Você sabia que os sintomas do sedentarismo já são considerados um dos principais fatores de risco para doenças crônicas no mundo? No Brasil, só 40,6% das pessoas com 18 anos ou mais, na média das 27 capitais brasileiras e do Distrito Federal, realizam atividade física nos níveis estipulados pela OMS, segundo dados de 2023 da Vigitel. O estudo revela um cenário preocupante: milhões de pessoas vivendo com hábitos que favorecem o surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade, depressão e até mesmo alguns tipos de câncer.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai além: estima-se que o sedentarismo seja responsável por cerca de 5 milhões de mortes por ano em todo o planeta. No Brasil, os impactos vão além da saúde individual — afetam também o sistema público de saúde, os índices de produtividade e a qualidade de vida da população como um todo.
O mais alarmante é que, em muitos casos, o sedentarismo se instala de forma silenciosa. Dores nas costas, cansaço constante, alterações no sono, falta de disposição para tarefas simples e até dificuldade de concentração podem ser sinais claros de um corpo que está sentindo os efeitos da inatividade física. No entanto, como esses sintomas são facilmente atribuídos ao estresse ou à rotina corrida, acabam sendo ignorados ou normalizados.
Neste artigo, vamos mostrar como reconhecer os principais sintomas do sedentarismo, porque eles não devem ser negligenciados e, principalmente, como é possível mudar esse quadro com pequenas, porém consistentes, mudanças na rotina. Afinal, adotar um estilo de vida mais ativo é uma das formas mais acessíveis e eficazes de proteger a saúde e garantir bem-estar a longo prazo.
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ToggleO que é o sedentarismo e por que isso é um problema
O sedentarismo diz respeito a um estilo de vida em que o corpo está fisicamente inativo, seja pela falta de atividade física regular ou pelo baixo nível dessa prática.
Aqui, a inatividade não inclui apenas a execução de exercícios físicos, mas também os movimentos realizados no trabalho, no ambiente doméstico e no lazer. Trata-se de pessoas que, considerando todos esses momentos, praticam menos do que 150 minutos de exercícios semanais.
O que acontece no Brasil é que grande parte das pessoas não se movimentam ao longo da rotina, o que já era preocupante antes mesmo da pandemia de Covid-19. Para se ter uma ideia, o país já era considerado o quinto mais sedentário do mundo em 2018.
Contudo, mesmo após o fim do isolamento, o nível de inatividade física aumentou, pois as pessoas permaneceram paradas. Isso se deve a diversas razões particulares, como a falta de tempo, a falta de acesso e informações sobre saúde e até a própria falta de motivação. Mas mesmo em diferentes níveis, o sedentarismo prejudica fortemente a população.
Isso porque ele é um grande fator de risco para o desenvolvimento de uma série de doenças, como problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade, doenças reumatológicas, depressão e ansiedade. Além disso, ele compromete de forma significativa a qualidade de vida, dificultando o dia a dia diante de um corpo cansado.
Os níveis do sedentarismo
Existem diferentes níveis de classificação do sedentarismo, totalizando quatro fases. Na primeira delas, não há uma falta total de atividade física, mas ela é realizada de forma leve, o que ainda deixa as pessoas vulneráveis aos prejuízos da vida sedentária.
O segundo nível, por outro lado, é caracterizado pela evitação de atividades físicas, de modo que o mínimo de deslocamento diário é realizado por automóveis e, no caso de quem reside em prédios, de elevador.
Já no terceiro nível, a pessoa está inativa frequentemente, evitando qualquer tipo de esforço e deslocamento. No quarto e último estágio, as pessoas estão em um grau de inatividade alto, em que na maior parte do tempo estão sentadas ou deitadas. Por isso, não há gasto metabólico pelo corpo, prejudicando seu funcionamento.
Quais são os sintomas do sedentarismo mais comuns?
De modo geral, as pessoas sedentárias costumam apresentar sinais como indisposição para realizar tarefas do cotidiano, cansaço por permanecerem muito tempo sentadas e desânimo para praticar atividades físicas com frequência.
Com a falta de movimentação nas atividades rotineiras, diversas funções do corpo são prejudicadas, causando efeitos a curto, médio e longo prazo. Por isso, os sintomas mais comuns do sedentarismo são:
- cansaço constante;
- dores nas articulações;
- aumento excessivo de peso;
- diminuição da força muscular;
- acúmulo de gordura abdominal e no interior das artérias;
- má qualidade do sono;
- desmotivação;
- baixa concentração e produtividade.
