Programa de Proteção Respiratória: saiba sua importância e como implementar na empresa

programa de proteção respiratória

A proteção do trabalhador é o que proporciona qualidade de vida e segurança para exercer suas atividades profissionais. É de responsabilidade do empregador, através de diversos programas obrigatórios, garantir o bem estar de seus colaboradores.

Um desses programas é o Programa de Proteção Respiratória (PPR) que tem como principal objetivo determinar as principais medidas para evitar que os trabalhadores inalem partículas e garantir sua saúde. 

O que é o Programa de Proteção Respiratória?

Antes de selecionar os EPIs adequados é preciso realizar a Análise de Risco e elaboração do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) para compreender os riscos existentes no ambiente. Entretanto, quando se trata da proteção respiratória, há outro programa que deve ser incluído na gestão da segurança do trabalho: o Programa de Proteção Respiratória (PPR). 

O PPR é um conjunto de medidas adotadas pelas empresas para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que estão expostos a ambientes com concentração de agentes nocivos à respiração, como poeiras, gases, vapores, fumos e névoas. Seu principal objetivo é prevenir doenças respiratórias e garantir a saúde dos trabalhadores que atuam em ambientes adversos.

É através dele que é realizado um monitoramento da saúde respiratória dos profissionais. O processo envolve seleção e manutenção dos respiradores, bem como a fiscalização do uso de Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR).

Ensaio de Vedação

Devido aos diferentes formatos de rosto, é necessário realizar o teste de vedação para verificar a eficácia dos respiradores. Dessa forma, cada trabalhador deve ser submetido a um ensaio de vedação para determinar se o respirador selecionado se ajusta corretamente ao seu rosto. 

O ensaio de vedação deve ser realizado uma vez a cada 12 meses em cada funcionário. Caso o colaborador apresente qualquer sintoma ou alteração nas condições de saúde, o teste deve ser realizado novamente antes do prazo de 1 ano. 

Treinamento 

Assim como os testes de vedação, devem ser realizados treinamentos com os trabalhadores antes de realizar qualquer tipo de atividade no trabalho. Entre as medidas para prevenir os acidentes estão o uso correto dos EPIs para proteção respiratória e compreender os riscos existentes de trabalho. 

Quais riscos as empresas podem oferecer ao sistema respiratório?

Diversos problemas da saúde do trabalhador estão relacionados com a falta ou má utilização dos equipamentos de proteção respiratória. As empresas podem oferecer diversos riscos ao sistema respiratório dos trabalhadores, principalmente em ambientes onde há exposição a substâncias nocivas. 

Poeiras, gases, vapores, fumos e névoas presentes em atividades industriais, agrícolas, de construção civil e de saúde, por exemplo, podem causar danos à saúde respiratória. Dessa forma, há dois principais tipos de risco ao sistema respiratório: os riscos químicos e os riscos biológicos. 

Qual a importância do PPR

Por ter como objetivo principal prevenir doenças respiratórias e garantir a saúde dos trabalhadores, o PPR é de extrema importância para as empresas e trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde respiratória. 

O Programa de Proteção Respiratória auxilia na identificação dos riscos respiratórios presentes no ambiente de trabalho e no monitoramento da exposição aos agentes contaminantes

Dessa forma, ele contribui significativamente para a preservação da saúde dos trabalhadores e para a redução dos custos com tratamentos médicos e afastamentos decorrentes de doenças respiratórias ocupacionais.

Quais são os EPIs para Proteção Respiratória

Os principais EPIs para Proteção Respiratória se baseiam no uso de respiradores. Devido aos tipos de risco, há diversos tipos de respiradores. Continue lendo e saiba quais são eles!

Respirador Facial 

O respirador facial não protege apenas as vias respiratórias, mas o rosto inteiro do trabalhador. Ele é geralmente composto por uma peça inteira que possui um filtro purificador de ar e um visor que possibilita que o usuário enxergue enquanto tem os olhos protegidos. 

Este modelo é ideal para ambientes onde há a existência de vapores e gases extremamente tóxicos, além de situações em que os contaminantes não possam entrar em contato com as mucosas do rosto. 

Respirador Semi Facial

Parecido com o respirador facial, este modelo tem uma única diferença: não é uma peça única, mas sim um respirador que possui espaço para que seja acoplado o visor ou o óculos de segurança. 

Respirador 1/4 Facial 

Já o modelo 1/4 facial possui menor abrangência facial do que os outros modelos. Diferente dos outros respiradores, este modelo não possui filtros acoplados, sendo necessário adicioná-los conforme o agente específico. Eles são utilizados para pinturas, solventes e outros materiais que exalam cheiros mais fortes. 

Como implementar o Programa de Proteção Respiratória

Apesar da Norma Regulamentadora 9 (NR-9) não estabelecer quem deve de fato desenvolver o PPR, eles devem ser elaborados por empresas ou profissionais especializados na saúde ocupacional

Dessa forma, para seu sucesso na prevenção da saúde dos colaboradores, o Programa de Proteção Respiratória deve ser planejado. Continue lendo e saiba como implementá-lo dentro da sua organização. 

Avaliação da exposição

O primeiro passo na implementação do PPR é a avaliação de exposição. Para isso, são realizadas medições da concentração dos contaminantes no ar, utilizando equipamentos adequados e seguindo normas e procedimentos específicos. 

Com base nos resultados da avaliação, é possível selecionar os equipamentos de proteção respiratória mais adequados para cada situação, garantindo assim a eficácia do programa e a proteção da saúde dos trabalhadores.

Programa respiratório escrito

Após fazer a avaliação da exposição, é preciso um programa respiratório escrito para o uso dos equipamentos de proteção respiratória. Ele deve incluir:

  • a identificação dos agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho;
  • a seleção dos equipamentos de proteção respiratória adequados;
  • os procedimentos para uso correto desses equipamentos;
  • a realização de avaliações médicas periódicas;
  • os treinamentos necessários;
  • os procedimentos de higiene e manutenção dos equipamentos;
  • o monitoramento da exposição dos trabalhadores aos agentes contaminantes. 

Dessa forma, o programa respiratório escrito serve como um guia para a empresa e seus funcionários, garantindo a eficácia do PPR e a proteção da saúde respiratória dos trabalhadores.

Seleção do respirador

A seleção do respirador deve levar em consideração diversos fatores, como o tipo e concentração dos contaminantes, o nível de oxigênio disponível no ambiente, as características físicas dos trabalhadores e as condições de trabalho. 

Além disso, é importante também considerar o conforto, a tolerância e a aceitação dos trabalhadores ao respirador selecionado, para garantir que ele seja utilizado corretamente. Portanto, a seleção do respirador é uma etapa fundamental para garantir a eficácia do PPR e a proteção da saúde respiratória dos trabalhadores.

Avaliação médica

Além da seleção do respirador, outra parte essencial da implementação do Programa de Proteção Respiratória é a avaliação médica. Ela deve ser realizada antes do início do trabalho em áreas onde é necessário o uso de respiradores, e periodicamente durante o tempo em que o trabalhador estiver exposto a esses agentes. 

Com isso, o médico avaliará a saúde respiratória do trabalhador, sua capacidade pulmonar e possíveis condições pré-existentes, além de orientar sobre o uso correto dos respiradores e realizar o acompanhamento da saúde respiratória ao longo do tempo. 

Teste de adequação

Outro passo importante no momento de implementação do PPR é o teste de adequação. Durante esta etapa, o trabalhador realiza diversos movimentos faciais para verificar se o respirador permanece vedado em diferentes situações, como falar, sorrir e virar a cabeça. 

Caso o respirador não se ajuste adequadamente ao rosto do trabalhador, será necessário selecionar outro modelo de respirador que ofereça uma vedação adequada.

Treinamento para respirador

Durante o treinamento, os trabalhadores aprendem sobre os diferentes tipos de respiradores disponíveis, como selecionar o respirador adequado para cada situação, como realizar a vedação correta do respirador no rosto, como realizar a manutenção e higienização dos equipamentos, além de receberem informações sobre os riscos à saúde respiratória e a importância da utilização dos respiradores. 

