Guia completo sobre o que você precisa saber sobre a ficha de EPI

ficha epi

Uma das responsabilidades de uma empresa é garantir a segurança dos profissionais no ambiente de trabalho. Além de fornecer os equipamentos de proteção individual (EPIs), é preciso fazer sua gestão. 

Para isso, há a ficha de EPI, que é o documento utilizado para registrar a entrega e o recebimento dos Equipamentos de Proteção Individual necessários em um ambiente de trabalho que oferece riscos. Fundamental na rotina diária, a Premier trouxe um artigo explicando como funciona a ficha de EPI e sua importância para uma organização. Boa leitura!

O que é uma ficha de EPI?

Como falamos rapidamente, uma ficha de EPI é um documento que contém informações detalhadas sobre um determinado equipamento utilizado para proteger os trabalhadores. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são todos esses dispositivos de uso individual que o trabalhador utiliza para se proteger contra os riscos ocupacionais que podem ameaçar sua segurança e saúde. 

Seu principal objetivo é fornecer orientações claras e específicas aos colaboradores, garantindo que eles compreendam como utilizar o equipamento de maneira eficaz, maximizando assim a sua segurança no ambiente de trabalho. Além disso, a ficha contribui para a conformidade com as normas regulamentadoras de segurança, promovendo uma cultura de prevenção de acidentes e proteção da saúde dos trabalhadores.

O que deve constar na ficha de EPI?

A ficha de EPI é simples e objetiva, porém mesmo assim o profissional deve ter atenção ao preencher o documento. Ele deve conter os seguintes dados:

  • Cabeçalho:
    • nome, CNPJ e endereço da empresa;
    • nome, CPF, cargo, setor e data de admissão do trabalhador;
    • data de emissão do documento.
  • Listagem:
    • data de entrega e devolução dos EPIs (no momento da troca);
    • CA e descrição dos EPIs (tipo, marca, tamanho, cor, etc);
    • motivo da devolução do equipamento.
  • Assinaturas:
    • assinatura do trabalhador que recebeu os EPIs;
    • assinatura do responsável pela entrega dos equipamentos.
  • Declaração:
    • declaração da empresa, informando que forneceu os EPIs gratuitamente ao trabalhador e que realizou o treinamento sobre o seu uso adequado;
    • declaração do trabalhador, reconhecendo que recebeu os EPIs em perfeitas condições de uso e que irá se comprometer em utilizá-los conforme as orientações recebidas.

Além dessas informações, é importante personalizar o documento conforme as necessidades da sua empresa!

Como preencher a ficha de EPI

O preenchimento da ficha de EPI, seja em papel ou eletrônica, deve seguir um processo detalhado para garantir a precisão e a validade jurídica do documento. Um guia passo a passo pode ser útil para orientar gestores e técnicos de segurança no preenchimento correto de cada seção:

  1. Conheça os EPIs: o primeiro passo é ter clareza sobre os EPIs obrigatórios para cada função e os riscos envolvidos;
  2. Identifique o documento: comece com um número de identificação para facilitar o controle e a organização;
  3. Preencha os dados do trabalhador: o cabeçalho deve conter todas as informações relevantes, como número de registro, cargo/função, data de admissão e data de desligamento, além dos dados pessoais; 
  4. Descreva os equipamentos: este campo detalha a data de retirada, a quantidade e o tipo de cada equipamento fornecido;  
  5. Obtenha as assinaturas: a assinatura do funcionário no ato da entrega é crucial para comprovar o recebimento do equipamento. A assinatura do responsável pela entrega também é fundamental;
  6. Adicione observações: um campo opcional pode ser utilizado para anotações sobre substituições, perdas ou falhas dos equipamentos, garantindo um registro completo e contínuo.  

A ficha de EPI digital: vantagens e legalidade

Disponibilizadas em uma folha de papel com as informações, o registro da ficha de EPI é realizado pelo responsável pela entrega do EPI ao trabalhador. Entretanto, há alguns riscos e problemas que podem surgir ao registro manual, como longas filas para entregar os EPIs aos trabalhadores, risco de coletar informações erradas, extraviar fichas ou custos para armazená-las.

Pensando nisso, a partir de 2009, a Norma Regulamentadora 06 (NR 06) permitiu o registro de informações do EPI em sistemas eletrônicos, ou seja, a ficha de EPI digital. Com isso, se tornou possível gerenciar todo o controle de EPI por sistemas e aplicativos, tendo as fichas digitalizadas e evitando o risco de perdê-las. 

A ficha de EPI digital tem muitas vantagens em relação à ficha em papel. Ela é mais prática e eficiente, permitindo a atualização instantânea dos dados e facilitando o acesso e a gestão das informações, que podem ser armazenadas em um único lugar. Além disso, o uso de biometria garante maior agilidade no cadastro e reduz erros, uma vez que diminui a necessidade de intervenção humana.  

Qual a importância da Ficha de EPI?

Por ser responsável por fornecer informações detalhadas sobre características técnicas, instruções de uso, limitações e manutenção dos equipamentos de proteção individual, as fichas de EPI são fundamentais dentro de uma organização.

Isso porque ela não apenas contribui para a prevenção de acidentes e lesões, orientando os usuários sobre práticas seguras, mas também assegura a conformidade com normas regulamentadoras.

Além disso, a ficha de EPI promove a conscientização entre os trabalhadores, destacando a importância da proteção individual no ambiente de trabalho.

Ao servir como um registro documentado, ela facilita o monitoramento e a gestão eficaz dos equipamentos ao longo do tempo, reforçando uma cultura organizacional comprometida com a segurança e o bem-estar dos colaboradores.

Benefícios de usar essa ficha na sua empresa

Como você pode perceber, a ficha de EPI é de suma importância para uma empresa. Isso por si só já é um grande benefício, porém trouxemos algumas outras vantagens que ela oferece para você!

Controle da entrega de EPIs

Com as fichas de EPI é possível ter o controle de entrega dos equipamentos de proteção individual necessários para o trabalhador da empresa. 

Dessa forma, a organização estará ciente de que todos seus funcionários estão com os equipamentos adequados para realizar suas atividades em segurança;

Fiscalização

As fichas de EPI são fundamentais em caso de Auditoria Fiscal, na qual a empresa terá que apresentar ao auditor que está agindo dentro da legislação. Essa informação é importante para o Ministério do Trabalho que realiza essas fiscalizações. 

