culpa, advertência ou demissão, eles simplesmente não o farão. É essencial que a gestão estabeleça um ambiente de segurança psicológica, onde a comunicação sobre riscos seja incentivada e vista como um ato de responsabilidade, não de delação. O foco deve ser sempre em resolver o problema, e não em punir a pessoa.

Crie e mantenha a CIPA e o SESMT

A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) desempenha um papel crucial na promoção da segurança ocupacional. Estabeleça e mantenha uma comissão ativa, composta por representantes dos trabalhadores e da empresa. 

Essa equipe deve ser a principal promotora da cultura de segurança, investigando os relatos de quase acidentes junto ao SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) para propor soluções preventivas e estimular a conscientização em toda a organização. 

A gestão de riscos informada por esses dados é, inclusive, essencial para o cumprimento das obrigações do eSocial.

A PREMIER

Ao adotar essas práticas, sua empresa não apenas reduzirá os riscos de quase acidentes, mas também fortalecerá uma cultura de segurança que beneficia todos os membros da equipe. E claro, conte com a PREMIER para isso!

Com a missão de prestar serviços ocupacionais para empresas de todos os segmentos e portes, a PREMIER está há mais de 25 anos primando pela prevenção de doenças ocupacionais em trabalhadores de empresas dos mais diversos portes e setores de atuação.

Atendemos empresas dos mais diversos segmentos e prestamos os melhores serviços disponíveis em seu ramo de atuação. Prezamos, sobretudo, pela qualidade, gerando credibilidade na assistência à saúde e à segurança dos empregados de nossas empresas clientes.

Normas Regulamentadoras: o que são, quantas existem?

normas regulamentadoras

As Normas Regulamentadoras (NRs) são diretrizes estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) cujo objetivo é garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores em diferentes setores de atividade. 

Elas funcionam como complementos essenciais ao Capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), delineando meticulosamente as obrigações, direitos e deveres tanto para empregadores quanto para empregados, com o intuito de prevenir proativamente acidentes e doenças ocupacionais.  

A origem das NRs remonta à Lei nº 6.514, promulgada em 22 de dezembro de 1977, que alterou substancialmente a CLT para incluir disposições sobre Segurança e Medicina do Trabalho. Posteriormente, as 28 NRs iniciais foram oficialmente publicadas por meio da Portaria MTb nº 3.214, em 8 de junho de 1978. 

É crucial destacar que essas regulamentações são legalmente vinculativas e de cumprimento obrigatório para todas as empresas e órgãos públicos no Brasil que empregam trabalhadores sob o regime da CLT.  

A elaboração e revisão das NRs seguem um modelo tripartite, envolvendo representantes do governo, empregadores e trabalhadores, o que reflete um compromisso profundo com uma regulamentação equilibrada e prática.  

É importante diferenciar as Normas Regulamentadoras das Normas Técnicas. As NRs são atos normativos de cumprimento obrigatório, com força de lei, focadas na segurança e saúde no trabalho. Já as normas técnicas, como as da ABNT, são geralmente voluntárias e especificam requisitos de qualidade, desempenho ou procedimentos. No entanto, uma norma técnica pode se tornar obrigatória se for explicitamente citada em uma NR ou outra legislação específica.  

Quais são as normas regulamentadoras?

Atualmente, o Brasil possui 38 Normas Regulamentadoras (NRs), cada uma abordando aspectos específicos da segurança e saúde no trabalho. É importante notar que a NR-2 (Inspeção Prévia) e a NR-27 (Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho) foram revogadas, mas são frequentemente mencionadas para fins de contexto histórico.  

As NRs podem ser classificadas em três grupos principais, o que ajuda a compreender seu escopo e aplicabilidade :  

  • NRs Gerais: Regem as relações jurídicas e são aplicáveis a todos os segmentos e atividades, sem estarem atreladas a uma indústria específica. Exemplo: NR-01 (Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais).  
  • NRs Especiais: Regulamentam a execução do trabalho considerando atividades, instalações ou equipamentos, sem se limitar a atividades ou setores específicos. Exemplo: NR-16 (Atividades e Operações Perigosas).  
  • NRs Setoriais: Descrevem diretrizes e obrigações específicas para áreas econômicas particulares. Exemplo: NR-18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção).  

A seguir, apresentamos a lista completa das NRs atualmente em vigor e as revogadas para sua referência:

  • NR 1: Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO)
    • Esta é uma das normas mais fundamentais, estabelecendo regras básicas aplicáveis a todas as empresas, independentemente do setor ou porte. Ela define os requisitos para o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e medidas de prevenção relacionadas à Segurança e Saúde no Trabalho (SST).  
    • Atualização Crucial: Riscos Psicossociais na NR-1: Uma das mais significativas atualizações ocorreu em agosto de 2024, tornando obrigatória a inclusão de riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) a partir de 26 de maio de 2025. Isso exige que as empresas identifiquem, avaliem e implementem medidas para mitigar fatores que possam causar estresse, ansiedade, depressão ou outros problemas de saúde mental no ambiente de trabalho. A atualização também inclui a exigência de treinamentos específicos para gestores e equipes, monitoramento contínuo do bem-estar psicológico dos trabalhadores (através de pesquisas de clima organizacional, avaliações periódicas e canais de comunicação abertos), e reforça a integração com outras normas como a NR-17 (Ergonomia) e NR-9 (Riscos Ambientais);
  • NR 2: Inspeção Prévia (Revogada pela Portaria SEPRT nº 915, de 30 de julho de 2019);
  • NR 3: Embargo ou Interdição;
  • NR 4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT);
  • NR 5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);
  • NR 6: Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
  • NR 7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
  • NR 8: Edificações;
  • NR 9: Programa de Gerenciamento de Riscos (Antigo PPRA, agora integrado ao GRO da NR-1);
  • NR 10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
  • NR 11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
  • NR 12: Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
  • NR 13: Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações;
  • NR 14: Fornos;
  • NR 15: Atividades e Operações Insalubres;
  • NR 16: Atividades e Operações Perigosas;
  • NR 17: Ergonomia;
  • NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
  • NR 19: Explosivos;
  • NR 20: Líquidos, Combustíveis e Inflamáveis;
  • NR 21: Trabalhos ao ar livre;
  • NR 22: Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;
  • NR 23: Proteção contra Incêndios;
  • NR 24: Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
  • NR 25: Resíduos Industriais;
  • NR 26: Sinalização de Segurança;
  • NR 27: Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho (Revogada pela Portaria SEPRT nº 915, de 30 de julho de 2019);
  • NR 28: Fiscalização e Penalidades;
  • NR 29: Segurança e Saúde no Trabalho Portuário;
  • NR 30: Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;
  • NR 31: Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura;
  • NR 32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde;
  • NR 33: Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;
  • NR 34: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval;
  • NR 35: Trabalho em Altura;
  • NR 36: Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados;
  • NR 37: Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo;
  • NR 38: Segurança e Saúde no Trabalho nas Atividades de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos (Instituída pela Portaria MTP nº 4.101, de 16 de dezembro de 2022, em vigor em janeiro de 2024).

Qual a importância das NRs

Por atuarem na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, as NRs contribuem para a melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho e, por consequência, na redução dos custos com indenizações trabalhistas, multas e afastamentos. 

Nesse sentido, as empresas que atendem às Normas Regulamentadoras também ganham mais confiança perante seus colaboradores e clientes, demonstrando responsabilidade social e preocupação com o bem-estar de seus colaboradores. 

Isso implica indiretamente em um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e qualificado.  

A importância das Normas Regulamentadoras reside em vários pontos cruciais :  

  • Cumprimento da legislação: O respeito às NRs é uma exigência legal, e seu cumprimento é crucial para evitar sanções, multas e outras penalidades;
  • Imagem da empresa: Empresas que aderem às NRs demonstram responsabilidade social e preocupação com o bem-estar de seus colaboradores, melhorando sua reputação e competitividade;  
  • Manutenção da produtividade: Ambientes de trabalho seguros e saudáveis contribuem para a produtividade e eficiência dos trabalhadores, reduzindo afastamentos e aumentando o engajamento;
  • Proteção dos trabalhadores: As NRs visam proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores, prevenindo acidentes e outros riscos ocupacionais; 
  • Redução de custos: A conformidade com as NRs pode ajudar a diminuir os custos associados a afastamentos por doenças ocupacionais, multas, processos judiciais e interrupção das atividades.  

É claro que ninguém deseja trabalhar e dedicar uma boa parte do seu dia em um ambiente que não é confortável e seguro, não é mesmo? 