Saiba como a PREMIER pode te ajudar

Caso sua empresa esteja em busca de implementar o Programa de Proteção Respiratória, a PREMIER pode ajudar!

Atuando há 25 anos na prestação de serviços ocupacionais, atendemos empresas dos mais diversos segmentos e prestamos os melhores serviços disponíveis em nosso ramo de atuação. Prezamos, sobretudo, pela qualidade, gerando credibilidade na assistência à saúde e à segurança dos empregados de nossas empresas clientes.

Seja para realizar exames ocupacionais, avaliar os riscos existentes no ambiente de trabalho ou fornecer treinamento adequado para o uso de EPIs, somos a parceira ideal para a sua empresa! 

Por isso, entre em contato com a PREMIER e descubra os diferenciais que a levaram a adquirir tanto tempo de mercado. Se você gostou do nosso conteúdo, não deixe de acessar o nosso blog para saber mais sobre saúde e segurança no trabalho. Até a próxima!

Médico do Trabalho: o que faz e qual sua importância

Médico do Trabalho.

As empresas estão percebendo a importância da presença de um médico do trabalho dentro das organizações. Investir nesse profissional auxilia na garantia do bem-estar e da saúde dos trabalhadores, principalmente em empresas em que há um alto grau risco nas atividades laborais e no ambiente de trabalho em si. 

Porém, o investimento em um médico do trabalho, não é apenas um bom negócio, é também uma obrigatoriedade para algumas empresas. Por isso, a PREMIER trouxe um artigo explicando tudo sobre este profissional. Boa leitura! 

Qual é a função do médico do trabalho?

A Medicina do Trabalho pode ser definida como a especialidade médica que é responsável pela relação entre a saúde dos trabalhadores e seu trabalho, visando não somente a prevenção das doenças e dos acidentes do trabalho, mas a promoção da saúde e da qualidade de vida. 

Com isso, de acordo com a Resolução CFM nº 2.297/2021, cabe ao médico do trabalho dar assistência aos trabalhadores, elaboração de prontuários, fornecimento de atestados e pareceres sempre quando for necessário e a emissão de exame médico dentro dos preceitos éticos. 

Exames, documentos e avaliações

A responsabilidade do médico do trabalho de cuidar de exames, documentos e avaliações está intimamente relacionada à sua missão de garantir a saúde e segurança dos trabalhadores em um ambiente laboral. 

Por isso, ao conduzir exames médicos ocupacionais, o médico pode identificar condições de saúde que podem ser agravadas ou causadas pelo trabalho, bem como avaliar a aptidão dos funcionários para desempenhar suas funções com segurança. Entre os principais exames ocupacionais e avaliações, pode-se destacar: 

  • exames admissionais: avaliação médica realizada quando um candidato é contratado por uma empresa ou organização para um novo cargo ou posição de trabalho.
  • exames demissionais: avaliações médicas realizadas quando um funcionário está deixando seu emprego, seja por sua própria escolha ou por decisão da empresa. 
  • retorno do trabalho: exames realizados após um afastamento do trabalhador por motivo de saúde, para avaliar se ele está apto a retornar às atividades laborais.
  • mudança de risco: realizado quando há alterações na função do trabalhador que podem impactar sua saúde.
  • periódico: avaliação realizada periodicamente durante o vínculo empregatício para monitorar a saúde do trabalhador ao longo do tempo e identificar possíveis alterações.
  • relatório anual de PCMSO: conjunto de ações e procedimentos que visam promover e preservar a saúde dos trabalhadores, identificar possíveis riscos à saúde no ambiente de trabalho e prevenir doenças ocupacionais.

Esclarecimentos e orientações

Os trabalhadores podem ter preocupações relacionadas à exposição a riscos ocupacionais, medidas de prevenção de acidentes, protocolos de segurança, cuidados com a saúde no trabalho e até mesmo dúvidas sobre exames médicos ocupacionais. 

Dessa forma, o médico do trabalho desempenha um papel crucial ao responder a essas dúvidas, não apenas contribuindo para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, mas também promovendo a participação ativa dos trabalhadores na promoção de um ambiente de trabalho mais saudável e seguro.

A Normas Regulamentadoras e o Médico do Trabalho 

As Normas Regulamentadoras (NRs) estabelecem padrões mínimos de segurança que as empresas e gestores devem seguir para garantir a proteção de seus funcionários de riscos ocupacionais. Entre esse conjunto de normas, ganha destaque a NR4, que trata dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). 

Com isso, a NR4 tem como objetivo dar orientações sobre a atuação do médico do trabalho. Entre algumas responsabilidades estão: 

  • determinar o uso do EPI (Equipamentos de Proteção Individual);
  • planejar ações que visam a implantação de instalações no local de trabalho;
  • trabalhar em conjunto com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes); 
  • garantir a prevenção de acidentes e doenças através de campanhas de conscientização;
  • manter o registro de acidentes e doenças provenientes da jornada de trabalho;
  • atender de forma técnica as emergências de acidentes de trabalho. 

A PREMIER já fez um pequeno guia explicando melhor as normas regulamentadoras. Caso queira conhecer mais, basta clicar aqui!

Quando a empresa deve ter um médico do trabalho?

Toda empresa com funcionários contratados precisa designar pelo menos um médico do trabalho para atuar no SESMT. Entretanto, a quantidade necessária de médicos e de outros profissionais de saúde irá variar conforme o número de funcionários da empresa e o grau de risco ao qual os trabalhadores estão expostos. 

Essas informações estão organizadas no Quadro II da NR-4. Com isso, o grau de risco e a quantidade de funcionários são dois fatores que determinam se uma empresa é obrigada a contratar um médico do trabalho e quantos médicos devem ser contratados. 

Qual a importância de ter um médico do trabalho para empresas de risco?

Como pode perceber, a presença de um médico do trabalho e dos demais profissionais de saúde traz um retorno positivo, seja para evitar acidentes no local de trabalho ou ao garantir a saúde do funcionário.

Cumprimento da legislação

A presença de um médico do trabalho ajuda a garantir que a empresa esteja em conformidade com as regulamentações locais e nacionais, evitando multas e penalidades associadas ao não cumprimento das normas. 

Além disso, o médico do trabalho auxilia a empresa na implementação de medidas preventivas e na realização de exames médicos ocupacionais obrigatórios, sendo fundamental para proteger a saúde dos trabalhadores e promover um ambiente de trabalho seguro. 

Ajuda na prevenção de doenças ocupacionais

Contar com um profissional da saúde no trabalho ajuda na identificação de riscos ocupacionais, na avaliação das condições de trabalho e na implementação de estratégias preventivas. Ele pode promover a conscientização sobre práticas seguras no ambiente de trabalho e realizar exames médicos ocupacionais regulares para identificar precocemente problemas de saúde relacionados ao trabalho. 

Dessa forma, isso não apenas beneficia os trabalhadores, protegendo sua saúde e bem-estar, mas também ajuda a empresa a evitar custos significativos associados a licenças médicas, tratamento de doenças ocupacionais e possíveis litígios. 

Caso queira saber algumas dicas de como prevenir doenças ocupacionais, a PREMIER tem um conteúdo que irá ajudar. Clique aqui e saiba mais! 

Sinônimo de mais segurança e saúde no local de trabalho

Contar com um médico do trabalho na empresa é sinônimo de mais segurança e saúde no local de trabalho, o que representa um benefício inegável. A presença desse profissional especializado ajuda a identificar e mitigar riscos ocupacionais, implementar medidas preventivas eficazes e promover uma cultura de segurança entre os funcionários. 

Como resultado, há uma força de trabalho mais saudável, produtiva e comprometida, ao mesmo tempo em que a empresa evita custos associados a acidentes, licenças médicas e possíveis processos legais. 

Maior produtividade da equipe

Trabalhadores saudáveis e seguros são mais capazes de desempenhar suas funções de forma consistente e eficiente, resultando em menos interrupções no fluxo de trabalho. Como consequência há uma maior produtividade da equipe. 

A PREMIER

Caso esteja a procura de um médico do trabalho para a sua empresa, a PREMIER pode ajudar. Com mais de 25 anos de atuação na prestação de serviços assistenciais e ocupacionais, contamos com profissionais selecionados e treinados com o padrão de excelência e responsabilidade. 

