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Como reconhecer os sintomas de burnout e proteger sua saúde

A síndrome de Burnout é uma condição cada vez mais comum no mundo moderno, afetando milhões de pessoas de todos os países. 

Para melhor noção, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou a doença como um problema de saúde pública, destacando a sua gravidade e seu impacto na saúde mental e física dos trabalhadores. Além disso, de acordo com dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), cerca de 30% dos trabalhadores nacionais sofrem com a doença de ordem mental.

Dessa forma, entender como reconhecer os sintomas do Burnout e adotar medidas de prevenção é muito importante para qualquer empreendedor, gestor de RH ou funcionário, para evitar que o problema se agrave. Isso porque, ao conscientizar e tomar medidas preventivas contra a doença, é possível evitar rotatividade da equipe e manter o bom espaço laboral.

Sendo assim, vamos explorar nesse artigo o que é a síndrome de Burnout, como identificar seus principais sintomas, as opções de tratamento disponíveis e, por fim, algumas dicas práticas para prevenir essa condição debilitante. Boa leitura!

O que é a síndrome de Burnout?

Reconhecida oficialmente como uma doença pela Organização da Mundial da Saúde (OMS) em 2019, o Burnout, também conhecida como “esgotamento profissional”, é uma condição psicológica causada pelo estresse crônico relacionado ao trabalho. Embora o estresse seja uma resposta natural a desafios, quando ele se torna excessivo e constante, pode resultar em problemas físicos, psicológicos e emocionais a longo prazo.

O fenômeno é muito comum para funcionários enfrentam pressões prolongadas profissionalmente, sejam elas relacionadas à alta carga de tarefas, prazos apertados ou falta de reconhecimento. 

Além disso, funções que envolvem cuidado com o outro, como médicos, enfermeiros e professores, também apresentam uma maior predisposição para a sua ocorrência. No entanto, vale destacar que pessoas de qualquer campo pode, ser afetada.

É importante ressaltar também que o Burnout não deve ser confundido com o cansaço comum após um dia intenso de trabalho. Ele vai para o extremo disso, sendo uma condição de exaustão física, emocional e mental, que afeta a qualidade de vida de maneira significativa e que mesmo após períodos sem exercer tarefas prossegue.

Sintomas e sinais de alerta da doença

Reconhecer os sintomas e sinais de alerta da síndrome de Burnout é fundamental para agir rapidamente e evitar que o quadro se agrave. Eles podem ser divididos em físicos, emocionais e comportamentais, e costumam aparecer de forma gradual e distantes de um para o outro, o que dificulta sua identificação logo no início.

Entre os primeiros a serem notados, está o cansaço excessivo, no qual a pessoa afetada sente uma sensação constante de exaustão, mesmo após longas horas de descanso, sem conseguir recuperar suas energias. Distúrbios do sono também são frequentes, com muitas pessoas relatando insônia ou dificuldade em ter um sono reparador, acordando várias vezes durante a noite ou simplesmente não conseguindo adormecer. 

Outro aspecto comum são as dores musculares, principalmente tensionadas nos ombros, pescoço e costas, além de episódios recorrentes de dores de cabeça enquanto realiza tarefas. Problemas gastrointestinais também podem surgir, como má digestão, dores abdominais e alterações no apetite são reflexos do estresse prolongado causado pelo Burnout.

Em termos emocionais, uma das mais comuns da doença é a sensação de fracasso e insegurança. A pessoa com o problema frequentemente se sente incapaz, acreditando que não é suficientemente boa no que faz, o que gera uma queda na autoestima. Além disso, o desânimo e a falta de motivação tomam conta do dia a dia. 

A irritabilidade e as mudanças de humor são também sinais importantes a serem notados, com alterações bruscas de comportamento e uma irritação constante diante de situações que antes não causariam reações tão intensas. Ansiedade e depressão podem surgir em estágios mais avançados.