Dito isso, a importância de seguir as NRs é justamente colaborar para que seus funcionários se sintam motivados, seguros e acolhidos na empresa. Por esses motivos, a observância das Normas Regulamentadoras é necessária para garantir a segurança e a saúde dos funcionários e para a sustentabilidade dos negócios. 

Se você é gestor de uma empresa e deseja que seu negócio evolua, é fundamental seguir as NRs.

Como as empresas devem seguir as NRs?

A implementação das NRs envolve uma abordagem prática e contínua :  

O primeiro passo é realizar uma avaliação dos riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho, identificando as medidas necessárias para preveni-los. Essa fase pode ser feita pelo  GRO — Gerenciamento de Riscos Ocupacionais —, responsável por identificar e distinguir os riscos, para que você possa implementar as etapas de intervenção adequadas. 

Isso feito, é possível elaborar um plano de ação que contemple as medidas de prevenção estabelecidas e promover um cronograma de implementação, incluindo medidas corretivas e preventivas, prioridades e responsabilidades. Os programas de prevenção devem ser atualizados periodicamente, com a finalidade de garantir a sua eficácia e sobrevivência à realidade da empresa e aos riscos presentes no ambiente corporativo.  

É fundamental que a empresa proporcione treinamentos regulares para seus funcionários, orientando sobre o uso correto dos EPIs, procedimentos de emergência e a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Treinamentos bem estruturados promovem a conscientização, desenvolvem habilidades e fomentam uma cultura de segurança. Assim, você impulsiona a qualidade e produtividade dos negócios, melhora a eficiência dos colaboradores e auxilia na redução de custos.  

Qual é o papel do trabalhador na implementação das NRs?

O trabalhador desempenha um papel fundamental na implementação das Normas Regulamentadoras (NRs), uma vez que é o principal beneficiário das medidas de segurança. Para isso, é necessário que o trabalhador esteja ciente das normas de segurança e saiba como aplicá-las em sua rotina de trabalho. 

Além disso, é crucial que o trabalhador utilize corretamente os equipamentos de proteção individual (EPIs) fornecidos pela empresa, realizando a manutenção adequada e informando à empresa sobre qualquer irregularidade nos equipamentos. 

É fato, a conscientização do trabalhador em relação à importância das NRs é essencial para a efetivação das medidas de segurança e saúde no ambiente de trabalho. Além disso, ele pode contribuir para a melhoria contínua das medidas de prevenção, sugerindo melhorias e colaborando com a empresa na implementação de ações de prevenção.  

Como são realizadas as inspeções e fiscalizações das NRs?

A fiscalização do cumprimento das Normas Regulamentadoras (NRs) é realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio das Delegacias Regionais do Trabalho e Superintendências Regionais. A fiscalização visa verificar se as empresas estão cumprindo as normas de segurança e as condições de trabalho padrão. 

Durante a fiscalização, são verificados documentos, como o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), além de inspeções no local de trabalho. Logo, pode ocorrer de forma programada — ou seja, previamente agendada — ou de forma inesperada, quando ocorre em situações de denúncias ou acidentes de trabalho. 

Caso irregularidades sejam identificadas, a empresa é notificada e recebe um prazo para fazer a regularização necessária. As inspeções e fiscalizações das NRs são importantes para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores, além de incentivar as empresas a cumprirem as normas infringidas.  

O que acontece se não cumprir as Normas Regulamentadoras

O descumprimento das Normas Regulamentadoras (NRs) pode gerar diversas consequências severas e multifacetadas para as empresas, indo muito além de multas simples. 

Em casos mais graves, pode até mesmo ocorrer a interdição do local de trabalho. O Ministério do Trabalho e Emprego é responsável pela fiscalização do cumprimento das normas e pode aplicar multas que variam conforme a gravidade da infração.  

As consequências do não cumprimento podem ser categorizadas da seguinte forma :  

  • Responsabilidade Administrativa: A empresa está sujeita a sanções do MTE, incluindo multas, embargos de obras ou interdições de estabelecimentos ou equipamentos;
  • Responsabilidade Trabalhista: Pode resultar no pagamento de adicionais de insalubridade/periculosidade, estabilidade provisória no emprego para trabalhadores acidentados, ações civis públicas pelo Ministério Público do Trabalho e Termos de Ajustamento de Conduta (TAC); 
  • Responsabilidade Previdenciária: O INSS pode entrar com ações regressivas contra a empresa para recuperar benefícios pagos a trabalhadores afetados por acidentes ou doenças ocupacionais;
  • Responsabilidade Civil: A empresa pode ser responsabilizada civilmente por lesão corporal ou doença ocupacional, cobrindo despesas médicas, lucros cessantes, danos estéticos e pensões vitalícias;  
  • Responsabilidade Tributária: Acidentes frequentes podem aumentar as taxas do Seguro Acidente de Trabalho (SAT) e do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), elevando os custos com impostos sobre a folha de pagamento; 
  • Responsabilidade Criminal: Em casos graves, funcionários da empresa podem enfrentar acusações criminais por infrações penais, crimes de perigo, lesão corporal ou homicídio;
  • Impacto na Reputação e Competitividade: O não cumprimento pode danificar severamente a imagem da empresa, levando à perda de confiança de clientes, parceiros e investidores;
  • Interrupção das Atividades: Infrações sérias podem resultar na paralisação parcial ou total das atividades da empresa, causando perdas financeiras significativas;
  • Ações Trabalhistas e Indenizações: Trabalhadores afetados podem entrar com ações judiciais buscando indenizações por danos materiais e morais.  

A PREMIER Saúde Ocupacional

Você conhece a PREMIER? Somos uma empresa que atua na prestação de serviços assistenciais, prezando pela prevenção de doenças ocupacionais. Nossos serviços são customizados de acordo com o porte e segmento das empresas, seguindo rigorosamente as normas que regem a Segurança e a Medicina do Trabalho.

Durante a leitura do conteúdo, vimos que as Normas Regulamentadoras são de extrema importância para qualquer empresa, pois regulam as condições de trabalho daqueles que estão diretamente envolvidos nas atividades laborais.

Por isso, é importante que os empresários estejam atentos às NRs e às suas respectivas alterações, para poderem adequar suas empresas conforme as normas e garantir a segurança e a saúde de seus funcionários.

Para solicitar uma proposta ou conversar com nossos consultores para sanar possíveis dúvidas, entre em contato conosco por aqui. Se quiser conferir mais conteúdos sobre temas relacionados, acesse o blog da Premier Saúde Ocupacional. Até mais!

Ambiente seguro e saudável: Passos essenciais que sua empresa deve seguir

ambiente de trabalho seguro

Um ambiente de trabalho seguro é essencial para garantir a saúde, bem-estar e produtividade dos colaboradores de qualquer empresa. Ter um ambiente seguro significa criar condições em que os funcionários possam realizar suas atividades sem riscos significativos à saúde física, mental e emocional. 

Isso inclui a identificação e mitigação de riscos ocupacionais de diversas naturezas, como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais. Logo, envolve a implementação de medidas preventivas que reduzam ao máximo a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais.  

Qual o objetivo da segurança do trabalho? 

O principal objetivo da Segurança do Trabalho é proteger os trabalhadores de potenciais riscos presentes nos ambientes laborais. Isso vai além de cumprir obrigações legais; trata-se de uma responsabilidade ética e moral das empresas para com seus colaboradores. 

Através da identificação, avaliação e controle de perigos, a Segurança do Trabalho visa minimizar acidentes, doenças ocupacionais e afastamentos, promovendo um ambiente saudável e uma cultura organizacional focada no bem-estar e na proatividade.  

Qual a importância de um ambiente de trabalho seguro? 

A relevância de um ambiente de trabalho seguro transcende os limites da empresa e se reflete em diversas áreas:

  • Saúde dos Colaboradores: A priorização da segurança contribui para a preservação da saúde física e mental dos trabalhadores. Isso resulta em equipes mais saudáveis, motivadas e engajadas, impactando positivamente a produtividade. Colaboradores que se sentem seguros e apoiados, inclusive em sua saúde mental, demonstram maior concentração e desempenho;
  • Redução de Custos: Investir em prevenção de acidentes e doenças ocupacionais evita despesas com tratamentos médicos, licenças e indenizações. Além disso, um ambiente seguro diminui os índices de absenteísmo e rotatividade, economizando recursos financeiros e tempo. Empresas que adotam práticas sustentáveis e de segurança podem economizar até 25% em custos operacionais;
  • Reputação Empresarial: Empresas comprometidas com a segurança dos colaboradores constroem uma imagem positiva no mercado. Isso atrai talentos, clientes e parceiros alinhados com os valores de responsabilidade corporativa;
  • Conformidade Legal: Cumprir as normas de segurança e saúde no trabalho é uma obrigação legal. Não atender a essas exigências pode resultar em penalidades legais e danos à reputação;
  • Clima Organizacional: Um ambiente seguro fortalece a confiança entre gestores e funcionários, promovendo um clima de trabalho mais harmonioso e colaborativo.  