Nossa missão é prestar serviços assistenciais e ocupacionais para empresas de todos os segmentos e portes, promovendo-as através da saúde e do bem-estar de seus empregados. Por isso, entre em contato conosco e promova condições de trabalho saudáveis!

Se você gostou do nosso conteúdo, não deixe de acessar o nosso Blog para saber mais sobre saúde e segurança no trabalho. Até a próxima! 

Tipos de Acidente de Trabalho: conheça os mais comuns e como prevenir

colaboradora utilizando equipamentos de proteção para representar os tipos de acidente de trabalho e como prevenir

Você provavelmente já ouviu falar em acidente de trabalho, mas sabe o que é, exatamente? Como ele se caracteriza? Quais são os tipos de acidente de trabalho? E como a empresa deve proceder nessa situação? Neste artigo, reunimos tudo o que você precisa saber sobre o assunto.

Continue a leitura! 

Qual é a definição de Acidente de Trabalho?

A definição de Acidente de Trabalho é dada pela Lei Nº 8.213, de 1991. Veja o que consta no artigo 19:

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Por isso, apenas é considerado acidente de trabalho aquele que ocorre quando o trabalhador exerce sua atividade profissional a serviço da empresa, causando lesão corporal ou perturbação funcional

A perturbação funcional ocorre quando um colaborador se encontra definitivamente incapaz de trabalhar devido a um acidente, ou nos casos em que é apenas é preciso esperar por um tempo de recuperação. 

Além disso, o conceito também engloba as doenças do trabalho e as doenças profissionais. A doença profissional está relacionada à profissão que o trabalhador exerce, enquanto a doença do trabalho é relativa ao ambiente em que ele exerce suas atividades. 

O que diz a Lei sobre o assunto?

A legislação brasileira define o que é o acidente de trabalho, o que pode ser considerado acidente de trabalho e o que pode ser equiparado a um acidente de trabalho. Da mesma forma, são definidas as obrigações relativas às empresas.

Ainda segundo o artigo 19 da Lei N°8213: 

§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.

§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.

§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.

Quais são os acidentes de trabalho mais comuns?

Existem variados tipos de acidentes de trabalho. Por isso, reunimos os principais deles para você entender quais são suas características. Vamos lá?

Acidente Atípico

Em primeiro lugar, o acidente atípico é a modalidade mais comum entre os tipos de acidentes de trabalho, pois diz respeito àquela que ocorre no ambiente de trabalho. Ela se caracteriza por ser um evento súbito, inesperado e traumático, ocorrendo durante o trabalho ou em razão dele, prejudicando a integridade física do trabalhador.

Trabalhadores de construção civil ou operadores de máquinas pesadas, por exemplo, estão sujeitos a lesões corporais por quedas de alturas elevadas ou cortes ao manusear determinado aparelho.

Doença do Trabalho

Ao contrário do acidente atípico, que é identificado logo quando ocorre, a doença do trabalho está relacionada à atividade que é exercida pelo trabalhador. Por isso, ela é causada a longo prazo de acordo com as condições em que o trabalho é realizado. 

Como exemplo, podemos citar:

  • LER e DORT
  • problemas osteomusculares;
  • perda auditiva por ruídos ocupacionais. 

É importante ressaltar que a doença do trabalho é uma categoria de doença ocupacional que foca em acidentes associados ao ambiente de trabalho. 

Colaboradores que trabalham sob exposição de ruídos, por exemplo, são prejudicados em especial se não utilizarem os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs). 

Por isso, é essencial que a sua empresa forneça condições seguras e saudáveis para evitar qualquer tipo de acidente. 

Acidentes Agravantes

Esse tipo de acidente de trabalho diz respeito ao agravamento de uma condição anterior já apresentada pelo colaborador. Trata-se, então, da piora de um quadro prévio. 

Um trabalhador da indústria que já possui certa perda auditiva, por exemplo, pode chegar à surdez total caso algum acidente no ambiente de trabalho piore o seu quadro. Assim, o exercício de sua atividade não causa o quadro prévio, mas é responsável pelo seu agravamento. 

De acordo com a lei, isso é válido apenas quando o acidente agravante levar a uma situação de morte ou à perda total ou parcial permanente da capacidade de trabalho do colaborador.

Sabotagem

Infelizmente, existem situações em que terceiros criam situações de risco para os colaboradores da empresa, resultando em acidentes de trabalho. Tratam-se dos atos de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por um terceiro ou um companheiro de trabalho. 

Um funcionário pode alterar a função de um equipamento, por exemplo, prejudicando a integridade física de outro colaborador que o utilizou sem saber que não estava em seu uso padrão. 

A lei também define atos de imprudência, negligência ou de imperícia, bem como aqueles em que a pessoa está privada do uso da razão.

Acidente de Trajeto

Por fim, o acidente sofrido no trajeto de casa para o trabalho ou vice-versa, seja por qualquer meio de locomoção, também é considerado acidente de trabalho. Pequenos desvios e variações no tempo de deslocamento podem ser tolerados neste caso, contanto que sejam coerentes com o percurso do trajeto em questão.

A importância da investigação

A investigação adequada é fundamental para identificar as causas do acidente de trabalho e elaborar mudanças para que ele não se repita. Ainda é possível reavaliar o treinamento oferecido aos colaboradores. Se um funcionário se acidentou em alturas elevadas, por exemplo, é importante atualizar e reforçar os conhecimentos sobre o assunto.

Ao oferecer as condições necessárias para os trabalhadores, sua empresa não apenas evita tais acidentes, mas promove um ambiente seguro e saudável, preservando sua integridade física.

Os custos para a empresa

Os acidentes de trabalho geram custos jurídicos e financeiros para a empresa, que vão depender de acordo com o tipo e o nível do acidente. Basicamente, a organização deve arcar com a mão de obra temporariamente afastada em decorrência do acidente e com os valores da relação de empregado.

Se o acidente de trabalho ocorrer por culpa do empregador, por exemplo, ele deverá suprir  todas as despesas médicas para a recuperação do empregado. Além disso, caso ele tenha sequelas do acidente, a empresa deverá indenizar a perda sofrida por meio do pagamento de uma pensão civil.

No caso de afastamentos superiores a 15 dias, o trabalhador também poderá receber um auxílio por meio do INSS. Basicamente, o empregador custeia apenas os 15 primeiros dias de afastamento, enquanto o INSS assume os dias seguintes, até que uma nova perícia médica ateste a aptidão ou não para continuar o trabalho. 

Já em um contexto de incapacidade permanente, o funcionário pode ser aposentado por invalidez. 

É importante ressaltar que, durante o período de afastamento, a empresa deve contribuir com o depósito do FGTS do trabalhador mensalmente. Além disso, ele possui direito à estabilidade do emprego pelo período de 12 meses.  

O evento do eSocial S-2210

É impossível falar em acidente de trabalho sem mencionar o evento S-2210 do eSocial. Ele consiste em, basicamente, informar qualquer acidente ocorrido na empresa, e deve ser feito ainda que não haja afastamento do trabalho.

Por isso, independentemente do tipo de acidente, sua empresa deve comunicá-lo aos órgãos fiscalizadores para que a ocorrência seja registrada

Isso é feito por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), que possui três tipos dentro desse evento. Eles ocorrem nos seguintes contextos: 

  • Na primeira comunicação sobre o acidente de trabalho ou doença adquirida; 
  • Em uma possível reabertura desse processo, em caso de afastamento pelo agravamento da lesão ou retomada do tratamento;
  • Para avisar sobre o óbito do colaborador em razão do acidente de trabalho. 

Para entender mais sobre o eSocial e suas obrigações, leia nosso guia: eSocial: o que é, para que serve e como usar.

Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT)

A emissão da CAT é uma obrigação das empresas, sob pena de pagamento de multa se não for cumprida

É essencial que ela seja registrada de acordo com os padrões da lei e que todos os documentos sejam preenchidos com fidelidade. 