Além desses sintomas, o isolamento social se torna uma fuga comportamental para as pessoas com Burnout. 

Fora os fatores acima, a capacidade de concentração, criatividade e resolução de problemas também ficam comprometidos. 

Existe tratamento para a síndrome de Burnout?

Sim! O Burnout é totalmente tratável. O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, combinando cuidados médicos, psicológicos e ajustes no estilo de vida. 

Veja abaixo algumas das principais formas de tratamento para a Síndrome de Burnout.

1. Psicoterapia

A terapia cognitivo-comportamental é uma das abordagens mais utilizadas para ajudar o paciente a lidar com os problemas emocionais da doença. Ela auxilia na identificação dos padrões de pensamento negativos que contribuem para o estresse e ajuda a desenvolver estratégias mais saudáveis de enfrentamento do trabalho.

2. Medicamentos

Em casos onde o Burnout está associado a ansiedade ou depressão, o uso de medicamentos pode ser necessário. Lembre-se que a automedicação pode ser prejudicial, o auxílio de um psiquiatra aqui é essencial para acompanhamento.

3. Mudanças no ambiente de trabalho:

Considerando que é o espaço de trabalho que contribui para a síndrome de Burnout, é fundamental que as lideranças colaborem para um local saudável, criando um ambiente com políticas que favoreçam o bem-estar dos colaboradores. Isso pode incluir a redistribuição de tarefas, diminuição da carga horária ou implementação de práticas de lazer ao longo do dia.

4. Autocuidado

O autocuidado é uma peça-chave no tratamento do Burnout. Sendo assim, procure tirar pausas durante o expediente, descansar adequadamente, praticar exercícios físicos e realizar atividades para além das funções profissionais, como fotografar, desenhar, passear com os cachorros, etc.

Dicas para se prevenir de Burnout

Prevenir a síndrome de Burnout exige uma série de medidas que podem ser incorporadas à rotina de qualquer pessoa. A prevenção é a melhor forma de garantir um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, evitando que o estresse se transforme no esgotamento a longo prazo. 

Confira algumas dicas importantes.

1. Estabeleça limites claros

Separar o tempo de trabalho do tempo de lazer é essencial para evitar o acúmulo de estresse. Evite levar tarefas para casa e aprenda a dizer “não” quando necessário. Limitar o número de horas dedicadas ao profissional também contribui para a manutenção de uma vida equilibrada.

2. Pratique a gestão do tempo

Uma das principais causas do Burnout é a sensação de sobrecarga. Sendo assim, sempre organize suas tarefas para reduzir a pressão ao longo do dia. Use ferramentas de gestão de tempo, como agendas ou aplicativos, para organizar melhor suas responsabilidades.

3. Cuide da sua saúde física

A prática regular de atividades físicas, como caminhadas, ioga ou exercícios na academia, é uma ótima forma de reduzir o estresse. Além disso, uma alimentação equilibrada e um sono de qualidade são essenciais para manter a mente e o corpo saudáveis.

4. Busque apoio:

Conversar com amigos, familiares ou colegas sobre o que está sentindo pode ajudar a aliviar o estresse. O apoio emocional é uma peça-chave na prevenção do Burnout. Não hesite em procurar ajuda profissional, como psicólogos, caso sinta que o estresse está tomando conta de sua vida.

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Dr. Walter Guimarães Pinto

Dr. Walter Guimarães Pinto é médico do trabalho (CRM: 4329/MG, RQE: 44084) e diretor da Premier Saúde Ocupacional. Com ampla experiência na área, dedica-se à promoção da saúde e segurança dos trabalhadores, atuando no desenvolvimento e implementação de estratégias que garantem ambientes laborais mais seguros e alinhados às normas regulamentadoras. Sua trajetória é pautada pela excelência técnica e pelo compromisso com a prevenção de doenças ocupacionais, visando a qualidade de vida e o bem-estar dos colaboradores nas empresas atendidas.