Como promover um ambiente de trabalho seguro?

Promover um ambiente de trabalho seguro é uma responsabilidade primordial das empresas, que devem adotar medidas concretas para garantir a saúde e o bem-estar dos colaboradores. 

Embora existam desafios como a identificação precisa de riscos, a resistência à mudança e a necessidade de formação contínua, a integração de uma abordagem holística e proativa é fundamental. 

Aqui estão algumas estratégias eficazes para alcançar esse objetivo:  

Faça manutenção recorrente dos equipamentos 

A manutenção regular dos equipamentos utilizados nos processos de trabalho é crucial para prevenir acidentes. Máquinas desgastadas ou mal funcionais podem representar riscos sérios para os funcionários. 

Estabelecer um cronograma de inspeções e manutenções preventivas assegura que os equipamentos estejam em perfeitas condições de operação, minimizando a probabilidade de falhas que possam resultar em incidentes.

Faça uso correto dos EPIs 

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são fundamentais para garantir a segurança dos trabalhadores em situações de risco. Cada função e ambiente de trabalho requer EPIs específicos, como capacetes, luvas, óculos de proteção e calçados adequados. 

É essencial não apenas fornecer esses equipamentos, mas também garantir que os colaboradores estejam conscientes da sua importância e os utilizem de maneira correta e constante.

Não se esqueça dos Equipamentos de Proteção Coletiva 

Além dos EPIs, os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) também desempenham um papel crucial na promoção da segurança. Esses equipamentos englobam sistemas de ventilação, guarda-corpos, extintores e outras medidas que protegem um grupo de trabalhadores contra riscos comuns. Investir em EPCs demonstra um compromisso genuíno com a segurança geral dos funcionários.

Aposte na comunicação interna 

Uma comunicação interna eficaz é um dos pilares de um ambiente de trabalho seguro. Manter os colaboradores informados sobre procedimentos de segurança, atualizações nas políticas e práticas seguras é essencial. Isso pode ser feito por meio de treinamentos regulares, workshops e campanhas de conscientização. 

O incentivo à escuta ativa e a valorização de sugestões dos colaboradores são cruciais para que se sintam considerados e engajados. A implementação de canais de escuta anônima também permite que relatem preocupações de forma segura e confidencial.  

DDS: o que é o Diálogo Diário de Segurança e como aplicar 

Além disso, incentivar os funcionários a relatarem situações de risco ou sugerirem melhorias na segurança contribui para a construção de uma cultura de segurança sólida.

Invista em treinamentos ocupacionais 

Proporcionar treinamentos regulares de saúde ocupacional é uma estratégia eficaz para conscientizar os funcionários sobre os riscos presentes em suas atividades e como preveni-los. A formação contínua é fundamental para que os colaboradores estejam preparados para identificar e mitigar riscos.  

Treinamentos de SST: o que são e qual sua importância 

Esses treinamentos não apenas capacitam os trabalhadores a adotarem comportamentos seguros, mas também os informam sobre a importância do autocuidado no ambiente de trabalho. Tecnologias como Realidade Virtual (VR) e Aumentada (AR) podem ser utilizadas para treinamentos imersivos, simulando cenários de risco e aprimorando a preparação dos colaboradores.  

Forme uma CIPA 

A CIPA desempenha um papel vital na promoção da segurança no trabalho. Composta por representantes dos colaboradores e da empresa, essa comissão pretende identificar riscos, propor soluções e acompanhar a implementação de medidas preventivas. A CIPA promove uma colaboração ativa entre gestores e funcionários na busca por um ambiente mais seguro.

Participe das campanhas de conscientização 

Campanhas de conscientização sobre segurança no trabalho são oportunidades valiosas para reforçar a importância dessa questão entre os colaboradores. 

Participar de iniciativas como a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) ou outras ações de conscientização demonstra o comprometimento da empresa com a segurança e incentiva uma cultura de prevenção participativa e proativa.  

Faça uma vistoria do local 

Realizar vistorias periódicas no local de trabalho é fundamental para identificar possíveis riscos e tomar medidas corretivas. Essas avaliações abrangentes permitem a detecção precoce de problemas de segurança, possibilitando a implementação de soluções antes que incidentes ocorram.

A importância da saúde mental e bem-estar psicológico

Um ambiente de trabalho verdadeiramente seguro vai além da proteção física, abrangendo também a saúde mental e o bem-estar psicológico dos colaboradores. 

Problemas como estresse, ansiedade e depressão podem prejudicar a concentração, o desempenho e a produtividade, além de aumentar o absenteísmo e os erros no trabalho.  

Para promover um ambiente psicologicamente seguro, as empresas devem:

  • Oferecer acolhimento emocional: Criar um espaço onde os colaboradores se sintam confortáveis para expressar ideias e preocupações sem medo;
  • Capacitar lideranças: Treinar gestores para fazer abordagens humanizadas, identificar sinais de sofrimento e combater o estigma relacionado à saúde mental;
  • Implementar programas de bem-estar: Oferecer programas de gerenciamento de estresse, sessões de meditação ou relaxamento, e programas de aconselhamento; 
  • Incentivar o autocuidado: Promover benefícios e dinâmicas internas que incentivem o bem-estar individual;  
  • Garantir acesso a diagnósticos e tratamentos: Facilitar o acesso a profissionais de saúde mental quando necessário.  

Tecnologia como aliada na segurança do trabalho

A tecnologia está revolucionando a segurança do trabalho, oferecendo soluções inovadoras para prevenir acidentes e otimizar a gestão de riscos. 

A adoção de ferramentas digitais não é mais uma opção, mas uma necessidade emergencial para empresas que buscam proteger seus funcionários e cumprir responsabilidades legais e éticas.  

Algumas inovações incluem:

  • EPIs Conectados: Equipamentos de proteção individual com sensores que monitoram a exposição a riscos em tempo real;
  • Realidade Virtual (VR) e Aumentada (AR): Utilizadas para treinamentos imersivos, simulando ambientes de risco e procedimentos de emergência de forma segura; 
  • Big Data e Análise Preditiva: Coleta e análise de grandes volumes de dados para identificar padrões, prever acidentes e otimizar medidas preventivas;
  • Internet das Coisas (IoT): Sensores e dispositivos conectados que monitoram condições ambientais, equipamentos e a localização de trabalhadores, permitindo respostas rápidas a situações de perigo;  
  • Plataformas Digitais de Gestão: Softwares que centralizam informações sobre treinamentos, inspeções, incidentes e conformidade com NRs, facilitando o controle e a tomada de decisões.  

Sustentabilidade e segurança: uma conexão essencial

A intersecção entre práticas de sustentabilidade e segurança ocupacional é cada vez mais relevante. Empresas que adotam uma abordagem integrada de ESG (Environmental, Social, and Governance) não apenas contribuem para um futuro mais verde, mas também melhoram a segurança de seus colaboradores e geram economia de custos.  

A redução de substâncias poluentes, o bom uso de insumos e o descarte adequado de resíduos são exemplos de práticas sustentáveis que previnem acidentes e doenças ocupacionais, além de fortalecer a reputação da empresa.  

Perguntas Frequentes sobre ambiente de trabalho seguro

Para ajudar a esclarecer as dúvidas mais comuns, compilamos algumas perguntas e respostas sobre segurança e saúde no trabalho:

  1. O que é Saúde e Segurança no Trabalho (SST)? 

SST refere-se às medidas e práticas adotadas para promover e proteger a saúde, bem-estar e segurança dos trabalhadores em seu ambiente ocupacional. Isso inclui a identificação e mitigação de riscos, prevenção de acidentes e doenças, fornecimento de equipamentos de proteção, treinamento e cumprimento de normas.  

  1. Quais são as principais leis de saúde e segurança no Brasil? 

No Brasil, as principais leis são as Normas Regulamentadoras (NRs), editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Atualmente, existem 38 NRs em vigor, que são constantemente atualizadas.  