Lembre-se que o prazo para o envio da CAT é de até o primeiro dia útil depois do acidente. Já no caso de morte, o envio deve ser imediato.

A PREMIER

A PREMIER é uma empresa especializada em serviços de saúde ocupacional, auxiliando empresas de diversos portes e setores há mais de 24 anos. 

Contamos com profissionais altamente capacitados, com conhecimento das Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego e experiência em medicina ocupacional. Além disso, prestamos serviços personalizados de acordo com as necessidades da sua empresa, seguindo todas as diretrizes da legislação

Por isso, se quiser garantir a conformidade da sua organização em relação às obrigações referentes ao acidente de trabalho, converse conosco! Aqui, podemos te ajudar desde a emissão do CAT e adesão ao eSocial até o treinamento dos seus colaboradores. 

E se você gostou de entender sobre os tipos de acidente de trabalho e quer saber mais sobre saúde e segurança ocupacionais, não deixe de acompanhar o nosso blog

Medicina do Trabalho: o que é e qual a sua importância para as empresas e colaboradores

medicina do trabalho

A Medicina do Trabalho é uma área da medicina que visa prevenir e tratar doenças ocupacionais, bem como promover a saúde e a segurança dos trabalhadores. 

É uma especialidade médica que atua de forma interdisciplinar, envolvendo diversas áreas do conhecimento, como engenharia, psicologia, segurança do trabalho e ergonomia. 

Neste conteúdo, você irá conferir o histórico da medicina do trabalho, seus objetivos e quais são os profissionais que colaboram para garantir que ela opere da melhor forma possível. Boa leitura!

O que é a Medicina do Trabalho?

A Medicina do Trabalho é a especialidade médica que estuda as relações entre o trabalho e a saúde dos trabalhadores. Seu principal objetivo é garantir a saúde e a segurança do trabalhador, prevenindo doenças e acidentes relacionados ao trabalho

Para isso, realiza exames médicos admissionais, periódicos e demissionais, além de orientar empresas e trabalhadores sobre as medidas preventivas a serem adotadas.

Como surgiu a Medicina do Trabalho?

Ela surgiu no final do século XIX, na Inglaterra, visando prevenir e tratar doenças causadas pela exposição a agentes nocivos no ambiente de trabalho. 

Com o passar do tempo, a especialidade foi se desenvolvendo e se difundindo em outros países, incluindo o Brasil, onde a Medicina do Trabalho foi reconhecida como especialidade médica em 1972.

Quais os objetivos da Medicina do Trabalho?

Nessa lógica, a medicina do trabalho busca orientar empresas e trabalhadores sobre as medidas preventivas a serem adotadas e promover a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Para isso, atua de forma multidisciplinar, envolvendo diversas áreas do conhecimento.

Qual a importância da medicina ocupacional?

A Medicina do Trabalho é de extrema importância para as empresas e colaboradores, pois permite identificar e prevenir doenças e acidentes, reduzindo os custos com afastamentos, tratamentos e indenizações. 

Além disso, a Medicina do Trabalho promove a qualidade de vida no ambiente ocupacional, melhorando a produtividade e a satisfação dos trabalhadores. A adoção de medidas preventivas, orientações e treinamentos contribui para a criação de um ambiente de trabalho saudável e seguro para todos.

💡Leia mais: GRO: Tudo que você precisa saber sobre gerenciamento de riscos ocupacionais

Quais os profissionais envolvidos na medicina do trabalho?

A equipe multidisciplinar da Medicina do Trabalho é composta por diferentes profissionais especializados em diversas áreas do conhecimento. Entre os profissionais envolvidos, destacam-se:

Médico do trabalho

O médico do trabalho é responsável por realizar os exames médicos admissionais, periódicos e demissionais, além de avaliar as condições de saúde dos trabalhadores e prescrever tratamentos e medidas preventivas. 

Ele também pode atuar na elaboração de programas de saúde e segurança no trabalho, além de poder emitir atestados de saúde ocupacional.

Técnico em enfermagem do trabalho

Esse profissional tem a função de prestar assistência aos trabalhadores, avaliar e monitorar as condições de saúde dos colaboradores. Além disso, ele orienta a equipe acerca das medidas preventivas e promoção da saúde.

Nesse sentido, ele pode auxiliar no treinamento dos colaboradores em relação a temas como ergonomia, higiene e segurança no trabalho. Logo, o técnico em enfermagem do trabalho desempenha um papel fundamental na garantia da saúde e segurança de colaboradores.

Fisioterapeuta do trabalho

Já o fisioterapeuta do trabalho é um profissional especializado que atua na prevenção e reabilitação de doenças e lesões ocupacionais. 

Ou seja, ele procura promover a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores, reduzindo o risco de afastamentos e afetando positivamente a produtividade e o bem-estar.

Engenheiro em segurança do trabalho

O Engenheiro em Segurança do Trabalho tem o papel de garantir que as empresas cumpram as normas e regulamentações em relação à segurança de seus colaboradores. 

Com a ajuda de profissionais da saúde, os engenheiros realizam a Análise Preliminar de Riscos para detectar as falhas e aprimorar as técnicas de segurança ocupacional. Portanto, sua principal função é identificar, avaliar e controlar os riscos ocupacionais existentes no ambiente ocupacional.

Ergonomista

Atua na prevenção de doenças e lesões relacionadas ao trabalho por meio da adaptação do ambiente, das atividades e dos equipamentos às características físicas e cognitivas dos trabalhadores. 

O ergonomista do trabalho realiza a análise ergonômica do ambiente de trabalho, verificando como as atividades e as tarefas estão sendo executadas e identificando possíveis riscos e problemas que possam causar danos à saúde do time. 

Com base nessas informações, ele propõe soluções para adaptar o ambiente de trabalho e os equipamentos utilizados, visando melhorar a ergonomia e — consequentemente — a saúde e a segurança dos funcionários.

Nutricionista

O Nutricionista do Trabalho desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores, por meio da elaboração de um plano alimentar equilibrado e adaptado às necessidades nutricionais de cada um. 

Para prevenir doenças ocupacionais e melhorar o desempenho no ambiente de trabalho, o nutricionista realiza a análise da alimentação oferecida aos colaboradores, elabora cardápios balanceados, supervisiona a produção de refeições e orienta sobre hábitos alimentares saudáveis. 

Psicólogo

O Psicólogo do Trabalho é um especialista que busca compreender os aspectos psicológicos presentes no ambiente de trabalho e promover o bem-estar emocional e mental dos colaboradores. 

Suas atividades envolvem a análise das relações interpessoais entre os trabalhadores, a avaliação do ambiente laboral e a identificação de possíveis transtornos psicológicos relacionados ao trabalho.

O Psicólogo do Trabalho também atua na criação e implementação de programas de prevenção de estresse e depressão, oferecendo suporte psicológico em casos de conflitos ou assédio moral no ambiente de trabalho. 

Além disso, ele pode trabalhar em conjunto com outros profissionais da área de saúde para desenvolver políticas e ações que promovam a qualidade de vida dos trabalhadores.

Caso quera conferir mais informações sobre inspeção do trabalho, acesse esse link do ENIT Escola Nacional de Inspeção do Trabalho — que visa promover a educação ocupacional no Brasil.

Exames relacionados a Medicina do Trabalho

Os exames relacionados à Medicina do Trabalho são fundamentais para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores. Eles ajudam a identificar possíveis problemas de saúde relacionados às atividades profissionais e a prevenir doenças ocupacionais. 

No mais, são importantes para avaliar se o colaborador está apto para desempenhar suas funções e se a empresa está cumprindo com as normas de segurança e saúde do trabalho.

Exames Admissionais e Demissionais

O exame admissional é realizado antes do colaborador iniciar suas atividades na empresa e pretende avaliar a saúde do trabalhador e verificar se ele está apto para exercer a função pretendida. Nesse exame, são avaliados aspectos como audição, visão, função cardiovascular, respiratória, entre outros.

Já o exame demissional é realizado quando o colaborador está deixando a empresa. Ele visa avaliar se o trabalhador sofreu alguma alteração em sua saúde durante o período em que trabalhou na empresa e se a empresa está cumprindo com as normas de segurança e saúde do trabalho. 