Como identificar o sedentarismo em sua rotina diária
Se você passa a maior parte do tempo sentada e se movimenta pouco ao longo do dia, é provável que você seja uma pessoa sedentária. Para identificar isso, perceba se você evita atividades físicas simples, como subir escadas ou caminhar para o trabalho.
Além disso, é importante observar a existência de dores nas costas ou no pescoço, o que pode ser um sinal de falta de movimento. Lembre-se: identificar o sedentarismo é o primeiro passo para combater esse estilo de vida e mudar seus hábitos para uma rotina saudável.
A importância de combater o sedentarismo para a saúde
De acordo com a OMS, o Brasil é um dos países mais sedentários da américa latina, atrás apenas de Argentina, Uruguai e Chile quando se trata de níveis de atividade física e qualidade de vida. Por isso, combater o sedentarismo é melhorar as condições de saúde de praticamente metade dos brasileiros.
Ao não se movimentar, o processo de envelhecimento das células é acelerado, diminuindo a capacidade de regeneração. Por isso, a inatividade física prejudica diversos sistemas do corpo, que fica sujeito a desenvolver condições que levam à morte.
Ainda segundo a OMS, essa condição está relacionada à morte de mais de 3 milhões de pessoas em todo o mundo, aumentando o risco de morte precoce e de desenvolvimento de doenças crônicas, além de afetar também a saúde mental.
O impacto do sedentarismo para as empresas
Os efeitos do sedentarismo prejudicam fortemente a rotina, principalmente no trabalho, pois afetam a motivação, a capacidade de concentração e a disposição dos colaboradores para exercer suas atividades.
Por isso, ele pode ter um grande impacto nas empresas, tanto em termos de produção quanto de saúde dos funcionários. Isso porque eles estão mais propensos a faltas devido a doenças relacionadas à essa condição.
Além disso, a falta de energia pode levar à diminuição na qualidade do trabalho e a um aumento no número de erros cometidos, afetando a produtividade.
Como mudar de hábitos e deixar de ser uma pessoa sedentária
Mudar hábitos sedentários pode parecer desafiador, mas é possível com muita paciência. Antes de tudo, é importante buscar uma avaliação médica para conhecer a sua condição e identificar se existe alguma limitação para a prática de exercícios físicos.
Enfim, comece definindo metas alcançáveis, como caminhar 10 minutos por dia ou fazer uma pausa para se levantar e se mover a cada hora. Em seguida, encontre atividades físicas que você goste e que possa incorporar facilmente em sua rotina, como caminhadas, corridas, aulas de ioga ou natação.
Também é importante encontrar maneiras de tornar o exercício uma parte divertida e gratificante do seu dia a dia. Por isso, é interessante praticá-lo com amigos e familiares, ou definir desafios pessoais para manter a motivação.
Outro ponto essencial são pequenas alterações na rotina, como usar as escadas ao invés do elevador ou estacionar mais longe do trabalho, para estimular a caminhada. Com perseverança e determinação, você pode deixar de ser uma pessoa sedentária e desfrutar dos muitos benefícios que o exercício físico oferece para sua saúde e bem-estar.
E como as empresas podem ajudar?
As empresas devem incentivar seus colaboradores a serem mais ativos e combater o sedentarismo em suas vidas diárias. Isso não apenas pode ajudar a melhorar a saúde dos funcionários, mas também pode resultar em uma equipe mais produtiva e engajada.
É preciso ir além da conscientização, de forma a estimular e dar abertura para pausas no trabalho. Isso porque, ao realizar uma reunião ou atividade após a outra, por exemplo, não há tempo para a movimentação. Além disso, é importante programar exercícios como a ginástica laboral e garantir condições de trabalho saudáveis.
Nesse sentido, aspectos como a ergonomia, a alimentação dos colaboradores e o acesso a atividades físicas e serviços de saúde também são fundamentais. Por isso, a grande resposta é investir na qualidade de vida no trabalho, promovendo o bem-estar, saúde e segurança dos funcionários da sua organização.
A PREMIER Saúde Ocupacional
A PREMIER é uma empresa especializada na prestação de serviços assistenciais e ocupacionais, visando a prevenção de doenças ocupacionais em empresas de diversos portes e segmentos.
Se você gostou de saber mais sobre os sintomas do sedentarismo e como mudar essa realidade, acesse o nosso blog para mais dicas de como promover a saúde dos seus colaboradores!