A ficha de EPI tem validade jurídica, servindo para comprovar o cumprimento das normas, como a obrigação legal descrita no item 6.5 da NR-06. Essa norma determina que o empregador é responsável por registrar o fornecimento do EPI, podendo usar livros, fichas ou sistemas eletrônicos, incluindo biometria.

Proteção contra ações trabalhistas

Além de garantir maior controle da entrega dos EPIs, ter todos os processos de fornecimento de equipamentos de proteção individual registrados é uma maneira de atestar que os trabalhadores os receberam. Manter esses registros corretamente e organizados é crucial para proteger a empresa em ações trabalhistas.  

Quanto tempo é válido a ficha de EPI?

A ficha de controle de EPI não tem um tempo de validade específico. Entretanto, ela deve ser mantida pela empresa pelo tempo em que o trabalhador estiver vinculado à mesma. Por isso, é recomendável guardar os documentos por pelo menos cinco anos após o desligamento do trabalhador, para fins de comprovação legal em caso de necessidade.

Como incentivar os trabalhadores a utilizarem a ficha?

Por ser um documento importante para a empresa, os gestores devem conscientizar os funcionários sobre a utilidade da ficha de EPI. Para isso deve-se pensar em uma abordagem que combine comunicação eficaz, educação e criação de uma cultura organizacional voltada para a segurança. Algumas maneiras que podemos destacar são:

  • explicar os benefícios das fichas de EPI;
  • reconhecer e premiar os funcionários que usam os equipamentos de proteção individual de forma correta;
  • demonstrar a forma correta do uso dos equipamentos;
  • criar uma cultura de segurança na empresa a partir do envolvimento de todos setores da empresa e com estímulo da participação dos trabalhadores.

Perguntas Frequentes (FAQs) sobre a Ficha de EPI

Para esclarecer as dúvidas mais comuns sobre o tema, compilamos algumas perguntas e respostas importantes:

1. Quem é o responsável por fornecer os EPIs? 

A responsabilidade de fornecer os EPIs necessários para os trabalhadores é do empregador. É dever do empregador garantir que os equipamentos sejam adequados para os riscos específicos do ambiente de trabalho e que estejam em boas condições de uso.  

2. Quando devo usar um EPI? 

O uso de EPI é recomendado sempre que existirem riscos que não possam ser evitados por outras medidas de proteção coletiva.  

3. Onde posso imprimir o Certificado de Aprovação (CA) de um EPI? 

Você pode consultar e imprimir o Certificado de Aprovação de um EPI no site do governo.  

Esperamos que o conteúdo de hoje tenha sido útil. Caso queira saber mais sobre saúde ocupacional e dicas de segurança e bem estar no trabalho, confira o blog da Premier. Até a próxima!

Treinamentos de SST: o que são e qual sua importância

treinamentos em sst

Promover um ambiente de trabalho seguro e saudável para os funcionários é crucial para qualquer empresa. Uma das formas mais eficazes de garantir isso é por meio da realização dos treinamentos em SST. Mas do que se tratam, afinal? E como realizá-los? 

Além de uma obrigação legal, investir na segurança do trabalho é um diferencial competitivo capaz de reduzir custos e aumentar a produtividade.  

Neste artigo, falaremos sobre o que são esses treinamentos e sua importância, bem como outras informações essenciais para a sua organização. Continue a leitura!

O que são os treinamentos de SST?

É responsabilidade do empregador fornecer capacitação e treinamento aos trabalhadores, de acordo com as especificações das Normas Regulamentadoras. Os treinamentos de SST, nesse sentido, são programas que tem como objetivo capacitar os funcionários para que eles trabalhem de forma segura e saudável, minimizando os riscos de acidentes e doenças ocupacionais.

Segundo a NR1, a capacitação deve incluir treinamento inicial, periódico e eventual. O treinamento inicial deve ser feito antes que o trabalhador inicie suas funções, ou conforme o prazo estabelecido na Norma. Recentemente, a nova NR-01 tornou obrigatória a implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) em todas as empresas.  

Já o treinamento periódico é realizado segundo a periodicidade definida nas NR. Caso nenhum prazo seja estabelecido, ele é determinado pelo empregador. O treinamento eventual, por sua vez, deve ser feito diante de três situações:

  • alteração nos procedimentos, condições ou operações de trabalho, mudando também os riscos ocupacionais;
  • necessidade de novo treinamento após ocorrência de acidente grave ou fatal;
  • após retorno de afastamento ao trabalho por mais de 180 (cento e oitenta) dias.

Os treinamentos devem abordar temas relacionados à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, como medidas de proteção coletiva e individual, uso adequado de equipamentos de segurança e identificação de riscos. Eles também devem ser adaptados de acordo com o cargo e atividade desempenhados pelos trabalhadores.

Qual a importância dos treinamentos de SST?

Os treinamentos de SST são de extrema importância, pois possibilitam o desenvolvimento de uma cultura de prevenção de riscos dentro da empresa. Por meio deles, é possível educar os funcionários sobre o que fazer e o que não fazer de acordo com as diretrizes de segurança, de modo a desenvolver uma Gestão de Riscos Operacionais (GRO).

Desse modo, sua organização pode sensibilizar os funcionários e fornecê-los conhecimento teórico e prático para desempenhar suas funções de forma a minimizar os riscos aos quais estão expostos. Assim, é possível evitar doenças, lesões e acidentes de trabalho, além de zelar pela integridade física dos trabalhadores.

Os treinamentos também trazem benefícios para a empresa, como redução de custos com indenizações e afastamentos, aumento da produtividade e melhoria da sua imagem diante do público. Isso ocorre porque ao investir em treinamentos de SST, a empresa mostra seu comprometimento com a segurança e saúde dos colaboradores, tornando-se um local de trabalho mais agradável e seguro. 

A SST, quando bem aplicada, deixa de ser uma obrigação e se torna um diferencial estratégico que fortalece a reputação, atrai e retém talentos. Além disso, eles se sentem mais valorizados e motivados a trabalhar em um ambiente seguro e saudável.  

Treinamentos obrigatórios e atualizações das NRs

Existem 37 Normas Regulamentadoras em vigor. Dessas, 14 estabelecem treinamentos que devem ser feitos por empresas públicas e privadas.

3 treinamentos são obrigatórias para todas as empresas, que são aqueles referentes às normas:

  • NR 1: Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais;
  • NR 5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
  • NR 7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.