Ambos os exames são obrigatórios por lei e devem ser realizados por um profissional de Medicina do Trabalho devidamente habilitado. Eles são importantes para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e para prevenir problemas de saúde relacionados ao trabalho.

A PREMIER

A PREMIER SAÚDE OCUPACIONAL é referência em saúde e medicina do trabalho. 

Possuímos todo o conhecimento e especialização para te ajudar a implementar reformas e soluções para tornar sua empresa um local saudável e produtivo. Nossos serviços são customizados conforme o porte e segmento das empresas. 

Ao longo do artigo, você conferiu que a medicina do trabalho é uma área fundamental para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores. 

Ela abrange uma série de atividades que visam prevenir doenças ocupacionais, avaliar a aptidão do trabalhador para desempenhar suas funções e garantir que as empresas estejam cumprindo com as normas de segurança e saúde do trabalho. 

Fale com um consultor da PREMIER e tire todas as suas dúvidas sobre saúde ocupacional. Antes de ir, não se esqueça de acessar o nosso blog para conferir informações atualizadas do segmento. Até a próxima!

Prevenção de Doenças Ocupacionais: veja como fazer

doenças ocupacionais

A segurança e a saúde dos colaboradores têm um impacto positivo na produtividade e no desenvolvimento de qualquer negócio. Por isso, a prevenção de doenças ocupacionais deve ser um objetivo de qualquer gestor que deseja que sua empresa seja produtiva e saudável.

A prevenção de doenças decorrentes do trabalho deve constituir uma parte essencial das atividades econômicas. Dessa forma, é possível garantir um crescimento econômico sustentável e, além disso, ter altos padrões de segurança e saúde — muitas vezes, tão importantes quanto o desempenho dos negócios e os resultados financeiros.

Vamos entender mais sobre saúde ocupacional, as doenças ligadas ao trabalho e como preveni-las e diminuir riscos? Siga a leitura do conteúdo!

O que são Doenças Ocupacionais?

É classificada como doença ocupacional qualquer tipo de complicação de saúde que o colaborador apresente em decorrência da sua atividade profissional e das condições do local de trabalho. Nesse sentido, a doença ocupacional é uma condição ou distúrbio de saúde causado por seu ambiente de trabalho, ou atividades relacionadas

Em geral, as condições ou distúrbios de saúde que ocorrem entre um grupo de pessoas com exposições ocupacionais semelhantes em uma frequência maior do que o restante da população são consideradas doenças ocupacionais.

Dessa forma, agentes como calor, ruído, poeira, produtos químicos perigosos, máquinas inseguras e estresse psicológico, causam doenças ocupacionais e podem agravar outros problemas de saúde.

O que caracteriza uma doença ocupacional

O acidente do trabalho está previsto no art. 19 da Lei 8.213/91, como aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, provocando uma lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução da capacidade laborativa — permanente ou temporariamente.

Logo, para ser caracterizado acidente do trabalho, é necessário haver uma relação direta entre o trabalho e o acidente. Por exemplo, o trabalhador que trabalhe com carvão mineral — sem equipamentos de proteção individual (EPI) — estará propenso a doenças que afetam o sistema respiratório. 

Tipos de Doenças Ocupacionais

Como iremos conferir, existem muitos tipos de doenças ocupacionais. Elas são estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Previdência, órgão responsável por impor medidas de segurança e saúde para as empresas criarem programas para a prevenção dessas doenças.

Veja os tipos de doenças ocupacionais mais comuns:

Auditivas

Os transtornos auditivos atingem os profissionais que estão diretamente expostos a barulhos de máquinas e de ferramentas. Esses tipos de transtorno podem apresentar sintomas como: 

  • dores de cabeça 
  • irritabilidade
  • zumbido no ouvido

Uma forma de prevenir doenças ocupacionais auditivas é o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs).

Respiratórias

Doenças respiratórias acometem pessoas expostas a ambientes onde os resíduos liberados por máquinas ou produtos que podem prejudicar o sistema respiratório. Esses ambientes podem resultar em diversos tipos de doenças respiratórias como a asma ocupacional ou a antracose pulmonar

Dentre os sintomas dessas doenças, podemos destacar: dificuldade para respirar, tosse, reações alérgicas, chiado no peito ou cansaço.

Repetição

As doenças ocupacionais de repetição são aquelas que ocorrem em consequência de atividades que exijam ações repetitivas. Ou seja, ficar muito tempo sentado em uma postura ruim, tocar piano, dirigir caminhões, digitar e mais. Uma das melhores maneiras de prevenir uma lesão por esforço repetitivo no escritório é através da ergonomia

💡Entenda: Ergonomia: saiba o que é e quais os benefícios 

Psicossociais

Esse tipo de transtorno atinge principalmente os profissionais que trabalham em ambientes estressantes e tensos. Logo, pode ser acarretado por situações como excesso de trabalho e falta de reconhecimento profissional

O resultado são doenças como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, síndrome de Burnout, ou esgotamento. Os transtornos psicossociais podem apresentar sintomas como tristeza, preocupação excessiva, irritabilidade, taquicardia ou falta de motivação. 

As doenças ocupacionais mais comuns

A seguir, vamos abordar algumas das principais doenças ocupacionais, suas causas e a forma de prevenir-se de cada uma delas. Confira!

Surdez ou PAIR

Não surpreendentemente, a perda auditiva está entre as doenças relacionadas ao trabalho mais comuns. Mais de 11% da população trabalhadora tem dificuldade de audição e quase um em cada quatro casos de dificuldade de audição do trabalhador é causado por exposições relacionadas ao trabalho.

O ruído é considerado alto e potencialmente prejudicial e prevenir é sempre a melhor alternativa. Para isso, os trabalhadores precisam usar EPIs como os protetores auriculares, máscaras faciais ou abafadores.

Lesão por Esforço Repetitivo (LER)

Lesões por esforço repetitivo (LER) resultam de músculos, nervos e tendões danificados. Às vezes chamados de lesões por movimentos repetitivos ou distúrbios de movimento repetitivo, esses movimentos repetitivos no trabalho podem levar a lesões sérias.

Eles podem ser alguns dos ferimentos relacionados ao trabalho mais caros e debilitantes — variam de temporários ou permanentes — dependendo de sua gravidade. Lesões por esforço repetitivo no escritório podem ser causadas por uma variedade de condições, como má postura no trabalho. 

Asma ocupacional

A asma ocupacional é um tipo de asma que ocorre quando você inala fumaças químicas, gases, poeira ou outras substâncias no trabalho. Quando isso acontece, causa uma resposta alérgica ou imunológica.

Essa doença ocupacional pode causar aperto no peito, respiração ofegante e falta de ar. Pessoas com alergias ou com histórico familiar de alergias têm maior probabilidade de desenvolver asma ocupacional.

Por isso, evitar os gatilhos ocupacionais é uma parte importante do manejo. Caso contrário, o tratamento para asma ocupacional inclui tomar medicamentos para reduzir os sintomas. Se você já tem asma, às vezes o tratamento pode evitar que ela piore no local de trabalho.

Burnout

Síndrome de Burnout é uma forma de exaustão causada por se sentir constantemente sobrecarregado. É resultado de estresse emocional, físico e mental excessivo e prolongado. E, claro, está diretamente relacionado ao trabalho.

O Burnout é um processo gradual que se desenvolve com os estressores do seu trabalho. Os sinais e sintomas podem ser sutis no início, no entanto, quanto mais tempo eles não forem resolvidos, pior eles podem se tornar.

Doenças de pele

Dermatose ocupacional é um termo que descreve um conjunto de patologias alérgicas que se manifestam na pele, com relação com o ambiente de trabalho. O contato com sensibilizantes sem a proteção necessária é a causa mais evidente para a dermatose ocupacional.

Câncer de pele

Os cânceres induzidos pelo ambiente de trabalho não diferem em tipo e natureza daqueles decorrentes de fatores não ocupacionais. Logo, o câncer ocupacional é causado total ou parcialmente pela exposição a um agente cancerígeno no trabalho.