  1. Quais são os direitos e responsabilidades dos empregadores em SST? 

Empregadores devem fornecer um ambiente de trabalho seguro e saudável, identificar e avaliar riscos, implementar medidas de controle, fornecer treinamento e informações, supervisionar atividades e promover uma cultura de segurança.  

  1. Quais são os direitos e responsabilidades dos trabalhadores em SST? 

Os trabalhadores têm o direito de receber treinamento e informações sobre segurança, usar corretamente os EPIs fornecidos, relatar condições de risco e colaborar com as medidas de segurança implementadas pela empresa. 

  1. Quais são as principais doenças ocupacionais? 

As principais doenças ocupacionais incluem LER/DORT, transtornos mentais (ansiedade, depressão, burnout), doenças respiratórias, doenças de pele, lesões musculoesqueléticas, distúrbios do sono, e problemas de audição e visão.  

  1. O que fazer em caso de acidente ou incidente no local de trabalho? 

É fundamental seguir os procedimentos internos da empresa, que geralmente incluem comunicar imediatamente o supervisor, buscar atendimento médico se necessário, e registrar o ocorrido para investigação e prevenção de futuras ocorrências.  

Como a Premier pode te ajudar?

A PREMIER é uma empresa especializada em serviços assistenciais e ocupacionais, dedicada a promover a saúde, bem-estar e segurança dos colaboradores em diversos setores de atuação. 

Com um compromisso sólido com a prevenção de doenças ocupacionais e a promoção de ambientes de trabalho seguros, a PREMIER se destaca como parceira essencial para empresas de todos os portes que buscam garantir o bem-estar de sua equipe. 

Na PREMIER, acreditamos que cada colaborador merece trabalhar em um ambiente seguro e saudável. Nossa missão é oferecer soluções abrangentes e personalizadas em saúde ocupacional, contribuindo para a construção de uma cultura de prevenção e segurança nas empresas.

Guia Completo sobre EPC (Equipamento de Proteção Coletiva)

Dois homens trabalhando em uma obra enquanto usam EPCs.

Um ambiente de trabalho seguro é fundamental em qualquer empresa, já que além de fornecer bem estar ao funcionário, evita multas na parte do empregador. E uma maneira de garantir a segurança nesse ambiente é através do Equipamento de Proteção Coletiva ou EPC, que é todo o sistema com a finalidade de proteção coletiva.  

Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!

O que são os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)?

Como o próprio nome diz, o Equipamento de Proteção Coletiva é uma série de equipamentos que devem ser fornecidos pela empresa com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos que o ambiente de trabalho pode oferecer, de forma coletiva. O EPC é todo dispositivo, sistema ou meio, fixo ou móvel, que atua diretamente na fonte do risco, buscando eliminá-lo ou neutralizá-lo para todos os presentes.  

Entretanto, o EPC é diferente do EPI (Equipamento de Proteção Individual), pois age de maneira coletiva ao reduzir os riscos no ambiente de trabalho, os custos relacionados com acidentes e não ter a necessidade de uso direto do funcionário. Enquanto o EPC protege o ambiente e um grupo de pessoas, o EPI protege apenas o indivíduo que o utiliza. Porém, o uso tanto do EPC e do EPI em conjunto é a maneira mais eficiente de proteger os funcionários.  

Com isso, os Equipamentos de Proteção Coletiva têm como objetivo prevenir os trabalhadores que estejam transitando pelo ambiente de qualquer acidente e minimizar perdas e aumentar a produtividade fornecendo um local mais seguro de trabalho.  

O fundamento da segurança: entendendo a hierarquia de controle de riscos (NR 1)

Para compreender a real importância do EPC, é imprescindível conhecer a Hierarquia de Controle de Riscos (HCR), um princípio estabelecido pela NR 1 que orienta todas as ações de segurança ocupacional. A HCR é frequentemente representada por uma pirâmide invertida, que prioriza as medidas de controle da mais para a menos eficaz, na seguinte ordem:

  1. Eliminação: Remover fisicamente o perigo. É a medida mais eficaz;
  2. Substituição: Trocar o perigo por uma alternativa menos arriscada;
  3. Controles de Engenharia: Isolar as pessoas do perigo. É aqui que os EPCs se enquadram. São soluções como barreiras de proteção, sistemas de ventilação e enclausuramento de máquinas, que não dependem do comportamento do trabalhador para serem eficazes;
  4. Controles Administrativos: Mudar a forma como as pessoas trabalham (procedimentos, treinamentos, sinalização);
  5. Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Proteger o trabalhador com uma barreira pessoal, sendo a última linha de defesa.

A NR 1 determina que as medidas de proteção coletiva devem ser priorizadas. O EPI só deve ser adotado quando a implementação de EPCs for tecnicamente inviável, insuficiente, estiver em fase de estudo ou em caráter emergencial.

Para que servem os EPCs?

Como foi dito anteriormente, o EPC tem como objetivo prevenir acidentes e doenças ocupacionais, pois contribui para a segurança do local e de todos ali presentes. Mesmo com seu uso exigido por lei, os Equipamentos de Proteção Coletiva servem como uma garantia para os funcionários de que o local de trabalho oferece medidas de segurança adequadas.  

Os extintores de incêndio, por exemplo, é um EPC que serve como forma de proteção contra incêndios. Mesmo que no local de trabalho não haja risco de incêndio, é importante ter um extintor como forma de prevenção a saúde e segurança dos trabalhadores.  

As obrigações das empresas sobre os equipamentos de proteção coletiva

A norma regulamentadora 1 (NR 01) estabelecida pelo Ministério do Trabalho diz:  

“Cabe ao empregador: a minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de proteção coletiva…”  

Ou seja, a NR 01 determina que todas as empresas, independentemente do tamanho, devem contar com diretrizes relativas à segurança e medicina do trabalho. Além dela, há mais Normas Regulamentadoras que falam da obrigatoriedade do uso dos EPC, que são a NR 04 e a NR 09, entre outras.  

NR 04 e o papel do SESMT

A NR 04 está relacionada com os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). O SESMT é composto por profissionais da área da Segurança e Saúde do Trabalho (SST) e deve ser mantido por todas as empresas, dimensionado conforme o grau de risco e o número de funcionários.  

Dessa forma, é função dos profissionais da SST, como engenheiros e técnicos de segurança, avaliar e reduzir os riscos presentes no ambiente de trabalho, adotando medidas de prevenção e, como consequência, indicando o uso de Equipamentos de Proteção Coletiva como medida preventiva.  

NR 09 e o PGR (antigo PPRA)

A NR 09, que antes tratava do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), foi atualizada e agora foca na “Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos”, funcionando como um suporte técnico para o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), instituído pela NR 1. O PGR, que substituiu o PPRA, é o documento que identifica os perigos e avalia os riscos ocupacionais. Quando o PGR identifica um risco ambiental, a NR 9 fornece as diretrizes para seu controle, e as medidas de proteção coletiva (EPCs) integram o plano de ação do PGR como medida prioritária.  

Outras NRs Relevantes

  • NR 18 (Construção Civil): Exige que o PGR do canteiro de obras contenha os projetos dos sistemas de proteção coletiva, detalhando uma vasta gama de EPCs obrigatórios, como proteções de periferia, redes de segurança e proteções em máquinas;
  • NR 35 (Trabalho em Altura): Determina que a Análise de Risco deve prever os sistemas de proteção coletiva, como guarda-corpos, redes e sistemas de ancoragem, para prevenir quedas;
  • NR 10 (Eletricidade) e NR 12 (Máquinas): Também prescrevem EPCs específicos, como barreiras de isolamento, sistemas de aterramento, proteções fixas e móveis em máquinas e dispositivos de parada de emergência.  

E se não usar os equipamentos?

Caso a empresa não cumpra o que foi estabelecido pelas Normas Regulamentadoras, elas poderão ser multadas e sofrerem penalidades, além de que caso haja um acidente de trabalho, a empresa será responsabilizada.  

Se uma empresa não fornecer EPCs para seus colaboradores, o trabalhador pode fazer uma denúncia junto ao Ministério do Trabalho ou de forma interna com o CIPA ou com o SESMT da empresa.  