Já em relação aos 11 restantes, a obrigatoriedade varia de acordo com a sua área de atuação. Trata-se das seguintes normas:

  • NR 6: Treinamento para o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
  • NR 10: Treinamento para Segurança em Instalações e Serviços Elétricos;
  • NR 11: Treinamento para Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
  • NR 12: Treinamento de Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
  • NR 13: Treinamento para Caldeira, Vasos de Pressão e Tubulação;
  • NR 18: Treinamento para Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
  • NR 20: Treinamento para Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis;
  • NR 23: Treinamento para Proteção Contra Incêndios;
  • NR 33: Treinamento para Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados;
  • NR 35: Treinamento para Trabalhos em Altura;
  • NR 36: Treinamento para Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados.

Principais atualizações nas NRs

É essencial estar por dentro das recentes mudanças nas Normas Regulamentadoras, que entraram em vigor em 2022. Essas atualizações modernizam a legislação e reforçam a importância da gestão de riscos :  

NR-01 – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e PGR

A nova NR-01 exige a implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que substituiu o antigo PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). O PGR é um inventário completo de todos os riscos (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes) e um plano de ação para controlá-los. Ele é a base da gestão de SST na empresa.  

NR-05 – CIPA e Assédio

A NR-05 foi renomeada para “Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio”, com foco na prevenção não apenas de acidentes, mas também de assédio sexual, moral e outras formas de violência.  

NR-07 – PCMSO e o PGR

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) agora deve estar alinhado com o PGR, garantindo que os exames ocupacionais obrigatórios considerem os riscos identificados na gestão de riscos.  

Quais treinamentos devem ser informados no eSocial?

O eSocial é um sistema criado pelo Governo que tem o objetivo de unificar as informações geradas por cada organização. Antes de sua implantação, os treinamentos já eram obrigatórios, mas agora também é um dever de toda organização registrá-los. 

O correto envio desses eventos, como o S-2220 (Monitoramento da Saúde do Trabalhador) e o S-2240 (Condições Ambientais do Trabalho), é fundamental para a conformidade legal.  

Alguns deles devem ser informados antes do registro do empregado, enquanto os demais podem ser feitos posteriormente.

As normas cujos treinamentos devem ser informados na plataforma antes do registro são:

  • NR 12: Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
  • NR 18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
  • NR 20: Combustíveis e Inflamáveis
  • NR 33: Espaço Confinado

Por outro lado, podem ser realizados no período em que o funcionário já está em atividade os treinamentos das normas a seguir:

  • NR 05: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
  • NR 06: Equipamento de Proteção Individual (EPI)
  • NR 07: Primeiros Socorros
  • NR 10: Básico (Eletricidade) 40 horas, bienalmente
  • NR 10: Reciclagem (Eletricidade)
  • NR 11: Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais
  • NR 13: Caldeiras e Vasos de Pressão
  • NR 23: Brigada de Incêndio
  • NR 35: Trabalho em Altura

A tabela 28 do eSocial, denominada “Treinamentos, Capacitações, Exercícios Simulados e Outras Anotações” especifica quais treinamentos são de envio obrigatório.

Como são feitos os treinamentos de SST?

Com as mudanças da NR 1, que teve uma nova publicação em 2019, passou a ser permitido capacitar a sua equipe em mais de uma modalidade de ensino.

Treinamentos presenciais

Como o próprio nome diz, os treinamentos presenciais são ministrados presencialmente, durante a jornada de trabalho. Nesse caso, é preciso conciliar a disponibilidade dos trabalhadores para o treinamento, assim como oferecer o espaço, o material didático, o instrutor responsável e tudo o que for preciso para concluir o processo de capacitação.

Treinamentos EAD

A modalidade de ensino à distância (EAD) é caracterizada pelos processos de ensino e aprendizagem que são mediados por tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.

Ao optar por essa modalidade, o empregador pode desenvolver toda a capacitação ou contratar uma instituição especializada nesse serviço. Nesse caso, existem requisitos definidos pela NR 1 para cumprir o formato EAD ou semipresencial. Isso ocorre pois é preciso garantir que as capacitações estejam adequadas à lei para que os certificados sejam considerados válidos.

Segundo a norma, as capacitações desse formato devem ser estruturadas com uma duração correspondente a pelo menos aquela definida para a mesma capacitação na modalidade presencial. Além disso, é obrigatória a elaboração de um projeto pedagógico que deve ser validado a cada 2 anos ou diante de alguma mudança na NR.

O projeto deve conter uma série de informações relativas à capacitação, como o objetivo geral, indicação do seu responsável técnico, carga horária, objetivo de cada módulo, entre outros requisitos descritos na NR 1.

A Premier Saúde Ocupacional oferece uma série de capacitações para que você aplique essa modalidade da melhor forma possível na sua empresa. 

Confira: Capacitações EAD.

Tópicos avançados e diferenciais

Segurança como Diferencial Competitivo

Mais do que uma exigência legal, a segurança do trabalho é um investimento que gera resultados tangíveis. Empresas que priorizam a SST reduzem custos com acidentes e afastamentos, aumentam a produtividade da equipe, fortalecem sua reputação e se tornam mais atrativas para novos talentos.  

Normas Internas de SST

Além de seguir as Normas Regulamentadoras, as empresas podem criar suas próprias Normas Internas de SST para complementar a legislação e adaptar as práticas de segurança à realidade específica de suas operações. A criação de normas internas demonstra um alto nível de maturidade na gestão de segurança.  

Temas para DDS (Diálogo Diário de Segurança)

Para ir além do treinamento formal e engajar a equipe no dia a dia, a realização de DDS é uma prática essencial. Aqui estão alguns temas de alto valor que podem ser abordados, demonstrando que você antecipa as necessidades do seu público:

  • Uso correto de EPIs;  
  • Prevenção de quedas e trabalho em altura;
  • Ergonomia no posto de trabalho;  
  • Prevenção de incêndios;
  • Manuseio seguro de máquinas;
  • Saúde mental e bem-estar no trabalho.  

Perguntas Frequentes (FAQ)

O que significa a sigla SST?

SST significa Segurança e Saúde no Trabalho.  

A implementação da SST é obrigatória?

Sim, é obrigatória para todas as empresas que possuem empregados, independentemente do porte ou segmento. É regulamentada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelas Normas Regulamentadoras (NRs).  