 Os estudos epidemiológicos são as fontes mais definitivas de informação sobre o câncer ocupacional, que atinge principalmente o pulmão, a pele, bexiga e medula óssea. Mais recentemente, estudos têm apontado sua ocorrência também no trato gastrintestinal, sistema nervoso central e ossos.

E as doenças que não podem ser consideradas ocupacionais?

A Lei 8.213 trata sobre as doenças ocupacionais, mas também relaciona algumas enfermidades que não estão relacionadas diretamente a elas. São quatro as categorias desse grupo: as doenças degenerativas, as de grupo etário, as que não incapacitam para o trabalho e as endêmicas.

Vamos conhecer um pouco das principais características de cada um destes grupos abaixo!

  1. Doença degenerativa: são todas as enfermidades que deterioram gradativamente um órgão, tecido ou célula — como Alzheimer, Parkinson, esclerose lateral amiotrófica (ELA), câncer, diabete, artrose e glaucoma;
  2. Doença inerente a grupo etário: doenças como osteoporose, a catarata, doenças reumáticas e o Alzheimer, comum em pessoas de idade avançada;
  3. Doença endêmica: qualquer tipo de enfermidade infecciosa como gripe, malária, tuberculose, etc.;
  4. Doenças que não causam incapacidade laborativa — ou seja, todos os problemas de saúde que não afetam a capacidade de trabalho.

Como prevenir?

Como a maioria das condições perigosas no trabalho são evitáveis, os esforços devem ser concentrados na prevenção no local de trabalho, pois oferece a estratégia mais econômica para sua eliminação e controle.

Em situações onde não há uma forma clara de controlar um perigo, você deve buscar orientação de profissionais de saúde ocupacional. Ou seja, consulte um higienista ocupacional ou profissional de segurança, sobre as boas práticas de segurança ao trabalhar nessa situação.

Forneça os equipamentos de segurança

Em primeiro lugar, ofereça os EPIs — Equipamentos de Proteção Individual. Tais equipamentos e acessórios foram desenvolvidos com o intuito de proteger o trabalhador contra riscos específicos do trabalho desempenhado por ele. 

Dessa forma, você garante que seus colaboradores estejam seguros e exercendo suas atividades conforme os princípios de segurança e saúde do trabalho.

Promova treinamentos

Além disso, ressaltamos a importância de promover a capacitação dos colaboradores, de maneira periódica e contínua. Assim, cabe aos gestores desenvolver sistemas, programas, procedimentos e práticas destinados a proteger as pessoas dos riscos no local de trabalho. 

Dessa maneira, você consegue comunicar todos os riscos e exposições à saúde aos funcionários, fornecendo as informações e treinamento apropriados para os perigos presentes.

Conscientize a equipe

Seguir as normas de Saúde e Segurança do Trabalho é uma forma de proteger os trabalhadores. Isso porque o ambiente de trabalho se torna continuamente mais seguro e propício para a saúde e assim, para a manutenção do bem-estar. 

Por isso, explique de forma clara e simples sobre os riscos que o funcionário está exposto, bem como as consequências de possíveis negligências.

Ofereça benefícios relacionados à saúde

Para além dos cuidados gerais de saúde, todos os trabalhadores — e em particular os que exercem profissões de risco — necessitam de serviços de saúde para avaliar e reduzir a exposição aos riscos profissionais. Bem como de vigilância médica para a detecção precoce de doenças e lesões profissionais e relacionadas com o trabalho.

Ou seja, se você quer eliminar ou reduzir ao máximo as doenças ocupacionais na sua empresa, ofereça uma combinação de benefícios relacionados à saúde. Com o auxílio de plano de saúde acessível e programas dedicados a apoiar a saúde mental, é possível promover mais saúde e segurança para a sua equipe.

A PREMIER

A PREMIER SAÚDE OCUPACIONAL é referência em saúde e medicina do trabalho. Possuímos todo o conhecimento e especialização para te ajudar a implementar reformas e soluções para tornar sua empresa um local saudável e produtivo. Nossos serviços são customizados conforme o porte e segmento das empresas. 

Por fim, esperamos que você tenha ficado satisfeito com esse conteúdo e que tenha entendido tudo sobre a prevenção de doenças ocupacionais. Antes de ir, não se esqueça de acessar o nosso blog para conferir informações atualizadas sobre saúde ocupacional. Até mais!

LER e DORT: o que são e como prevenir essas doenças

ler-dort

Inúmeros trabalhadores sofrem com a LER (Lesão por Esforço Repetitivo) no Brasil. Geralmente, atividades desenvolvidas dentro de uma empresa que exige alta produtividade, o cumprimento de metas exacerbadas e até estimulam a competitividade entre os colaboradores, influenciam fortemente nisso. 

Por esse motivo, é muito importante se atentar para as condições de trabalho da sua organização e as formas de evitar a incidência de tais doenças. Neste artigo, reunimos tudo o que você precisa saber sobre a LER. Vamos lá? 

O que é a LER (Lesão por Esforço Repetitivo)?

LER (Lesão por Esforço Repetitivo) é a sigla utilizada para se referir a um conjunto de doenças osteomusculares causadas por movimentos repetitivos. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não trata-se de apenas uma doença, mas todo um grupo de afecções do sistema musculoesquelético, que podem afetar tendões, ligamentos, músculos e nervos.  

O termo foi criado na década de 1980 para reunir um grupo de doenças, inicialmente relacionadas ao trabalho. Contudo, após alguns anos houve um problema de classificação dentro da medicina, já que todas as doenças foram agrupadas em apenas uma nomenclatura.

Como consequência, elas não eram diagnosticadas e analisadas individualmente, de forma a dificultar a obtenção de um tratamento adequado. Assim, foi criado o termo DORT, para uma melhor nomeação dos quadros. Portanto, LER se refere a um conjunto de doenças isoladas que podem ou não estar relacionadas ao trabalho

Em geral, os distúrbios mais comuns são:

  • tendinite (principalmente do ombro, cotovelo e punho);
  • lombalgias (dores na região lombar); 
  • mialgias (dores musculares) em vários locais do corpo;
  • sinovite (inflamação da membrana que cobre as articulações).

Quais são as causas mais comuns?

A principal causa da síndrome são os esforços repetitivos, como seu próprio nome diz. Contudo, ela também pode se originar por questões posturais, pela ergonomia do trabalho e o tipo de trabalho realizado

Além disso, mais do que práticas laborais, ela pode ser gerada por hábitos do dia a dia, como o uso excessivo do celular. Para se ter uma ideia, o uso do aparelho pode ocasionar lesões, como a tendinite no polegar pelo movimento de digitação e a chamada “síndrome do pescoço de texto”. 

Isso porque a posição utilizada para ler o celular aumenta a carga na região cervical em cerca de 25kg. Assim, ocorre uma sobrecarga da coluna vertebral e da musculatura ao lado do pescoço. Como resultado, tem-se o torcicolo, dor no ombro ou até uma dor que irradia para o braço. 

Os riscos também são grandes para pessoas que trabalham na frente do computador, projetam a cabeça e os ombros para a frente e digitam bastante, assim como o funcionário que realiza movimentos repetitivos pelos membros superiores

Quais os sintomas da LER?

O quadro clínico é caracterizado principalmente pela dor, que se agrava com o tempo, principalmente nos membros superiores. Alguns pacientes também relatam formigamento, perda de força e outros sinais que alegam uma futura lesão por esforço repetitivo. 

Em resumo, podemos citar como sintomas da LER:

  • dores localizadas, sobretudo nos membros superiores;
  • sensação de peso;
  • fadiga muscular;
  • lesões nos ombros;
  • inflamação em articulações e nos tecidos que cobrem os tendões;
  • dificuldade em realizar movimentos;
  • desconforto local e generalizado;
  • formigamento;
  • falta de força.

E a DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho)?

DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) é a sigla que trata das doenças do sistema musculoesquelético especificamente associadas ao trabalho. Além do problema de nomenclatura citado, esse termo foi adotado para melhor mapear esses casos. 