Responsabilidades da empresa: instalação, manutenção e treinamento

A responsabilidade pela segurança no trabalho é primariamente do empregador, o que se traduz em obrigações claras quanto aos EPCs:  

  • Fornecimento e Instalação: Identificar os riscos através do PGR e fornecer e instalar, sem custos para o empregado, todos os EPCs necessários;
  • Manutenção e Inspeção: Garantir a manutenção periódica e a inspeção regular dos EPCs para assegurar que eles permaneçam em perfeito estado de funcionamento. Um EPC defeituoso pode criar uma falsa sensação de segurança;  
  • Treinamento e Conscientização: Orientar e treinar todos os colaboradores sobre a importância e os procedimentos corretos de uso e respeito aos EPCs instalados; 
  • Fiscalização: Supervisionar o ambiente de trabalho para garantir que os EPCs não sejam danificados ou utilizados de forma inadequada.

O papel da CIPA na gestão dos Equipamentos de Proteção Coletiva

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA), regulamentada pela NR 5, desempenha um papel vital na gestão da segurança. Em relação aos EPCs, a CIPA deve:  

  • Participar da identificação de riscos e verificar a necessidade de implementação de EPCs;
  • Recomendar ao empregador a adoção de medidas de controle, incluindo a instalação de EPCs. Em empresas sem SESMT, essa recomendação é ainda mais crucial; 
  • Promover a conscientização dos trabalhadores sobre a importância de usar e preservar os EPCs, especialmente durante a SIPAT;
  • Acompanhar e verificar o cumprimento das medidas de segurança, comunicando qualquer irregularidade ao empregador.  

Quais são os equipamentos de proteção coletiva?

Cada ambiente de trabalho necessita de tipos específicos de EPCs para garantir a segurança dos trabalhadores, porém há alguns EPCs que devem ser disponibilizados, independente do ambiente. São eles:  

  • kit de primeiros socorros;
  • corrimão e guarda-corpo;
  • detector de fumaça;
  • extintores de incêndio;
  • sinalização.

EPC Enfermagem e EPC Hospitalar

No ambiente hospitalar, os EPCs são fundamentais para reduzir os riscos que esse ambiente de trabalho apresenta, como a contaminação. Entre os equipamentos, podemos destacar:  

  • capela de exaustão;  
  • caixa para descarte de perfurocortantes;  
  • autoclave para esterilização;  
  • lava-olhos e chuveiro de emergência.  

EPC Construção Civil

Por ser um ambiente que apresenta riscos, a construção civil necessita de EPCs próprios para esse ambiente, como:  

  • guarda-corpo e rede de proteção;  
  • antiderrapantes;  
  • travas de segurança e cancelas;  
  • disjuntores elétricos independentes.  
  • Plataformas de proteção (bandejas) e telas de fachada (fachadeiros).  

EPC Laboratório

Assim como o ambiente hospitalar, laboratórios também apresentam riscos de contaminação. Por isso, há EPC que ajudam na segurança, como:  

  • capela de exaustão;  
  • forno Pasteur;  
  • lava-olhos e chuveiro de emergência;  
  • cabines de segurança química e biológica;  
  • módulo de fluxo laminar de ar;  
  • detectores de fumaça;  
  • sprinklers e extintores de incêndio.  

EPC Agricultura

Já para o segmento rural e agrícola, é indicado:  

  • kit de primeiros socorros;
  • sinalização de segurança;
  • chuveiro de emergência.

Desambiguação: EPC de segurança vs. contrato EPC na construção

É importante esclarecer uma possível fonte de confusão, especialmente para profissionais dos setores de engenharia e construção. A sigla “EPC” pode ter dois significados distintos:

  1. Equipamento de Proteção Coletiva: O foco deste artigo, referindo-se aos dispositivos de segurança no trabalho; 
  2. Engineering, Procurement, and Construction (Engenharia, Gestão de Compras e Construção): Um modelo de contrato de empreitada global, também conhecido como “turnkey”, onde uma única empresa assume a responsabilidade integral por todas as fases de um projeto.

Embora os termos sejam idênticos, seus contextos são completamente diferentes. Um projeto sob contrato EPC deve, obrigatoriamente, prever e implementar todos os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) necessários.

A importância de adotar os equipamentos de proteção coletiva

Como foi percebido, independente do ambiente de trabalho é necessário que seja implantado um EPC e que ele seja regularmente verificada a manutenção, a efetividade, capacidade, economia e impactos gerados na saúde e segurança dos funcionários.  

Mas fica a dúvida da importância desses equipamentos. De acordo com pesquisas feitas pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho e elaborado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil é um dos países onde há mais mortes causadas por acidentes de trabalho. Dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho também posicionam o Brasil entre os primeiros no ranking mundial de acidentes. Por isso, o uso de EPC desempenha um papel fundamental na redução desses números.  

Além disso, o uso de EPC reduz o número de afastamentos, evita multas, aumenta a produtividade e melhora a qualidade de vida do trabalhador!  

Perguntas Frequentes sobre EPC 

1. Toda empresa com funcionários precisa de EPC?

A necessidade de EPC não está ligada ao tamanho da empresa, mas aos riscos identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que é obrigatório para todas as empresas com funcionários em regime CLT. Se o PGR apontar riscos que podem ser controlados por medidas coletivas, a implementação do EPC correspondente torna-se obrigatória.  

2. O EPC precisa de Certificado de Aprovação (CA) como o EPI?

Não. O Certificado de Aprovação (CA) é uma exigência exclusiva para Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), conforme a NR 6. Os EPCs não possuem CA, mas devem ser fabricados e instalados de acordo com as normas técnicas brasileiras (ABNT) ou normas internacionais aplicáveis.  

A PREMIER Saúde Ocupacional

Se você chegou até aqui, sabe da importância do Equipamento de Proteção Coletiva. Por isso, não hesite em implantar nos EPCs para garantir a saúde e segurança dos seus colaboradores.  

A PREMIER SAÚDE OCUPACIONAL tem mais de 24 anos de experiência em serviços assistenciais e ocupacionais, prezando pela qualidade na saúde e pela segurança dos empregados das nossas empresas clientes. Entre em contato conosco e promova condições de trabalho saudáveis!  

Se você gostou do conteúdo, não deixe de acessar o nosso blog para saber mais sobre saúde e segurança no trabalho.  

Entenda quais são os principais sintomas do sedentarismo e como mudar os hábitos para uma vida saudável

sintomas do sedentarismo

Você sabia que os sintomas do sedentarismo já são considerados um dos principais fatores de risco para doenças crônicas no mundo? No Brasil, o cenário é alarmante. Dados do IBGE revelam que 47% dos adultos brasileiros são considerados sedentários, e entre os jovens, o número sobe para preocupantes 84%. O país é o mais sedentário da América Latina e o quinto no ranking mundial.  

Isso significa que milhões de pessoas vivem com hábitos que favorecem o surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade, depressão e até mesmo alguns tipos de câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai além: estima-se que o sedentarismo seja responsável por cerca de 5 milhões de mortes por ano em todo o planeta. No Brasil, os impactos vão além da saúde individual — afetam também o sistema público de saúde, os índices de produtividade e a qualidade de vida da população como um todo.  

O mais alarmante é que, em muitos casos, o sedentarismo se instala de forma silenciosa. Dores nas costas, cansaço constante, alterações no sono, falta de disposição para tarefas simples e até dificuldade de concentração podem ser sinais claros de um corpo que está sentindo os efeitos da inatividade física. No entanto, como esses sintomas são facilmente atribuídos ao estresse ou à rotina corrida, acabam sendo ignorados ou normalizados.  

Neste guia completo, vamos mostrar como reconhecer os principais sintomas do sedentarismo, detalhar suas causas e consequências, e, principalmente, apresentar um plano prático para mudar esse quadro com alterações consistentes na rotina. Afinal, adotar um estilo de vida mais ativo é uma das formas mais acessíveis e eficazes de proteger a saúde e garantir bem-estar a longo prazo.

O que é sedentarismo e qual a diferença para atividade física?

O sedentarismo diz respeito a um estilo de vida em que o corpo está fisicamente inativo, seja pela falta de atividade física regular ou pelo baixo nível dessa prática. É importante entender a diferença entre dois conceitos-chave:  

  • Atividade física: é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos que resulta em gasto de energia acima do nível de repouso. Inclui atividades do dia a dia, como limpar a casa, caminhar até o ponto de ônibus ou subir escadas; 
  • Exercício físico: é uma subcategoria da atividade física. Trata-se de um movimento planejado, estruturado, repetitivo e com um objetivo claro de melhorar ou manter a aptidão física (força, flexibilidade, etc.).  

A OMS considera uma pessoa sedentária quando ela pratica menos de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada por semana.  