Como gerenciar os treinamentos de SST?

Gerenciar os treinamentos de SST envolve um conjunto de atividades e processos para garantir que a equipe de trabalho esteja preparada e capacitada para realizar suas atividades com saúde e segurança.

Antes de tudo, é essencial seguir todas as especificações da lei, já que a capacitação exige certificados que devem ser renovados de acordo com o tempo determinado. Também é muito importante planejar os treinamentos de acordo com as necessidades e exigências de cada equipe e seu local de trabalho.

Além disso, é preciso selecionar instrutores qualificados para fornecer um treinamento de qualidade, e comunicar as capacitações aos funcionários. Isso porque eles devem estar cientes das datas, horários e objetivos do treinamento.

Por fim, é fundamental monitorar e avaliar os treinamentos e, assim, atualizá-los regularmente. Como os riscos de trabalho podem mudar ao longo do tempo, é importante revisar e atualizar a capacitação para garantir que as medidas de segurança sejam sempre eficazes.

A Premier

A Premier Saúde Ocupacional é uma empresa especializada em serviços assistenciais e ocupacionais, para empresas de diversos portes e segmentos. Nosso objetivo é promover e preservar a saúde dos trabalhadores da sua empresa.

Por isso, se quiser capacitar sua equipe da melhor forma possível, acesse a nossa página para conferir todas as opções de treinamento online para as Normas de Medicina Ocupacional.

E se você gostou de saber mais sobre treinamentos em SST, não deixe de acompanhar o nosso blog para mais conteúdos sobre o assunto!

Entenda o que é comportamento seguro no ambiente de trabalho e veja dicas práticas para aplicar 

comportamento seguro

Em um mundo corporativo em constante evolução, a segurança e a saúde ocupacional representam pilares fundamentais para o sucesso da sua empresa. 

Este artigo pretende explorar o conceito e a relevância do comportamento seguro, um pilar fundamental para a eficácia do SST. Boa leitura!

O que é comportamento seguro?

O comportamento seguro refere-se às ações, atitudes e decisões dos colaboradores que contribuem para a prevenção de acidentes e promoção de um ambiente de trabalho seguro. 

Ou seja, ele engloba desde o uso adequado dos equipamentos de proteção até a conscientização constante sobre práticas seguras no cotidiano laboral. Em essência, trata-se de uma abordagem proativa, onde os trabalhadores se tornam agentes ativos na construção de um local de trabalho mais seguro. 

Isso vai além do cumprimento de normas e regulamentos, envolvendo uma mentalidade preventiva que permeia todas as atividades realizadas.

Ato inseguro e condição insegura: a base da prevenção de acidentes

Para compreender completamente o comportamento seguro, é fundamental diferenciá-lo de seus opostos, o ato inseguro e a condição insegura, que são as causas primárias de acidentes no ambiente de trabalho. 

O ato inseguro é a atitude do trabalhador que o expõe a riscos, seja consciente ou inconscientemente. Exemplos comuns incluem não utilizar o EPI, improvisar ferramentas ou desviar a atenção de um colega. 

Por outro lado, a condição insegura é uma falha ou defeito no ambiente, nas instalações ou nos equipamentos que compromete a segurança. Isso pode ser a falta de proteção em uma máquina, instalações elétricas inadequadas ou um piso danificado. Estudos mostram que o ato inseguro é o motivo principal de aproximadamente 80% dos acidentes, o que ressalta a importância do comportamento individual na prevenção.  

Qual a sua importância?

O comportamento seguro desempenha um papel crucial na eficácia do Sistema de Segurança do Trabalho. Aqui estão alguns motivos pelos quais ele é de suma importância:

  • Redução de acidentes: ao adotar comportamentos seguros, os colaboradores contribuem significativamente para a redução de acidentes no local de trabalho, criando um ambiente mais protegido para todos;
  • Cultura de prevenção: o Comportamento Seguro ajuda a criar uma cultura organizacional focada na prevenção, onde a segurança é incorporada às práticas diárias e valorizada por todos os membros da equipe;
  • Produtividade e bem-estar: ambientes de trabalho seguros promovem o bem-estar dos colaboradores, resultando em maior satisfação, produtividade e retenção de talentos.

O entendimento dessa importância pode ser aprofundado com modelos teóricos, como a Pirâmide de Bird, que ilustra a relação entre incidentes menores e acidentes graves, mostrando que todo acidente é precedido por comportamentos inseguros. 

Além disso, o conceito de percepção de risco, a capacidade de uma pessoa identificar os perigos aos quais está exposta, é um elemento-chave na Psicologia da Segurança no Trabalho, e seu aprimoramento é fundamental para uma cultura de segurança eficaz.  

Quais são os principais comportamentos seguros?

Fomentar o comportamento seguro envolve a prática consistente de diversos comportamentos. Aqui estão alguns dos principais:

  • Uso adequado de EPIs: utilizar os Equipamentos de Proteção Individual de maneira correta e constante durante a execução das atividades laborais;
  • Comunicação clara e efetiva: garantir que as informações sobre procedimentos de segurança sejam comunicadas de maneira clara a todos os colaboradores;
  • Atenção à sinalização: respeitar e obedecer às sinalizações de segurança presentes no ambiente de trabalho;
  • Participação em treinamentos: engajar-se ativamente em treinamentos de segurança para estar sempre atualizado sobre as melhores práticas e procedimentos;
  • Identificação e relato de riscos: estimular a identificação proativa de potenciais riscos e a pronta comunicação para que medidas preventivas sejam implementadas. Ao incorporar esses comportamentos no dia a dia, os colaboradores não apenas promovem um ambiente mais seguro, mas também contribuem para a construção de uma cultura organizacional comprometida com a saúde e bem-estar de todos.

Como incentivar o comportamento seguro nas empresas

Promover o comportamento seguro nas empresas vai além de simplesmente definir normas e regulamentos. Envolve a criação de uma cultura que valorize a segurança e estimule ativamente a participação dos colaboradores. Aqui estão algumas estratégias eficazes para incentivar o comportamento seguro no ambiente de trabalho.

Identificar os riscos

O primeiro passo para incentivar o comportamento seguro é a identificação consciente dos riscos presentes no ambiente de trabalho. Realizar avaliações periódicas, envolvendo os colaboradores nesse processo, permite a identificação de potenciais perigos e a implementação de medidas de prevenção. Esse processo é crucial para a elaboração de documentos técnicos importantes, como o LTCAT, PCMSO e PGR.  