Isso porque além do esforço repetitivo, existem outros tipos de sobrecargas no trabalho que podem prejudicar os colaboradores. Como exemplo, podemos citar: 

  • sobrecarga estática (uso de contração muscular por longos períodos para manutenção de postura); 
  • excesso de força utilizada para executar tarefas; 
  • uso de instrumentos que transmitem vibração excessiva;
  • trabalhos executados com posturas inadequadas.

Segmentos com maior incidência de LER

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são as doenças que mais afetam trabalhadores no país. Sua incidência é mais recorrente nos seguintes setores:

  • industrial;
  • comercial;
  • alimentício;
  • de transporte;
  • serviços domésticos/limpeza. 

O que a LER pode provocar a curto, médio e longo prazo?

A LER traz consequências tanto para o trabalhador quanto para a empresa em si. Primeiramente, o colaborador sente dificuldades na realização de suas tarefas já na fase de dor aguda, exigindo repouso e a utilização de medicamentos. 

Quando os sintomas se encontram em um estágio avançado, pode ser necessário o uso de corticoides, a realização de fisioterapia ou até, em alguns casos, uma cirurgia. Por isso, é muito importante buscar auxílio médico ao percebê-los. 

Além disso, as lesões relacionadas ao trabalho podem prejudicar a produtividade laboral, a participação na força de trabalho e a posição alcançada pelo colaborador. Elas também são responsáveis pela maior parte dos afastamentos em empresas e geram custos com pagamentos de indenizações, tratamentos e processos de reintegração à ocupação.

Por isso, é essencial criar um ambiente de trabalho seguro, saudável e que respeite os limites de cada indivíduo. Além da manutenção de boas condições no ambiente, práticas como ginásticas laborais, pausas e palestras educacionais são muito importantes. 

Os tratamentos mais comuns

O melhor tratamento para essas doenças é a prevenção. Para isso, o Ministério da Saúde recomenda que todas as empresas sigam as diretrizes da NR 17, relativa à ergonomia. Por meio dela, é possível garantir a correta interação dos trabalhadores com o local de trabalho, o mobiliário, suas máquinas e equipamentos.

De modo geral, o tratamento indicado para pacientes com doenças osteomusculares é a correção das causas no ambiente de trabalho somada à adoção de um plano terapêutico adequado. Dentre as modalidades terapêuticas, podemos citar:

  • fisioterapia;
  • medicamentos;
  • infiltrações;
  • órteses (acessórios para fins terapêuticos como talas, protetores, cintas e coletes);
  • reabilitação.

Assim, é importante adotar medidas como o fortalecimento dos membros e a correção postural, além de práticas que evitam o excesso de estímulo a um esforço. Cada paciente possui especificidades físicas, então o exercício necessário vai variar de acordo com as necessidades do corpo de cada um. 

Em alguns casos, também é preciso alterar a função ou a técnica que o trabalhador utiliza. Por isso, é fundamental realizar a análise ergonômica do trabalho (AET) para promover mudanças significativas para os colaboradores. 

Do mesmo modo que é necessário uma série de análises para classificar as doenças ocupacionais, é preciso estudar as formas de combatê-las e tornar o ambiente de trabalho o mais seguro possível. 

Saiba mais: Qual a importância da Análise Ergonômica do Trabalho.

Como proceder em caso de LER de um funcionário?

Elas são consideradas acidentes do trabalho e por isso devem ser comunicadas aos órgãos competentes. O primeiro passo é que a medicina do trabalho da empresa avalie o caso, para estudar o modo de trabalho, os movimentos envolvidos, os equipamentos utilizados e as condições do ambiente.

No caso de incapacidade total ou temporária, o trabalhador tem direito a um auxílio acidentário pelo INSS. No caso da incapacidade total, ainda é necessário o afastamento previdenciário, mediante atestado médico.

Dada a entrada de um laudo médico, que constata que a doença foi causada pelo trabalho, é garantido ao trabalhador estabilidade de emprego por pelo menos 12 meses. Isso significa que, antes desse período, ele não pode ser dispensado. 

A PREMIER

Se você chegou até aqui, já sabe a importância de adotar medidas para minimizar a ocorrência de LER e DORT na sua empresa. Por isso, não hesite em contar com o apoio de especialistas para promover condições de trabalho que garantam a saúde e a segurança dos seus colaboradores. 

A PREMIER é uma empresa especializada em saúde ocupacional, com mais de 24 anos de experiência. Fale conosco para aplicar a ergonomia, atividades da saúde ocupacional, palestras ou demais serviços relacionados à Saúde e Segurança do Trabalho. E não se esqueça de acompanhar nosso blog para se atualizar sobre o tema!

Análise Preliminar de Risco (APR): tudo que você precisa saber

análise preliminar de risco

A Análise Preliminar de Risco é uma das formas de garantir a SST — Segurança e Saúde do Trabalho. Isso diz respeito a uma análise realizada previamente ao início de qualquer atividade no ambiente organizacional. Quando conhecemos os riscos de uma tarefa, conseguimos adotar medidas de segurança para evitá-los de forma eficiente.

Quer saber mais sobre o assunto? Acompanhe a leitura do conteúdo!

O que é a Análise Preliminar de Risco?

A Análise Preliminar de Risco consiste em um estudo detalhado de todas as etapas que envolvem a rotina profissional de um trabalhador. Nesse sentido, a APR é prevista em diversas Normas Regulamentadoras — também conhecidas como NRs — e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e saúde do trabalhador.

Nessa linha, as Normas Regulamentadoras consistem em um conjunto de disposições e procedimentos técnicos relacionados à segurança e saúde do trabalhador em determinada atividade ou função. Dessa forma, auxiliam sobre as precauções que devem ser tomadas a fim de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.

Alguns exemplos de Normas Regulamentadoras são:

  • NR 12: Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos;
  • NR 18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção;
  • NR 20: Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis;
  • NR 33: Segurança e saúde no trabalho em espaços confinados;
  • NR 34: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval;
  • NR 35: Trabalho em altura;
  • NR 36: Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados.

Agora que já sabe o que é a Análise Preliminar de Risco, você pode se perguntar: “mas qual o objetivo desse procedimento e a importância da aplicação dessa prática na minha empresa?”. A seguir, te explicamos a finalidade da APR e como sua implementação pode realizar grandes melhorias na segurança do seu negócio.

Qual a finalidade de uma APR?

A partir disso, podemos dizer que o objetivo da Análise Preliminar de Risco é inspecionar os ambientes de trabalho e realizar uma vistoria para identificar possíveis riscos ocupacionais. Dessa forma, é possível fazer mudanças e ações preventivas para que acidentes de trabalho possam ser evitados.

Portanto, a APR tem a finalidade de identificar riscos em todos os setores da empresa e orientar os trabalhadores acerca desses riscos. Além disso, aprimora técnicas e serviços para que a Segurança no Trabalho seja garantida, para planejar táticas de prevenção para cada tipo de trabalho em todos os setores e ambientes.

Quais são as 5 etapas da Análise Preliminar de Risco?

Tudo entendido sobre o que é a Análise Preliminar de Risco, quais seus objetivos e como ela é aplicada no ambiente de trabalho? Agora, vamos verificar quais são as etapas para a elaboração da APR. 

Logo, a primeira etapa a ser realizada é a segmentação de atividades, na qual as etapas envolvidas na execução de uma determinada tarefa. Após isso, vem a documentação e coleta de informações, que visa entender as necessidades da organização e as etapas de execução em cada setor da empresa. 

Por fim, após o planejamento chega o momento de desenvolver as ações preventivas e aplicá-las. Assim, esse trabalho em equipe vai garantir a segurança na sua empresa e assegurar que acidentes não aconteçam.

Qual a importância da APR?

Em suma, Análise Preliminar de Risco é importantíssima para determinar os riscos e desafios que podem acometer o ambiente e as atividades, além de identificar riscos em potencial e a prevenção de danos aos equipamentos. Ainda, a APR serve como um guia dos riscos ocupacionais para os colaboradores.

Em outras palavras, a Análise Preliminar de Riscos te auxilia a entender como evitar acidentes e também a como lidar com o perigo, para que ele não seja agravado. Além disso, é fundamental conscientizar sobre a importância de manter o ambiente seguro e a preservar a saúde física, mental e social dos colaboradores.