Os níveis do sedentarismo

Existem diferentes níveis de classificação do sedentarismo, totalizando quatro fases :  

  • Nível 1: A pessoa realiza alguma atividade física leve, mas não atinge o mínimo recomendado pela OMS, o que ainda a deixa vulnerável aos prejuízos da vida sedentária;
  • Nível 2: Caracteriza-se pela evitação de atividades físicas. O mínimo de deslocamento diário é realizado por automóveis e, no caso de quem reside em prédios, de elevador;
  • Nível 3: A pessoa está inativa frequentemente, evitando qualquer tipo de esforço e deslocamento;
  • Nível 4: É o estágio mais grave. As pessoas estão em um grau de inatividade alto, em que na maior parte do tempo estão sentadas ou deitadas, sem gasto metabólico significativo pelo corpo, prejudicando seu funcionamento.

As causas ocultas do sedentarismo na vida moderna

Diversos fatores contribuem para o aumento do sedentarismo na sociedade atual, que vão desde a tecnologia até questões psicológicas.

Fatores comportamentais e tecnológicos

  • Rotina de trabalho: Longas horas de trabalho em frente ao computador são uma das principais causas; 
  • Tecnologia e lazer: O tempo excessivo gasto em celulares, computadores e televisão contribui significativamente para a inatividade;  
  • Facilidades modernas: O uso constante de carros para trajetos curtos, elevadores e escadas rolantes diminui o gasto calórico diário.

Fatores psicológicos e ambientais

  • Saúde mental: Condições como depressão, ansiedade e desinteresse geral podem levar à falta de motivação para a prática de atividades físicas;  
  • Falta de acesso: A escassez de áreas de lazer públicas, como parques e instalações esportivas, pode limitar as opções de atividade física para a comunidade.  

Quais são os sintomas do sedentarismo mais comuns?

Com a falta de movimentação, diversas funções do corpo são prejudicadas. Os sintomas podem ser físicos e mentais.

Sintomas físicos

  • Cansaço constante: Ocorre devido à diminuição do metabolismo e à menor produção de hormônios como endorfinas e serotonina, que promovem bem-estar e disposição;  
  • Dores nas articulações: A falta de movimento enfraquece os músculos que estabilizam as articulações. Somado ao possível ganho de peso, isso gera uma sobrecarga, principalmente nos joelhos;
  • Dores nas costas: Ficar sentado por longos períodos aumenta a pressão sobre os discos da coluna em até 90% em comparação com a posição em pé, além de enfraquecer os músculos que a sustentam;
  • Aumento excessivo de peso: É um dos sinais mais comuns, resultado direto de um gasto calórico inferior ao consumo; 
  • Diminuição da força muscular: Músculos não estimulados perdem força e massa, um processo conhecido como atrofia; 
  • Acúmulo de gordura abdominal: A energia não utilizada é armazenada como gordura, frequentemente na região abdominal;  
  • Má qualidade do sono: A inatividade pode levar a roncos e apneia do sono, pois os músculos respiratórios também enfraquecem.  

Sintomas mentais e cognitivos

  • Desmotivação e falta de disposição: A redução de neurotransmissores ligados ao bem-estar afeta diretamente o ânimo para realizar tarefas diárias;
  • Baixa concentração e produtividade: O sedentarismo pode afetar a função cognitiva, dificultando o foco e a produtividade no trabalho e nos estudos;  
  • Piora na saúde mental: A falta de atividade física está ligada a um maior risco de desenvolver ou agravar quadros de ansiedade e depressão.  

As graves consequências e doenças associadas ao sedentarismo

A inatividade física não é apenas um mau hábito; é um fator de risco para uma série de doenças graves que podem diminuir drasticamente a qualidade e a expectativa de vida.

Doenças cardiovasculares

O sedentarismo contribui para o acúmulo de placas de gordura nas artérias (aterosclerose), o que aumenta o risco de hipertensão, infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).  

Diabetes Tipo 2

A falta de atividade física pode tornar o corpo resistente à insulina, o hormônio que regula o açúcar no sangue, sendo um gatilho para o desenvolvimento de diabetes tipo 2.  

Certos tipos de câncer

Estudos mostram que a inatividade física aumenta o risco de desenvolver alguns tipos de câncer, como o de cólon, mama e endométrio.  

Osteoporose e saúde muscular

A falta de estímulo enfraquece ossos e músculos, aumentando o risco de osteoporose e de quedas, especialmente em idosos.  

Como mudar de hábitos e deixar de ser uma pessoa sedentária

Mudar hábitos sedentários pode parecer desafiador, mas é possível com paciência e estratégia.

Antes de tudo, é importante buscar uma avaliação médica para conhecer a sua condição e identificar se existe alguma limitação para a prática de exercícios físicos. Profissionais como clínicos gerais, cardiologistas e educadores físicos podem orientá-lo.  

Dicas para mudar a rotina diária

  • Comece devagar: Defina metas alcançáveis, como caminhar 10 minutos por dia ou fazer uma pausa para se levantar a cada hora;
  • Use as escadas: Sempre que possível, troque o elevador pelas escadas; 
  • Caminhe mais: Estacione o carro mais longe ou desça um ponto antes para estimular a caminhada;  
  • Encontre um parceiro: Praticar atividades com amigos ou familiares pode aumentar a motivação.  

Exercícios simples para fazer em casa

Não é preciso ir à academia para se movimentar. Você pode começar com:

  • Agachamentos: Use uma cadeira como apoio para começar; 
  • Polichinelos: Um ótimo exercício cardiovascular que pode ser feito em qualquer lugar; 
  • Corrida no lugar (Marcha): Levante os joelhos alternadamente como se estivesse marchando;
  • Alongamentos: Ajudam a melhorar a flexibilidade e a reduzir a tensão muscular.  

Estratégias para se manter ativo no trabalho

  • Pausas ativas: A cada hora, levante-se, caminhe e faça alongamentos; 
  • Bebedouros distantes: Opte por usar o bebedouro mais longe da sua mesa;  
  • Reuniões em pé: Se possível, faça reuniões rápidas em pé ou caminhando com colegas.  

Grupos de risco: sedentarismo em crianças e idosos

Sedentarismo infantil: riscos e soluções

O sedentarismo em crianças, muitas vezes ligado ao uso excessivo de telas, traz riscos como obesidade, ansiedade e dificuldades de socialização.  

Dicas para os pais:

  • Limite o tempo de tela: Estabeleça regras claras para o uso de eletrônicos.
  • Dê o exemplo: Se os pais são ativos, as crianças tendem a seguir o mesmo caminho.
  • Incentive atividades ao ar livre: Brincadeiras, esportes e passeios em família são fundamentais.  

Sedentarismo em idosos: prevenindo quedas e doenças

Na terceira idade, o sedentarismo aumenta o risco de morte em até 30%. A falta de movimento afeta o equilíbrio (propriocepção), elevando o risco de quedas, além de agravar doenças como hipertensão e diabetes.  

O impacto do sedentarismo para as empresas

Os efeitos do sedentarismo prejudicam fortemente a rotina de trabalho, pois afetam a motivação, a capacidade de concentração e a disposição dos colaboradores. Isso pode ter um grande impacto nas empresas, resultando em:  

  • Aumento do absenteísmo: Funcionários sedentários estão mais propensos a faltas devido a doenças; 
  • Queda na produtividade: A falta de energia e o aumento de dores podem levar à diminuição na qualidade do trabalho e a um aumento no número de erros;  
  • Piora do clima organizacional: O sedentarismo afeta a saúde mental, podendo levar a mais estresse e ansiedade no ambiente de trabalho.  

Como as empresas podem ajudar?

As empresas devem incentivar seus colaboradores a serem mais ativos. Isso não apenas melhora a saúde dos funcionários, mas também resulta em uma equipe mais produtiva e engajada.

  • Programas de ginástica laboral: Exercícios curtos e guiados durante o expediente;
  • Incentivo a pausas ativas: Estimular e dar abertura para que os funcionários se movimentem;
  • Melhora da ergonomia: Garantir condições de trabalho saudáveis;
  • Benefícios de bem-estar: Oferecer acesso a academias, serviços de saúde e programas de qualidade de vida.  

Perguntas Frequentes (FAQ)

Quanto tempo leva para deixar de ser sedentário? 

Os principais benefícios da atividade física constante podem ser sentidos em cerca de três meses.  

Qual profissional devo procurar para combater o sedentarismo? 

Recomenda-se uma avaliação inicial com um clínico geral ou cardiologista, e o acompanhamento de um educador físico para a prescrição de exercícios.  

O sedentarismo é considerado uma doença? Tem CID? 