Estabelecer medidas de prevenção

Após identificar os riscos, é crucial estabelecer medidas preventivas. Isso inclui a implementação de protocolos claros, sinalizações adequadas e a criação de procedimentos operacionais que minimizem a exposição a situações de perigo. Por isso, envolva os colaboradores na definição e revisão dessas medidas para promover um senso de responsabilidade compartilhada.

Realizar o DDS

O Diálogo Diário de Segurança (DDS) é uma ferramenta de comunicação essencial para conscientizar os trabalhadores sobre a importância dos protocolos de segurança e dos riscos existentes em seu setor. 

Realizado diariamente, esse diálogo proporciona um espaço para discutir questões de segurança, compartilhar experiências e reforçar boas práticas. Em vez de ser apenas um comunicado, o DDS pode ser transformado em um momento de aprendizado engajador, utilizando storytelling e exemplos práticos, como os casos do colaborador de limpeza ou da colaboradora apressada. 

Ao incorporar o DDS à rotina, os colaboradores se sentem mais engajados e informados sobre as medidas de segurança.  

Realizar as capacitações e treinamentos

Investir em capacitações e treinamentos regulares é essencial para manter os colaboradores atualizados sobre as melhores práticas de segurança. 

Além de abordar procedimentos específicos, essas atividades também promovem a conscientização sobre a importância do Comportamento Seguro, incentivando a adoção de atitudes preventivas. As empresas também devem manter um controle rigoroso sobre os treinamentos exigidos para atividades específicas.  

Uso correto de EPIs

O uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual é um dos comportamentos seguros fundamentais. Logo, certifique-se de que os colaboradores compreendam a importância dos EPIs e forneça treinamentos específicos sobre a correta utilização desses equipamentos. Estabeleça políticas claras e fiscalize para garantir a conformidade.  

Faça avaliação da saúde mental dos colaboradores

A saúde mental dos colaboradores é uma parte crucial do Comportamento Seguro. Realize avaliações periódicas para identificar possíveis impactos psicológicos do ambiente de trabalho. 

Ofereça suporte emocional, promova um ambiente inclusivo e esteja atento aos sinais de estresse ou ansiedade que possam afetar a segurança no trabalho.

Dúvidas comuns sobre Comportamento Seguro no Trabalho (FAQ)

  1. O que é Saúde e Segurança no Trabalho (SST)? 

SST refere-se a um conjunto de medidas e práticas que promovem a saúde, o bem-estar e a segurança dos trabalhadores em seu ambiente ocupacional. Isso inclui a identificação de riscos, a implementação de medidas de prevenção, o fornecimento de EPIs e a realização de treinamentos, além do cumprimento de normas e regulamentos.  

  1. Como são classificadas as NRs (Normas Regulamentadoras)? 

As Normas Regulamentadoras são classificadas em três tipos: Gerais (que regulamentam a relação de trabalho sem estarem condicionadas a setores ou atividades específicas), Especiais (que regulamentam o trabalho considerando atividades, instalações ou equipamentos) e Setoriais (que se aplicam a setores econômicos específicos).  

  1. O que faz de um ambiente de trabalho seguro? 

Um ambiente de trabalho seguro possui EPIs disponíveis e em boas condições, sinalização adequada, procedimentos de emergência claros, monitoramento contínuo dos riscos ocupacionais e a realização de DDS regulares e bem planejados.  

Como a Premier pode te ajudar?

Ao incorporar essas práticas no cotidiano da empresa, cria-se um ambiente propício para o Comportamento Seguro, promovendo a segurança e o bem-estar de todos os colaboradores. 

Essa abordagem não apenas atende aos requisitos legais, mas também contribui para a construção de uma cultura organizacional comprometida com a segurança e a saúde no trabalho. Na busca por um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, a Premier se destaca como sua parceira confiável em serviços assistenciais e ocupacionais. 

Comprometida com a excelência, a Premier oferece uma gama de soluções personalizadas para fortalecer o Comportamento Seguro em sua empresa. Entre em contato conosco e garanta um ambiente de trabalho mais saudável e seguro na sua organização. 

Antes de ir, não deixei de conferir nosso blog para ficar por dentro de novidades e mais artigos sobre temas relacionados!

Ruído no ambiente de trabalho: conheça seus tipos, consequências e como prevenir corretamente

Ruído no Ambiente de Trabalho

Passamos grande parte do nosso tempo em espaços corporativos, o que faz com que os fatores presentes, como a exposição ao ruído no ambiente de trabalho, tenham um impacto direto e significativo em nossa saúde e bem-estar. 

Para melhor noção, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema aparece como um dos principais em todo o mundo , se intensificando quando pensamos na rotina mercadológica. Estudos mostram que mais de 22 milhões de trabalhadores estão expostos a níveis de ruídos perigosos no trabalho local a cada ano, apenas nos Estados Unidos.  

Vale destacar também que o ruído no ambiente de trabalho de forma excessiva tem um impacto direto na produtividade, qualidade de vida e saúde mental da sua equipe. Imagine uma linha de produção onde máquinas trabalham sem parar, gerando um barulho contínuo. 

O estresse e a dificuldade de concentração tornam-se inevitáveis. Agora, pense em ambientes como canteiros de obras, no qual os sons, causados por marteladas ou máquinas pesadas, podem atingir até 130 decibéis, um nível equivalente ao de uma turbina de avião.  

Nesse cenário, compreender o que são ruídos no ambiente de trabalho, os diferentes níveis e os riscos associados à exposição prolongada são fundamentais para empresas e colaboradores. Dessa forma, vamos explorar esses aspectos em detalhes, oferecendo uma visão aprofundada sobre o tema e soluções eficazes para o controle do problema. Acompanhe a seguir:

O que são os ruídos no ambiente de trabalho

Ruídos no ambiente de trabalho referem-se a qualquer som indesejado, perturbador ou excessivo que pode afetar a concentração, a produtividade e, mais importante, a saúde dos funcionários.  

Nesse sentido, existem diversos tipos que se enquadram no caso. Para melhor noção, aqueles chamados como contínuo , são caracterizados por sons constantes, como o zumbido de máquinas ou equipamentos elétricos em funcionamento. Outro exemplo é o intermitente, que ocorre periodicamente, como sirenes e alarmes.  