Quem elabora a Análise Preliminar de Risco?

Quem elabora a Análise Preliminar de Risco são os profissionais de segurança do trabalho da organização, que contam com a ajuda de profissionais da saúde. E, claro, os colaboradores da empresa também participam desse processo, visto que são um dos responsáveis por dar informações sobre os serviços e a forma que eles são exercidos.

Quem deve preencher a APR?

E, claro, a APR pode ser assinada por qualquer profissional desde que seja especializado na área de Saúde e Segurança do Trabalho — SST. 

O que deve constar na Análise Preliminar de Risco?

É importante que alguns dados como: perfil das instalações da empresa (cabe adicionar fotos); as especificações técnicas de cada ferramenta utilizada; lista completa e detalhada dos riscos ocupacionais encontrados e a apresentação dos sistemas de prevenção e protocolos de segurança definidos pela equipe de SST. 

Como a PREMIER te ajuda?

Você já conhece a PREMIER? Somos uma empresa que atua na prestação de serviços assistenciais, prezando pela prevenção de doenças ocupacionais. Nossos serviços são customizados conforme o porte e segmento das empresas, seguindo rigorosamente as normas que regem a Segurança e a Medicina do Trabalho.

Esperamos que esse conteúdo tenha sido satisfatório e esclarecedor, e que você saiba como realizar a Análise Preliminar de Riscos. Não se esqueça de acessar o blog da Premier para mais artigos sobre saúde ocupacional e afins. Até a próxima!

DDS: o que é o Diálogo Diário de Segurança e como aplicar

dds

Garantir a segurança dos trabalhadores dentro do local de trabalho é fundamental. Uma das formas de fazer isso é por meio do Diálogo Diário de Segurança (DDS), que permite uma troca constante de informações entre funcionários. Pensando nisso, neste artigo reunimos tudo o que você precisa saber sobre ele. Quer conhecer esse recurso, sua importância e aplicação? Continue a leitura! 

O que é um DDS?

Como o próprio nome diz, o Diálogo Diário de Segurança (DDS) é uma conversa realizada regularmente com os trabalhadores. Nela, são abordados temas relativos às atividades desenvolvidas por eles no dia a dia, relacionando-as à sua proteção. Dessa forma, eles são informados sobre percepção de risco e como ter atitudes seguras no ambiente de trabalho.

Ele é uma das ferramentas mais importantes quando se trata da segurança do trabalho, uma vez que trabalha a constante conscientização e proteção dos funcionários. Seu objetivo é promover condições de trabalho mais seguras dentro das empresas. 

Não há padronização de tempo, geralmente é um tempo mais curto de diálogo, como 20 minutos, para frisar pontos importantes diariamente. Algumas empresas também podem fazer em frequência semanal.

O DDS é administrado por técnicos de segurança do trabalho, supervisores, ou demais profissionais dentro da empresa. Isso ocorre pois é comum realizar rodízios entre os palestrantes, dinamizando as conversas. 

Qual a importância do DDS?

Os perigos de determinadas atividades tendem a ser naturalizados, uma vez que os trabalhadores se acostumam com a rotina. Com a conversa cotidiana, eles são lembrados dos riscos aos quais estão expostos e que precisam de conhecimento e ações para excluí-los ou mitigá-los. 

Trabalhos em altura, espaços confinados ou que envolvem altas temperaturas, por exemplo, são condições as quais os trabalhadores devem se atentar. Por isso, o DDS é aplicado antes do início das atividades, de forma a reforçar informações, apresentar e discutir medidas de prevenção. Assim, a empresa promove o ambiente de trabalho mais seguro possível.

É importante ressaltar a necessidade de se atentar para a reação de cada trabalhador ao longo da conversa.

Além disso, é preciso ouvir suas observações ou sugestões relacionadas ao trabalho. Desse modo, a empresa constrói um diálogo em que todos participam e falam sobre a sua realidade. Como consequência, é possível propor reflexões e ações que realmente sejam efetivas

Qual a vantagem de fazer o Diálogo Diário de Segurança

Desenvolver e aplicar o DDS reúne diversos benefícios para os funcionários de uma empresa e, consequentemente, à organização em si. Conheça-os! 

Reforça a informação sobre a segurança no trabalho

Primeiramente, a primeira grande vantagem desse recurso é reforçar informações que foram comunicadas previamente. É comum que alguns riscos passem despercebidos depois que os trabalhadores se habituam com as atividades. Por isso, o diálogo é uma forma de relembrar pontos importantes antes de iniciar alguma delas. 

Reduz o número de acidentes

Um dos grandes objetivos do Diálogo Diário de Segurança é minimizar a ocorrência de acidentes no ambiente de trabalho. Isso é possível por meio do compartilhamento de orientações de alerta e prevenção. Dessa forma, os trabalhadores estão sempre preparados para cumprir o expediente com segurança. 

Promove a saúde entre os colaboradores

Outro aspecto relevante é a promoção da saúde entre os colaboradores, dentro e fora da empresa. Assim, há uma redução no número de faltas e afastamentos, além de um maior comprometimento dos trabalhadores. Isso ocorre porque, diante do compromisso com uma rotina saudável, é possível ter maior motivação e dedicação ao trabalho. 

Integração entre a equipe

Por fim, esse recurso proporciona uma integração entre os funcionários, uma vez que se baseia em um diálogo aberto a todos. Por meio do compartilhamento de informações e ajuda mútua para beneficiar a equipe, eles estreitam os laços entre si. Dessa forma, há um aumento da satisfação dentro do ambiente de trabalho e, assim, a garantia do bem-estar dos colaboradores. 

Principais temas para DDS

É preciso planejamento para administrar um DDS de forma efetiva. Para isso, um aspecto muito importante é abordar temas que despertem o interesse dos trabalhadores e auxiliem na prevenção dentro do ambiente de trabalho. Por isso, reunimos os principais tópicos que você pode trazer para o diálogo. Confira! 

Segurança no Trabalho

Para alcançar o objetivo de minimizar os riscos presentes no trabalho, é essencial falar sobre ações preventivas e cuidados a serem adotados pelos trabalhadores. Como exemplo, podemos citar: 

  • Utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);
  • Condições inseguras; 
  • Diretrizes das Normas Regulamentadoras (NRs);
  • Cuidados no trabalho em altura ou confinado;
  • Mapas de risco;
  • Ergonomia;
  • Primeiros socorros.

Saúde

Além disso, é muito importante incentivar a construção de hábitos saudáveis, para que os trabalhadores cuidem de sua saúde física e mental. Alguns possíveis tópicos são:

  • Higiene pessoal;
  • Importância do exercício físico;
  • Importância de cuidar da saúde mental; 
  • Postura correta no trabalho;
  • Cuidados com a pele.

Caso algum aspecto relacionado às suas atividades esteja prejudicando esse processo, também é possível identificar e propor soluções para impedir isso. Assim, é possível ter qualidade de vida no trabalho

Meio Ambiente

Por último, é essencial falar sobre assuntos que envolvam a questão ambiental e se relacionam com o cotidiano dos trabalhadores. Entre eles, a empresa pode abordar: 

  • Coleta seletiva;
  • Sustentabilidade no ambiente laboral e doméstico;
  • Ecologia do trabalho;
  • Geração e destinação de resíduos;
  • Importância de áreas verdes. 

Como a PREMIER te ajuda?

A PREMIER SAÚDE OCUPACIONAL possui mais de 24 anos de experiência no mercado, por meio da prestação de serviços assistenciais e ocupacionais. Nosso objetivo é garantir a saúde e a segurança no trabalho da melhor forma possível.

Contamos com profissionais qualificados para atender empresas de diferentes segmentos e portes, personalizando os serviços para cada uma delas. Dessa forma, se quiser garantir a segurança da sua organização por meio do DDS, conte com a ajuda da PREMIER! Basta entrar em contato

Aqui, temos um vasto conhecimento para cumprir as normas de Segurança e Medicina do Trabalho. Por isso, para conhecer mais recursos como o DDS e promover sua empresa, não deixe de acompanhar nosso blog.