Sim. Embora não seja uma doença em si, ele é um fator de risco e se enquadra no CID Z72, que classifica “problemas relacionados com o estilo de vida”.  

A PREMIER Saúde Ocupacional

A PREMIER é uma empresa especializada na prestação de serviços assistenciais e ocupacionais, visando a prevenção de doenças ocupacionais em empresas de diversos portes e segmentos.

Se você gostou de saber mais sobre os sintomas do sedentarismo e como mudar essa realidade, acesse o nosso blog para mais dicas de como promover a saúde dos seus colaboradores!

O que é o CAT e como emitir corretamente a Comunicação de Acidente de Trabalho

imagem para representar um acidente de trabalho e possivel emissão do CAT

Em um ambiente corporativo saudável e seguro, conhecer as normas e procedimentos ligados à saúde ocupacional é essencial. Entre eles, a CAT — Comunicação de Acidente de Trabalho — aparece como um dos documentos mais relevantes que todo gestor deve ter conhecimento. 

Isso porque, ela não só garante os direitos do funcionário em caso de acidentes e doenças, como também protege legalmente a organização diante das exigências da legislação brasileira. Segundo dados recentes, foram registrados 8,8 milhões de acidentes do trabalho e 32 mil mortes no emprego com carteira assinada entre 2012 a 2024.

Sendo assim, acompanhe a leitura abaixo! Aqui, você vai entender o que é a CAT, quais tipos de acidentes exigem sua emissão, quem deve emiti-la e quais são os prazos legais para isso, além de compreender como ela se relaciona com a segurança do trabalho nas empresas.

O que é CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)?

A CAT é um documento oficial exigido pela legislação brasileira para registrar a ocorrência de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. Ela é regulamentada pela Lei nº 8.213/91, especificamente nos artigos 19 a 22, e é obrigatória sempre que um trabalhador sofre um acidente durante a jornada ou no trajeto entre a residência e o espaço laboral. 

Vale destacar que ela também deve ser emitida em casos de doenças que tenham relação direta com as atividades desempenhadas no ambiente profissional, como LER/DORT, problemas respiratórios causados por exposição a agentes químicos ou transtornos mentais ligados à sobrecarga emocional ou estresse excessivo.

A finalidade do registro é o de comunicar o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para que o trabalhador possa receber o devido amparo, como o benefício por incapacidade temporária ou permanente, quando for o caso. 

Além disso, a CAT também ajuda a rastrear e monitorar os riscos ocupacionais, servindo como base para políticas de prevenção organizacional.

Quais são os tipos de acidente de trabalho que exigem a emissão da CAT?

Os principais casos que exigem a emissão da CAT envolvem diferentes categorias de acidentes e condições de saúde relacionadas ao trabalho. Isso inclui gargalos típicos, que são aqueles ocorridos durante o exercício da função, como quedas, cortes, esmagamentos ou queimaduras. 

Importante destacar que mesmo os acidentes sem afastamento devem ser comunicados através desse registro. Isso permite uma fiscalização mais precisa e um histórico confiável sobre as condições de trabalho, auxiliando tanto os órgãos reguladores quanto a gestão interna da sua empresa.

Quem deve emitir a CAT e quais os prazos legais?

A responsabilidade de emitir a CAT é do empregador, mas também pode ser realizada pelo próprio trabalhador, pelo sindicato da categoria ou pelo médico que realizar o atendimento. No entanto, é fundamental que o gestor da empresa tome a iniciativa e garanta que o documento seja emitido dentro do prazo legal.

O prazo para sua emissão é até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência do acidente. Em caso de morte, a comunicação deve ser imediata às autoridades competentes. O envio da CAT é feito exclusivamente de forma eletrônica, por meio do site da Previdência Social, utilizando o sistema eSocial ou o aplicativo CNIS.

O não cumprimento desse prazo pode acarretar penalidades para a empresa, como multas e sanções administrativas. Além disso, pode comprometer o acesso do trabalhador aos seus direitos previdenciários.

CAT x Segurança do Trabalho: o que sua empresa precisa saber

A CAT é um instrumento que vai muito além da burocracia. Ela é parte integrante da política de segurança do trabalho de uma empresa e reflete seu compromisso com a saúde e bem-estar dos colaboradores. 

A partir da emissão e análise dos registros, é possível identificar padrões de ocorrências, avaliar os riscos mais recorrentes e estabelecer medidas preventivas mais eficazes.

Empresas que tratam a segurança como prioridade tendem a apresentar menores índices de afastamentos, maior produtividade e menor rotatividade de funcionários. 

Ademais, o documento também pode contribuir para a melhora do clima organizacional, demonstrando transparência e cuidado por parte da gestão. Isso fortalece a relação de confiança entre empresa e colaboradores, aspecto essencial para uma cultura corporativa sólida e humanizada.

Conheça a Premier Ocupacional

O entendimento sobre o que é o CAT e como emitir corretamente é essencial para garantir a plena saúde e bem-estar físico da sua equipe para a prevenção de acidentes. Sua correta aplicação contribui para a valorização individual de cada membro da sua empresa e demonstra o comprometimento organizacional com a segurança humanizada. 

Portanto, empresas que investem na segurança e bem-estar de seus funcionários aumentam significativamente a redução de incidentes dentro do espaço laboral, no qual dados de pesquisas recentes apontam que quase 2 milhões de pessoas morrem por causas relacionadas ao trabalho a cada ano em todo o mundo.

Sendo assim, caso tenha dúvidas relacionadas a saúde ocupacional no ambiente laboral, lembre-se que a PREMIER é uma empresa especializada no ramo, com mais de 25 anos de experiência. 

Oferecemos serviços personalizados para a prevenção de afastamentos e a promoção da saúde e segurança dos trabalhadores. Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar sua empresa a criar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Como melhorar a satisfação no trabalho e reduzir o turnover da sua empresa

pessoas tendo satisfação no trabalho

Em um mercado que se torna mais competitivo a cada dia, empresas que desejam atrair e reter talentos precisam ir além de salários atrativos e benefícios básicos. Sendo assim, a satisfação no trabalho se tornou um dos principais pilares para a construção de um ambiente organizacional sustentável que visa o crescimento. 

Nesse contexto, dados de estudos recentes, revelam que 50% dos profissionais afirmam que deixariam seu emprego atual caso não se sentissem valorizados ou satisfeitos com o trabalho. 

Dessa forma, vamos entender abaixo o que significa satisfação no trabalho, quais são os fatores que a influenciam, como mensurá-la e, principalmente, quais estratégias adotar para aumentar esse indicador na sua empresa. Acompanhe a seguir:

O que é a satisfação no trabalho e qual seu impacto corporativo?

Satisfação no trabalho é a percepção positiva que um colaborador tem em relação ao seu ambiente profissional, suas atividades, colegas, gestores e à cultura da empresa. Ela é subjetiva e varia em termos para cada pessoa, mas quando bem trabalhada pode ser um fator determinante para o sucesso de uma organização. 

O impacto do investimento nessa área é amplo e atinge diversos aspectos. Isso porque, profissionais satisfeitos costumam apresentar maior produtividade, são mais criativos, colaborativos e propensos a desenvolver soluções inovadoras para problemas corporativos ou diretamente com clientes. 

Além disso, o clima organizacional melhora, a comunicação flui com mais naturalidade entre os membros da empresa, independente da hierarquia, e a reputação organizacional no mercado também ganha destaque. 

Os fatores que influenciam na satisfação no trabalho

Diversos aspectos podem influenciar na forma como um colaborador percebe seu ambiente de trabalho. Um dos principais é a liderança. Gestores preparados, que mantêm uma comunicação clara, oferecem feedbacks constantes e valorizam os esforços da equipe, têm papel fundamental na construção de um ambiente corporativo positivo.

Além disso, as condições do ambiente, a carga horária, a distribuição de tarefas, a possibilidade de crescimento profissional, a remuneração compatível com o mercado e o reconhecimento são fatores que contribuem significativamente para a melhora desse aspecto. Ambientes que promovem diversidade, respeito, inclusão e bem-estar também costumam ser mais acolhedores e engajadores.

Outro ponto importante é o equilíbrio que a companhia da para sua equipe entre vida pessoal e profissional. Com a expansão do trabalho remoto e do modelo híbrido, muitas empresas passaram a perceber que oferecer flexibilidade é uma das chaves para manter os colaboradores satisfeitos e produtivos.

De acordo com pesquisas, 80% dos profissionais consideram o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal um dos principais fatores para a permanência na empresa.