Por fim, há também os de impacto, que são sons bruscos e de alta intensidade com duração curta (menos de 1 segundo), como marteladas, disparos de armas de fogo ou quedas de objetos.  

Qual a diferença entre o som e o ruído

Entender a diferença entre som e ruído é fundamental para avaliar os efeitos no ambiente de trabalho. O som é uma vibração que nosso ouvido percebe como agradável e não prejudicial. 

Pode incluir música suave ou conversas em um nível moderado. O ruído, por outro lado, é um som indesejado, muitas vezes alto e perturbador. Ruídos excessivos no ambiente de trabalho podem causar estresse, desconforto e até problemas de saúde.  

Quais são os riscos para a saúde do trabalhador

A exposição prolongada a ruídos no ambiente de trabalho pode ter uma série de riscos significativos para a saúde dos trabalhadores. Vamos examinar esses riscos em detalhes:

Estresse

A exposição prolongada a ruídos no ambiente de trabalho pode gerar uma série de riscos prejudiciais à saúde dos trabalhadores. O estresse é uma resposta comum à exposição constante a ruídos elevados, podendo desencadear problemas de saúde como falta de sono, desatenção e até doenças cardiovasculares, pois o ruído pode contribuir para o aumento da pressão arterial. 

Outros sintomas relacionados ao estresse incluem insônia, aceleração da frequência cardíaca, tonturas, irritabilidade, e problemas digestivos.  

Problemas neurológicos e físicos

Além dos efeitos psicológicos, a exposição prolongada ao ruído excessivo no ambiente de trabalho pode causar distúrbios no sistema nervoso, contribuindo para ansiedade e transtornos relacionados. 

Também pode gerar problemas musculares, resultando em tensão muscular crônica e aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, pode causar cansaço crônico, dores de cabeça e até mesmo tinnitus (zumbido no ouvido).  

Risco de acidentes

A distração causada pelo ruído excessivo pode aumentar significativamente o risco de acidentes no local de trabalho. Os trabalhadores expostos a ruídos intensos podem não ouvir avisos de segurança, sirenes de alarme ou sinais de perigo iminente.

Isso pode resultar em acidentes graves e lesões. Estudos mostram que o risco de sofrer um acidente de trabalho é cerca de duas vezes maior entre trabalhadores expostos ao ruído.  

Perda auditiva

A perda auditiva é um dos riscos mais óbvios e graves associados à exposição ao ruído no ambiente de trabalho. Ruídos constantes e intensos podem causar danos irreversíveis à audição ao longo do tempo. Esta condição é tecnicamente conhecida como Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). 

A PAIR é uma condição neurossensorial, geralmente bilateral e irreversível, caracterizada pela degeneração das células ciliadas no órgão de Corti, no ouvido interno. O ruído ocupacional é o fator mais atribuído à PAIR, mas a condição também pode ser causada ou agravada por outros fatores como vibração, calor e substâncias químicas ototóxicas.  

O que a Lei fala

A legislação brasileira possui diretrizes específicas que regulam a exposição a ruídos no ambiente de trabalho. Uma das normas mais importantes nesse contexto é a Norma Regulamentadora 15 (NR 15), que trata das atividades e operações insalubres

Ela estabelece limites de tolerância para diversos agentes, incluindo o ruído, visando à proteção da saúde dos trabalhadores. A NR-15 determina que a exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) sem proteção adequada é considerada um risco grave e iminente.  

Nível de Ruído (dB)Máxima Exposição Diária (horas/minutos)
858 horas
867 horas
876 horas
885 horas
894 horas e 30 minutos
904 horas
913 horas e 30 minutos
923 horas
932 horas e 40 minutos
942 horas e 15 minutos
952 horas
961 hora e 45 minutos
981 hora e 15 minutos
1001 hora
10245 minutos
10435 minutos
10530 minutos
10625 minutos
10820 minutos
11015 minutos
11210 minutos
1148 minutos
1157 minutos

Tabela completa de Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente, de acordo com a NR-15.  

E o empregador que desrespeitar as normas?

O empregador que desrespeitar a NR 15 e outras regulamentações relacionadas à exposição ao ruído no ambiente de trabalho está sujeito a uma série de consequências legais e responsabilidades.

 É importante que toda a equipe compreenda as implicações de não cumprir essas normas. Entre as penalidades que podem ser atribuídas a empresa, a multa é a mais comum , que varia de acordo com a gravidade da infração cometida. Todas elas são estabelecidas de acordo com a NR 15.  

Além disso, funcionários expostos a condições de trabalho insalubres podem buscar reparação por danos à sua saúde por meio de ações trabalhistas. Isso pode resultar em indenizações substanciais. 

Por fim, em casos graves de descumprimento das normas de segurança, a empresa pode ser sujeita à interdição parcial ou total de suas operações até que as condições de trabalho sejam corrigidas. É essencial que as organizações entendam a importância de cumprir as normas regulamentadoras relacionadas ao ruído e à saúde ocupacional. Investir em medidas de prevenção e conformidade não apenas protege a saúde dos trabalhadores, mas também evita consequências legais e financeiras prejudiciais.

Como diminuir o ruído no trabalho

A exposição constante ao ruído no ambiente de trabalho pode ser prejudicial à saúde dos funcionários. Para mitigar esses riscos, é essencial implementar estratégias eficazes de controle de ruído. 

De acordo com as normas de segurança, a prioridade das medidas de proteção deve seguir a seguinte ordem: Controle Coletivo, Controle Administrativo/Organizacional e, por último, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Existem três abordagens principais para reduzir o ruído no ambiente de trabalho:  

Controle na fonte

A exposição constante ao ruído no ambiente de trabalho pode ser prejudicial à saúde, e para mitigar esses riscos é necessário implementar estratégias de controle. O controle na fonte envolve agir diretamente onde o ruído é gerado, realizando manutenções regulares em máquinas e equipamentos, e investindo em isolamento acústico, como o enclausuramento de equipamentos , e substituição de maquinários mais silenciosos.  

Controle no meio ou trajetória

Outra abordagem é o controle no meio ou na trajetória, onde as barreiras acústicas, a absorção do som com materiais como lã de rocha e a redução da reverberação ajudam a diminuir a propagação do som. Além disso, a proteção auditiva adequada deve ser fornecida aos funcionários expostos a ruídos, como protetores auriculares.  

Controle no indivíduo

Por fim, o controle no indivíduo inclui o uso de equipamentos de proteção auditiva, como protetores auriculares do tipo plug ou concha, capacetes com fones e protetores circum-aurais , com os trabalhadores recebendo treinamento adequado para o uso correto desses dispositivos. 

Exames regulares de saúde auditiva, como a audiometria, devem ser realizados para monitorar a condição auditiva dos funcionários expostos a ambientes ruidosos. Além disso, é crucial a implementação de um Programa de Conservação Auditiva (PCA), que consiste em um conjunto de ações com o objetivo de preservar a audição dos trabalhadores expostos a ruídos elevados , e do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).  

A Premier

Somos uma empresa especializada no setor de serviços assistenciais e ocupacionais, comprometida em proporcionar soluções abrangentes e eficazes para empresas que buscam manter ambientes de trabalho seguros, saudáveis e em conformidade com as regulamentações. 

A Premier está comprometida em ser sua parceira confiável na criação de um ambiente de trabalho seguro e saudável, contribuindo para o bem-estar dos funcionários e o sucesso de sua empresa. Gostaria de saber mais sobre como controlar o ruído no ambiente de trabalho e outras dicas de saúde ocupacional? Visite nosso blog agora mesmo para conteúdo exclusivo!

Entenda quais são os riscos químicos mais comuns no ambiente de trabalho e como prevenir corretamente

Risco químico.

Durante a rotina de trabalho, os colaboradores podem se expor a diversos riscos ocupacionais, como riscos de acidentes, problemas com ergonomia, estresse e um dos mais perigosos: os riscos químicos. 

Por causar complicações sérias à saúde, é fundamental que o funcionário seja orientado para se prevenir contra esse tipo de risco. A PREMIER trouxe um artigo explicando o que são de fato os riscos químicos e quais são as medidas de controle. Boa leitura!

O que são riscos químicos?

Os riscos químicos referem-se aos perigos no trabalho associados ao manuseio, armazenamento e exposição a substâncias químicas potencialmente nocivas. Estes perigos podem surgir em diversos ambientes, como laboratórios, indústrias químicas e agrícolas. 

Eles incluem a possibilidade de exposição a substâncias tóxicas, inflamáveis, corrosivas ou reativas, podendo resultar em danos à saúde humana, ao meio ambiente ou propriedades materiais.

Quais são os tipos de agentes químicos?

Um agente químico é qualquer substância que possa penetrar no corpo por inalação, absorção da pele e até ingestão. Elas podem chegar ao trabalhador em várias formas, seja por meio de poeira, vapor, neblina ou gases, por exemplo. 

Em vista disso, podemos classificá-las em três grupos físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso.

  • Gasosos: qualquer substância em estado gasoso que pode ser inalada ou absorvida em contato com mucosas, ou com a pele. Alguns exemplos são o nitrogênio, dióxido de carbono e propano;
  • Líquidos: substâncias manipuladas no estado líquido que o principal meio de absorção é por ingestão e pelo contato com as mucosas. Seu contato com a pele pode causar irritações e até queimaduras graves. São exemplos de substâncias a gasolina e o benzeno;
  • Sólidos: o estado sólido é representado pela poeira, fibras e chumbo. Sua absorção é geralmente feita pelo organismo por ingestão e contato com a pele, porém no caso de partículas, como a poeira, a absorção pode ser por meio respiratório.

Outros tipos de agentes químicos

Além da classificação nos três grupos físicos da matéria, há outros tipos de agentes químicos. São eles:

  • agentes irritantes: causam irritação na pele ou nas vias aéreas;
  • agentes alergênicos: causam reações alérgicas, geralmente em quem já possui alergia ao material envolvido;
  • agentes mutagênicos: provocam problemas hereditários;
  • agentes corrosivos: em contato com tecidos biológicos destroem células epiteliais e outras;
  • agentes inflamáveis: agentes que se tiverem em contato com alguma fonte de ignição, entram em combustão.

Efeitos causados pelos riscos químicos

Os riscos químicos podem causar uma série de efeitos à saúde humana, desde pequenas reações alérgicas até o desenvolvimento de doenças graves, como o câncer. Continue lendo e conheça os principais!

Asfixia

Os agentes asfixiantes são divididos entre simples e químicos. Os agentes simples agem na atmosfera, alterando a quantidade de oxigênio, enquanto os agentes químicos agem no organismo do trabalhador, impedindo a entrada de oxigênio. 

Eles são capazes de impedir a respiração, barrando a entrada de oxigênio e sufocando-o, além de causar dores de cabeça, sonolência e perda de consciência ou morte. A asfixia também pode ser causada por gases como monóxido de carbono e nitrogênio, que não são apenas diluidores do oxigênio, mas podem impedir a capacidade do sangue de transportá-lo.  

Anestesia

Alguns agentes químicos podem causar ações depressivas e narcóticas no sistema nervoso central. Como consequência, a pessoa pode sentir tontura, alterações visuais e auditivas, e pode acarretar perda de consciência. 

Agentes como acetona e benzeno são exemplos que atuam como depressores do sistema nervoso central. Além desses efeitos, os agentes anestésicos podem causar problemas no fígado e nos rins.  

Corrosão

Outros agentes químicos têm o potencial de corrosão, causando queimaduras químicas. Isso ocorre devido à capacidade de algumas substâncias de danificar determinados tecidos com os quais entram em contato.

Toxicidade

Os agentes químicos tóxicos ao entrarem em contato com o organismo, são capazes de produzir lesões estruturais ou funcionais em órgãos. Eles podem ser ingeridos ou inalados e seu risco pode aumentar conforme o tempo de exposição.

Câncer

A exposição a substâncias cancerígenas pode causar alterações no crescimento das células, ocasionando tumores. A prevenção da exposição a agentes como poeiras orgânicas e pesticidas poderia reduzir em até 37% a ocorrência de alguns cânceres relacionados ao trabalho no Brasil. 

Existem 18 tipos de cânceres ligados à atividade diária de trabalhadores. Por exemplo, o benzeno está fortemente relacionado a leucemias , enquanto o amianto (asbesto) é a única causa conhecida do mesotelioma, um tipo de câncer que afeta a membrana que envolve o pulmão.  