Como medir esse fator no ambiente corporativo

Mensurar a satisfação no trabalho é essencial para que a empresa consiga entender as necessidades dos colaboradores e implementar ações assertivas. Existem diversas formas de fazer isso, sendo a pesquisa de clima organizacional uma das mais utilizadas. 

Essa ferramenta permite avaliar a percepção dos funcionários sobre diferentes aspectos do ambiente de trabalho, como relacionamento com colegas e líderes, estrutura física, reconhecimento, entre outros. Se necessário, é possível realizar ela de forma anonima, caso sua equipe não se sinta a vontade ou tenha medo de represálias.

Outra forma de acompanhamento é por meio de entrevistas de desligamento, que ajudam a identificar padrões e motivos que levam à saída dos colaboradores. Além disso, reuniões de feedback com escuta ativa dos profissionais, avaliações constantes de desempenho e análises contínuas de indicadores como absenteísmo e rotatividade também fornecem dados importantes para entender a dinâmica interna da sua empresa.

Estratégias para aumentar a satisfação no trabalho

Promover a satisfação no trabalho requer um conjunto de ações integradas que vão desde o recrutamento até a gestão contínua de pessoas. O primeiro passo é garantir que o processo seletivo seja alinhado aos valores da empresa e ao perfil do cargo. Isso aumenta as chances de contratar profissionais com expectativas compatíveis com a realidade da sua empresa.

Outra estratégia fundamental é investir em programas de desenvolvimento profissional. Oferecer treinamentos, planos de carreira e oportunidades de crescimento mostra que a sua companhia valoriza seus colaboradores e acredita no potencial de quem é pertencente dela.

Além disso, cuidar da saúde física e mental dos colaboradores deve ser prioridade. Criar programas de qualidade de vida, incentivar a prática de atividades físicas, oferecer acompanhamento psicológico e promover pausas durante o expediente são medidas que impactam diretamente na percepção de bem-estar.

Por fim, promover uma cultura organizacional saudável, baseada em respeito, transparência e na empatia é essencial para que os membros da companhia se sintam parte do negócio e tenham orgulho de pertencer àquela empresa. 

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Investir na satisfação no trabalho não é apenas uma questão de responsabilidade social. É uma estratégia inteligente para melhorar o desempenho da equipe, fortalecer a imagem da empresa no mercado e garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo. Quando as pessoas se sentem bem, elas entregam o seu melhor — e isso se reflete em todos os aspectos da organização.

Portanto, empresas que investem na capacitação de seus funcionários e na organização do seu espaço de trabalho significativamente para a redução de incidentes.

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Avaliação psicossocial: o que é, quando fazer e como aplicar

gestor realizando uma avaliação psicossocial em uma entrevista em grupo

Nos últimos anos, a saúde mental passou a ser um tema de alta relevância dentro do cenário corporativo. Esse cenário tem impulsionado um movimento crescente de atenção à saúde emocional dos colaboradores, especialmente em funções de risco. Nesse contexto, a avaliação psicossocial surge como uma ferramenta fundamental para promover ambientes laborais mais saudáveis e seguros.

Muito além de um simples procedimento, esse é um importante instrumento da saúde ocupacional. 

Nesse sentido, ela visa identificar fatores psicossociais que possam interferir na capacidade do trabalhador de desempenhar suas funções com segurança e bem-estar. Afinal, o impacto do estresse, da pressão e das condições de trabalho não se limita ao rendimento profissional, ela afeta diretamente a qualidade de vida e a integridade física e mental do colaborador para fora da esfera profissional.

Compreender quando e como aplicar a avaliação psicossocial, quais normas a regulam, e os benefícios que ela pode trazer para empresas e trabalhadores é essencial para uma gestão estratégica e humanizada de pessoas. Acompanhe a leitura do artigo para entender o tema com maior profundidade.

O que é avaliação psicossocial e para que serve?

A avaliação psicossocial é um processo de análise conduzido por um psicólogo profissional, visando entender profundamente as condições emocionais e comportamentais de um trabalhador diante das exigências de seu cargo, especialmente em emergências ou riscos. 

Sendo assim, ela avalia aspectos como equilíbrio emocional, tomada de decisão sob pressão, capacidade de relacionamento interpessoal, entre outros fatores que impactam diretamente a saúde e a segurança no espaço laboral.

Diferentemente de exames físicos ou laboratoriais, esse tipo de avaliação olha para a pessoa de forma integrada, valorizando sua subjetividade. 

Trata-se de um recurso preventivo, que busca proteger os funcionários de situações que possam comprometer seu desempenho ou gerar acidentes, adoecimentos e afastamentos. Além disso, também serve como critério para admissões, mudanças de função e retornos ao trabalho.

Em quais situações a avaliação é obrigatória?

Embora não exista uma lei federal que torne a avaliação psicossocial obrigatória em todos os setores, algumas normativas e regulamentações específicas apontam sua exigência

A principal delas é a Norma Regulamentadora nº 33 (NR-33), que trata de atividades em espaços confinados, e a NR-35, que regulamenta o trabalho em altura. 

Além disso, a NR-20 (que trata de atividades com inflamáveis e combustíveis) e a NR-10 (voltada a serviços com eletricidade) também reforçam a importância da aptidão psicossocial dos trabalhadores. 

Dessa forma, sempre que o colaborador estiver exposto a condições que possam comprometer sua segurança — como isolamento, pressão, vigilância armada ou transporte de valores — a avaliação se torna recomendável, mesmo quando não for obrigatória por norma.

Diferença entre avaliação psicossocial e exame psicotécnico

Uma dúvida recorrente entre gestores e profissionais é sobre a diferença entre avaliação psicossocial e exame psicotécnico. Embora ambos envolvam o uso de questões para avaliar o psicológico de uma pessoa, eles têm finalidades distintas. 

O exame psicotécnico, muitas vezes associado a processos de habilitação (como no Detran), tem caráter eliminatório e busca aferir traços específicos de personalidade e aptidão para tarefas técnicas.

Já a avaliação psicossocial possui um caráter mais amplo e contextualizado. Ela considera o espaço laboral, os riscos envolvidos na função e as condições emocionais do colaborador. 

Ou seja, seu foco não é simplesmente classificar ou excluir alguém, mas promover o alinhamento entre o perfil psicológico do trabalhador e os desafios do seu cargo, com vistas à saúde ocupacional.

Além disso, a avaliação psicossocial pode incluir entrevistas clínicas, aplicação de testes psicológicos validados, observação do comportamento e análise de histórico ocupacional. 

Quais são os benefícios da avaliação psicossocial no ambiente organizacional?

Implementar avaliações psicossociais regulares traz uma série de benefícios para empresas. Em primeiro lugar, esse tipo de cuidado contribui diretamente para a prevenção de acidentes de trabalho. Colaboradores mais conscientes de suas emoções, com bom equilíbrio emocional e preparados para os desafios da função, tendem a cometer menos erros e lidar melhor com situações críticas.

Além disso, ela fortalece a cultura de cuidado e valorização das pessoas dentro da companhia. Quando o trabalhador percebe que sua saúde mental está sendo levada a sério, ele se sente mais motivado a dar o melhor de si. Isso reflete em maior produtividade, menor rotatividade e um clima organizacional positivo.

Outro ponto relevante é o alinhamento com as boas práticas de ESG (Environmental, Social and Governance), cada vez mais valorizadas no mundo corporativo. Empresas que investem em saúde ocupacional e bem-estar psicossocial demonstram responsabilidade social e compromisso com o desenvolvimento sustentável de seus times.

Por fim, a avaliação psicossocial também auxilia na tomada de decisões estratégicas em gestão de pessoas, como promoções, realocações e admissões. Ao compreender melhor o perfil emocional dos colaboradores, os líderes podem atuar de forma mais assertiva e empática, potencializando talentos e prevenindo conflitos.

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A avaliação psicossocial é essencial para garantir a plena saúde e bem-estar físico da sua equipe para a prevenção de acidentes. Sua correta aplicação contribui para a valorização individual de cada membro da sua empresa e demonstra o comprometimento organizacional com a segurança humanizada. 

Portanto, empresas que investem na capacitação de seus funcionários e na organização do seu espaço de trabalho significativamente para a redução de incidentes, no qual dados de pesquisas recentes apontam que quase 2 milhões de pessoas morrem por causas relacionadas ao trabalho a cada ano em todo o mundo.

Sendo assim, caso tenha dúvidas relacionadas a saúde ocupacional no ambiente laboral, lembre-se que a PREMIER é uma empresa especializada no ramo, com mais de 25 anos de experiência. 

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