Panorama estatístico de acidentes de trabalho no Brasil

Para reforçar a seriedade dos riscos químicos e a importância da prevenção, é fundamental analisar os dados oficiais. Em 2023, o Brasil registrou 2.888 acidentes de trabalho fatais, segundo o sistema eSocial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Essa estatística ressalta a necessidade urgente de fortalecer a cultura de segurança em todos os setores. 

Entre os acidentes registrados, 60% ocorreram em apenas cinco atividades econômicas entre 2015 e 2017, com destaque para a indústria de Fabricação de Cloro e Álcalis (CNAE 20.11), que respondeu por 16% dos acidentes, e a de Fabricação de Adubos e Fertilizantes (CNAE 20.13), com 13% dos registros.  

Quais são as medidas de proteção para riscos químicos?

Sempre que forem identificados os riscos químicos, devem ser adotadas medidas para eliminação, minimização ou controle deles. As medidas de proteção devem ser adotadas sempre que a concentração dos agentes químicos no ar atinja a metade do valor recomendado como Limite de Tolerância (LT), estabelecido pela NR-15.

Implemente o PGR

Estabelecido pela NR 1, o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), é um programa de caráter obrigatório para todas as empresas com funcionários regidos pela CLT. Ele consiste em uma abordagem sistemática que visa identificar, avaliar e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho, incluindo os relacionados a substâncias químicas. 

Nesse sentido, ao adotar o PGR, as empresas não apenas cumprem exigências legais, mas também demonstram um compromisso efetivo com a saúde e segurança dos trabalhadores, minimizando os riscos químicos e contribuindo para ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.

Utilize EPCs

Outra medida essencial na proteção dos trabalhadores contra os agentes químicos é a utilização do Equipamento de Proteção Coletiva (EPCs). Projetados para minimizar ou eliminar a exposição coletiva a substâncias perigosas, eles proporcionam uma barreira eficaz entre os trabalhadores e os agentes químicos nocivos. 

Alguns exemplos de EPCs para riscos químicos incluem sistemas de ventilação adequados, capelas de exaustão, barreiras físicas, contenções e sistemas de diluição de poluentes. Como consequência, as empresas reduzem significativamente a concentração de substâncias químicas no ambiente de trabalho, protegendo assim a saúde dos colaboradores de maneira coletiva.

Forneça EPIs

Além de implementar os EPCs, outra medida importante é fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas, óculos de proteção, máscaras respiratórias e vestimentas apropriadas. 

Esses equipamentos são selecionados com base na natureza específica dos riscos presentes, proporcionando uma barreira física entre o corpo do trabalhador e os agentes químicos potencialmente perigosos. 

Por isso, é fundamental que os EPIs sejam adequadamente dimensionados, corretamente utilizados e regularmente inspecionados para garantir sua eficácia contínua.

Treine os trabalhadores

O treinamento adequado proporciona aos colaboradores o conhecimento essencial sobre os tipos de produtos químicos utilizados, os potenciais efeitos adversos à saúde e as práticas seguras de manipulação e armazenamento. 

Dessa forma, o entendimento dos riscos químicos permite que eles ajam de maneira proativa na prevenção de acidentes, contribuindo para ambientes laborais mais seguros e saudáveis.

Monitore a concentração de agentes químicos

Outra medida eficiente e fundamental é o monitoramento da concentração de agentes químicos. Esse processo envolve a implementação de sistemas de monitoramento contínuo para avaliar a presença e a quantidade de substâncias químicas no ar ou em outras áreas de trabalho. 

A utilização de equipamentos como detectores e analisadores químicos permite que as empresas identifiquem rapidamente variações nas concentrações de agentes perigosos, possibilitando a tomada de ações preventivas imediatas.

O papel da Norma Regulamentadora 32 (NR-32)

A NR-32 estabelece diretrizes e medidas de proteção para a segurança e saúde dos trabalhadores em serviços de saúde. Em relação aos riscos químicos, a norma foca na prevenção de situações perigosas e exige a adoção de práticas seguras, como a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) se necessário. 

A NR-32 também se aprofunda na proteção do trabalhador que manuseia substâncias quimioterápicas antineoplásicas, um ponto crucial para a segurança no setor de saúde.  

Identificação de riscos químicos por cores e símbolos

Uma forma visual e prática de identificar riscos químicos é através de sistemas como o Diamante de Hommel (NFPA 704). Este sistema classifica os riscos de um produto químico em quatro categorias, representadas por um losango com quatro quadrantes coloridos:  

  • Quadrante azul: indica os riscos à saúde, com uma escala de 0 (sem perigo) a 4 (letal);
  • Quadrante vermelho: representa o grau de inflamabilidade do material, de 0 (não queima) a 4 (gases e líquidos inflamáveis); 
  • Quadrante amarelo: classifica a reatividade da substância, de 0 (estável) a 4 (pode explodir);
  • Quadrante branco: contém códigos para riscos específicos, como OXY para oxidante e ACID para ácido forte.  

Perguntas Frequentes (FAQs)

Qual a relação dos riscos químicos com o câncer no trabalho? 

A exposição prolongada a agentes químicos como benzeno e amianto pode causar alterações celulares que levam ao desenvolvimento de câncer, como leucemia e mesotelioma, respectivamente. O Atlas do Câncer Relacionado ao Trabalho no Brasil é uma fonte oficial que detalha essa relação.  

O que a NR-32 diz sobre os riscos químicos? 

A NR-32 estabelece medidas de proteção para trabalhadores da área da saúde, incluindo diretrizes para o manuseio seguro de agentes químicos, como os quimioterápicos.  

Como os agentes químicos penetram no organismo? 

Os agentes químicos podem entrar no corpo por inalação (respiração), absorção pela pele ou contato com mucosas, e por ingestão.  

Caso sua empresa esteja em busca de formas de lidar com os riscos químicos, a Premier pode te auxiliar! 

Atuando há 25 anos na prestação de serviços ocupacionais, atendemos empresas dos mais diversos segmentos e prestamos os melhores serviços disponíveis em seu ramo de atuação. 

Prezamos, sobretudo, pela qualidade, gerando credibilidade na assistência à saúde e à segurança dos empregados de nossas empresas clientes. Por isso, entre em contato com e descubra os diferenciais que a levaram a adquirir tanto tempo de mercado. 

Se você gostou do nosso conteúdo, não deixe de acessar o nosso blog para saber mais sobre saúde e segurança no trabalho. Até a próxima!